Justiça condena Estado a pagar R$80 mil por morte no Jacarezinho: família busca aumento na indenização

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o Estado a pagar uma indenização de R$ 80 mil por danos morais à mãe de Márcio da Silva Bezerra, um dos 28 mortos na operação policial no Jacarezinho em maio de 2021. A ação, considerada a mais letal em operações policiais no Rio, resultou em diversas mortes e gerou repercussão negativa. A família da vítima afirmou que irá recorrer da decisão, buscando um aumento na indenização e reparação por outras questões envolvendo o caso.

Na sentença proferida pela juíza Neusa Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública do Rio, foi destacado o entendimento de que, em casos de mortes durante operações policiais, mesmo com a perícia inconclusiva, é possível condenar o poder público por danos morais e materiais. A mãe de Márcio relatou que ele saiu de casa para trabalhar como feirante e foi alvejado no caminho, sem portar arma de fogo. As alegações apontam que os disparos partiram dos policiais que realizavam a operação, o que gerou revolta na comunidade.

No entanto, a juíza negou os pedidos relacionados ao tratamento do corpo de Márcio e à investigação sobre a morte. A falta de provas para corroborar as alegações levou à decisão de não acolher os pedidos da parte autora. O advogado da mãe de Márcio afirmou que recorrerá da sentença em busca de um aumento na indenização e reparação por outras questões envolvendo o caso, como a alteração do local do crime e o tratamento brutal do corpo da vítima.

A investigação criminal sobre a morte de Márcio foi arquivada pelo Ministério Público do Rio, com base na falta de testemunhas e evidências de execução. Os promotores apontaram que não foi realizada perícia no local do fato no dia da operação policial, o que dificultou a apuração dos fatos. Os corpos de Márcio e de outra vítima foram localizados em uma via pública, sem indícios claros sobre as circunstâncias da morte, o que gerou controvérsias e questionamentos sobre a conduta dos policiais envolvidos na operação.

Em depoimento à Polícia Civil, os policiais envolvidos na operação alegaram ter sido recebidos a tiros por traficantes e reagido, resultando na morte de dois homens armados. Apesar dos relatos, a investigação não encontrou elementos que contestassem a versão apresentada pelos policiais, o que gerou insatisfação entre os familiares das vítimas e motivou o recurso na esfera judicial. O caso do Jacarezinho evidenciou a necessidade de uma apuração rigorosa e imparcial para esclarecer as circunstâncias das mortes durante operações policiais, visando a justiça e a segurança da população carioca.

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Menino Gui, torcedor do Vasco, celebra como Torcedor do Ano: ‘Estou muito feliz’

Menino Gui celebra prêmio de Torcedor do Ano e agradece votos que recebeu: ‘Estou muito feliz’

Guilherme Gandra, de 10 anos, é torcedor e ‘xodó’ do Vasco da Gama, mas é estimado pelas torcidas de vários clubes. Ele é portador de uma doença autoimune rara chamada epidermólise bolhosa.

Guilherme Gandra ganha prêmio da Fifa de Torcedor do Ano

Guilherme Gandra, o menino Gui, de 10 anos, torcedor do Vasco da Gama, celebrou a conquista do troféu Torcedor do Ano no “Fifa The Best Football Awards” agradecendo os votos que recebeu.

“Pessoal, muito obrigado por votar em mim, eu agradeço a todos que me apoiaram. Estou muito feliz”, destacou Gui.

Ele é portador de uma doença autoimune rara chamada epidermólise bolhosa, que fragiliza a pele, fazendo com que surjam feridas e bolhas ao menor atrito.

Gui ficou conhecido depois que um vídeo compartilhado por sua mãe viralizou nas redes sociais, em junho de 2023. Na época, Tayane registrou o encontro com o filho depois de ele ficar 16 dias em coma induzido.

Desde então, Gui se tornou um torcedor símbolo do Vasco e sua história ultrapassou os limites do time. Ele passou a ganhar camisas de diferentes times e recebeu convites para visitar instalações de clubes no exterior, registrando momentos ao lado de jogadores diversos.

Em novembro de 2023, Gui foi a Brasília conhecer o presidente Lula. O menino conseguiu trazer visibilidade para a doença. Tanto, que foi sancionada a “Lei Gui” no estado do Rio de Janeiro, que prevê o pagamento de pensão e custeamento de medicamentos, curativos e outras despesas a portadores de epidermólise bolhosa.

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