Aprovação da LDO pela CMO abre caminho para emendas parlamentares. Alterações no texto devem ser feitas até 10/12, com votação final prevista para 18/12.

A Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (4/12), o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na prática, a aprovação abre espaço para que os parlamentares façam a indicação de propostas de emendas, ou seja, alterações no texto até a próxima terça-feira (10/12).

O avanço da LDO se dá na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a permitir o pagamento das emendas parlamentares, suspensas desde agosto pela Corte. A votação ocorreu também um dia depois de o governo prometer pagar R$ 7,8 bilhões em emendas nos próximos dias.

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A LDO estabelece as diretrizes do Orçamento do próximo ano e define a meta fiscal do governo. Para 2025, o Executivo segue propondo a meta de déficit zero para as contas públicas.

Depois da aprovação do relatório preliminar, o relator da proposta, senador Confúcio Moura (MDB-RO), adiantou que a previsão é de que o texto final seja votado na comissão até 18 de dezembro. A votação da LDO no plenário do Congresso deve ser feita no mesmo dia do Orçamento, entre 19 e 20 de dezembro.

Confúcio explicou que quer deixar mais claro o que seriam as obras estruturantes e que, se não for possível um acordo para fechar a definição do que é estruturante, deixará estabelecido como estruturantes o que está estabelecido no Plano Plurianual (PPA).

O congressista também explicou que, assim como ocorreu no ano passado, os parlamentares pressionam para que seja incluído na LDO um calendário para o pagamento das emendas. Na LDO de 2024, o calendário acabou vetado pelo governo e, depois, o Planalto chegou a um acordo com o Congresso para o pagamento dos recursos.

“Vamos ouvir o governo também [sobre incluir um calendário]. Estabelecer uma data assim, precisamos olhar a receita [para saber se há viabilidade para o pagamento em datas específicas]”, argumentou Confúcio.

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Randolfe Rodrigues critica sistema de votação ao Senado e defende mudanças para eleição em 2026

Randolfe critica sistema de votação ao Senado e pleiteia mudança

Em entrevista, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou que
fim do voto duplo ao Senado seria benéfico

Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT)
[https://www.DE.com/tag/randolfe-rodrigues] critica o atual sistema de
votação ao Senado nas ocasiões em que há duas vagas em jogo por estado, como
ocorrerá em 2026. Em entrevista à coluna, ele defendeu a proposta de alterar o
critério
[https://www.DE.com/colunas/igor-gadelha/randolfe-protocola-pl-para-evitar-controle-do-senado-por-bolsonaro],
eliminando o atual voto duplo.

Pelo projeto do senador, o qual pretende incluir em uma possível reforma
eleitoral em 2025, cada eleitor passaria a votar em apenas um candidato,
diminuindo as chances de postulantes com o mesmo viés ideológico serem eleitos
em “dobradinha”.

“A democracia moderna possui alguns documentos fundantes. Um deles é um livro da
fundação dos Estados Unidos da América, chamado Os federalistas. Lá estava
estabelecido um princípio chamado ‘um homem, um voto’. Nos EUA temos também um
Parlamento bicameral, na Argentina também… Lá cada um dos cidadãos tem direito a
ter um voto para o Senado, a modificação de ter dois votos é uma invenção, uma
jabuticaba brasileira”, disse Randolfe em entrevista à coluna.

O projeto foi retirado
[https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=9862033&ts=1733772243522&disposition=inline]
pelo próprio senador após forte repercussão na oposição. Parlamentares da
direita, que focam na eleição para o Senado em 2026, afirmaram que se tratava de
casuísmo para impedir que dois senadores do mesmo espectro político sejam
eleitos. Para o líder do governo, as críticas são infundadas.

“Se eles acham isso [que a direita está melhor preparada para disputar o
Senado], eles deveriam apoiar nosso projeto, porque é uma proposta para
fortalecer o voto de opinião, o voto de quem tem posição. A política é feita por
posições que se assumem, seja de direita, de esquerda, de centro, de centro
esquerda. Eu acho um conforto indevido ficar sem tomada de posições na
política”, argumentou o líder.

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Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

QUEM É A DESEMBARGADORA QUE DEU AUXÍLIO-CEIA DE R$ 10 MIL A SERVIDORES
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/quem-e-a-desembargadora-que-deu-auxilio-ceia-de-r-10-mil-a-servidores]

Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

GILMAR MENDES AFASTA PRINCIPAL TESE DE BOLSONARO NO INQUÉRITO DO GOLPE
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/gilmar-mendes-afasta-principal-tese-de-bolsonaro-no-inquerito-do-golpe]

Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

BOLSONARO APOSTA EM TOFFOLI, NUNES E MENDONÇA PARA PODER DISPUTAR 2026
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/bolsonaro-aposta-em-toffoli-nunes-e-mendonca-para-poder-disputar-2026]

Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

“PESSOA NEFASTA”, DIZ DESEMBARGADOR SOBRE PETISTA ASSASSINADO
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/pessoa-nefasta-diz-desembargador-sobre-petista-assassinado]

O congressista afirmou que retirou o projeto para que a ideia seja discutida em
2025, no âmbito da reforma eleitoral que deve entrar em pauta no Legislativo.
“Eu acho que nós temos muito que debater na reforma do Código Eleitoral. Esse é
o ambiente mais adequado para esse debate ser trazido. Estamos à disposição para
voltar a esse debate ano que vem. Eu acho um debate que temos que travar para
aperfeiçoar a nossa democracia”, completou.

Para Randolfe, bolsonaristas focam em eleger a maior bancada do Senado para
chegar ao quórum necessário para medidas como o impeachment de ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF).

Envie informações e sugestões à coluna pelo WhatsApp: (61) 99364-9292.

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