Trabalhador morre após queda de marquise em obra de Votorantim: MTE interdita e empresa deve apresentar plano de segurança.

MTE interdita obra após morte de trabalhador que caiu de marquise na praça de eventos de Votorantim

Liberação da obra será feita após empresa responsável apresentar um plano de trabalho com treinamento para funcionários atuarem em lugares altos. Nadson dos Santos, de 20 anos, caiu de uma altura de cinco metros e não resistiu.

Trabalhador morreu após cair de marquise em construção em Votorantim — Foto: MTE/Divulgação

O Ministério do Trabalho e Emprego (DE), com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), interditou a obra de um barracão que está sendo construído na Praça Lecy de Campos, em Votorantim (SP), após a morte de um trabalhador que caiu da marquise nesta terça-feira (3).

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Nadson dos Santos, de 20 anos, estava a cinco metros de altura quando caiu. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

MTE notificou empresa responsável por obra da qual trabalhador caiu e morreu em Votorantim (SP) — Foto: MTE/Divulgação

A inspeção no local foi feita na manhã desta quarta-feira (3) e a empresa responsável pela obra foi notificada. Agora, será necessário apresentar um plano de trabalho com treinamento para funcionários atuarem em lugares altos, para que a parte da obra embargada seja liberada.

Nadson deve ser enterrado nesta quinta-feira (5), em Conde (BA).

A TV TEM questionou a empresa Spalla Engenharia, responsável pela obra, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Parte superior da obra em Votorantim (SP) está embargada até apresentação de plano de trabalho adequado — Foto: MTE/Divulgação

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Decisão judicial proíbe venda ilegal de lotes em Terra Indígena na Grande São Paulo

A Justiça Federal proibiu a realização de construções e a venda ilegal de lotes na Terra Indígena Tenondé Porã, localizada na Grande São Paulo. A decisão veio em resposta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra Talita Bueno da Silva, acusada de comercializar terrenos dentro da área protegida. Talita vendia lotes de mil metros quadrados por R$ 30 mil e demarcava os terrenos com cercas, o que configurava uma atividade ilegal.

Todas as ações de Talita eram feitas de forma clandestina, uma vez que no Brasil não é permitido comercializar terras indígenas. Além disso, a ré também teria ameaçado lideranças Guarani, agentes da Funai e do Ibama, e tentado ocupar a região em outras ocasiões recentes. Fiscais da Funai e do Ibama conseguiram remover os invasores e demolir as construções, evitando a necessidade de intervenção judicial.

A decisão judicial proíbe a realização de novas construções e a venda de lotes na área indígena, bem como determina a remoção de cercas, estruturas, resíduos e entulhos existentes, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Além de Talita, outros invasores também estão proibidos de retornar à Terra Indígena Tenondé Porã. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Steven Shuniti Zwicker, autor da ação contra Talita, alerta para o risco de outros compradores terem adquirido lotes da ré e tentarem ocupar a região em breve. A comercialização ilegal de terras indígenas representa uma grave violação dos direitos dos povos tradicionais e da legislação ambiental vigente. É fundamental que medidas rigorosas sejam tomadas para proteger esses territórios e evitar a exploração predatória de recursos naturais.

A venda ilegal de lotes em terras indígenas prejudica não apenas as comunidades locais, mas também o equilíbrio ambiental e a preservação da biodiversidade. A atuação da Justiça e dos órgãos fiscalizadores é essencial para coibir práticas ilícitas e garantir a proteção desses territórios sagrados. A população deve estar atenta e denunciar casos de invasão e comercialização irregular de terras indígenas, contribuindo para a preservação dessas áreas fundamentais para a conservação da natureza e da cultura dos povos originários.

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