Operação Hagnos prende 108 suspeitos de violência contra crianças e adolescentes no Ceará

Operação prende 108 suspeitos de violência contra crianças e adolescentes em um mês no Ceará. A operação ainda resultou em nove apreensões de adolescentes. Uma operação prendeu 108 suspeitos de violência contra crianças e adolescentes durante novembro no Ceará. A Operação Hagnos aconteceu de 1º a 29 de novembro de 2024, em todo o país, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

No Ceará, a operação foi supervisionada pela Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da SSPDS. Os trabalhos realizados na operação ainda contaram com apoio de representantes do Conselho Tutelar dos municípios. As capturas aconteceram em municípios como Fortaleza, Caucaia, Juazeiro do Norte, Horizonte, Saboeiro, Senador Pompeu, Barbalha, Pedra Branca, Jijoca de Jericoacoara, entre outros.

Além das prisões em flagrantes, foram realizadas outras prisões por meio de mandados de prisão. A operação ainda resultou em nove apreensões de adolescentes. Em Paraipaba, uma arma de fogo e munições foram apreendidas. Além de prisões e apreensões, as ações coordenadas pela Copol/SSPDS, sob a diretriz do MJSP, também tiveram a finalidade de prevenção aos crimes. Para isso, foram realizadas 171 ações educativas como palestras em escolas, panfletagem e em mídias digitais.

O trabalho de prevenção alcançou 7.865 pessoas em todo o Estado, sendo a maior parte, 5.837 participantes de palestras orientadas por profissionais da Segurança Pública.

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Jovem é morto pela polícia em Fortaleza: família denuncia violência policial

Um jovem de 25 anos, identificado como Jeferson Leitão, foi morto a tiros durante uma abordagem policial na comunidade Barroso II, em Fortaleza. A versão da Polícia Militar é que Jeferson teria atirado contra os agentes após não responder a uma ordem de parada. No entanto, familiares do jovem alegam que ele foi vítima de violência policial, sendo atingido no peito e na perna, mesmo tendo se ajoelhado diante dos policiais.

Após ser baleado, Jeferson Leitão foi socorrido e levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porém não resistiu aos ferimentos. A polícia informou que o indivíduo possuía antecedentes criminais por Organização Criminosa, o que teria motivado a ação dos agentes. A versão apresentada pelas autoridades é de legítima defesa, alegando que Jeferson teria voltado a disparar contra os policiais, sendo atingido durante o confronto.

O caso foi registrado no 13º Distrito Policial e gerou revolta entre os moradores da região, que realizaram uma manifestação cobrando justiça pela morte de Jeferson Leitão e o fim da violência policial. Ruas foram obstruídas e pneus queimados como forma de protesto contra a violência sofrida pelo jovem. Uma das tias de Jeferson relatou que ele se ajoelhou e pediu para não ser morto, mostrando uma versão diferente do que foi apresentado pela Polícia Militar.

A morte de Jeferson Leitão levanta questionamentos sobre a conduta policial e a forma como as abordagens são realizadas, especialmente em comunidades periféricas. A violência policial e os casos de mortes durante intervenções policiais têm sido alvo de debates e críticas por parte de organizações e movimentos sociais que buscam por uma segurança pública mais justa e menos letal. O clamor por justiça e o repúdio à violência policial marcam a trajetória de Jeferson Leitão, que se tornou mais uma vítima dessa realidade cruel enfrentada por muitos brasileiros.

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