Estudo mostra vantagem do Mounjaro sobre Ozempic: novo estudo da Eli Lilly

Mounjaro X Ozempic: novo estudo revela vantagem para tirzepatida

Estudo promovido pela Eli Lilly mostrou que a tirzepatida (Mounjaro) foi mais eficaz para a perda de peso que a semaglutida (Ozempic)

A farmacêutica Eli Lilly anunciou, nesta quarta-feira (4/12), uma nova pesquisa que mostra vantagem para a tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro e do Zepbound, sobre a semaglutida, base do Wegovy e do Ozempic, da Novo Nordisk.

Batizado como SURMOUNT-5, o estudo acompanhou 751 participantes que tinham obesidade ou sobrepeso e uma comorbidade, como hipertensão, dislipidemia, apneia do sono ou doença cardiovascular.

Divididos em dois grupos, os voluntários receberam a dose máxima de tirzepatida (10 mg ou 15 mg) ou a dose maior da semaglutida (1,7 mg ou 2,4 mg). A medicação foi administrada por cerca de um ano e seis meses.

De acordo com a análise, o grupo que recebeu o Mounjaro perdeu, em média, 20,2% do peso corporal. Já o que realizou o tratamento com Ozempic perdeu 13,7% do peso.

O vice-presidente sênior de assuntos médicos globais da área de cardiometabolismo da Lilly, Leonard Glass, afirmou que o estudo foi feito para apoiar as prescrições médicas e as decisões dos pacientes.

“Por conta do interesse em torno de medicamentos para o tratamento da obesidade, nós realizamos este estudo para suportar tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes, para que possam tomar as decisões de tratamento mais adequadas e baseadas em evidências científicas”, afirmou Glass.

DIFERENÇAS ENTRE AS DUAS MOLÉCULAS

A composição é a principal diferença entre o Ozempic e o Mounjaro. A semaglutida simula a ação do GLP-1, hormônio produzido no intestino que regula a glicemia e a saciedade. A perda de peso acontece porque o paciente não sente muita fome e acaba comendo menos do que o habitual.

“Os análogos de GLP-1 têm receptores no hipotálamo, que regulam o apetite e o sistema de recompensa, uma região mais relacionada ao prazer”, explicou o endocrinologista Marcio Mancini, diretor do Departamento de Tratamento Farmacológico da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), em entrevista anterior ao Metrópoles.

No caso da tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, além de um hormônio similar ao GLP-1, há outro que imita o GIP. Da mesma forma que o Ozempic, o Mounjaro regula o açúcar no sangue, retarda o esvaziamento gástrico e prolonga a sensação de saciedade. A perda de peso, no entanto, é maior e mais rápida por conta da ação combinada de GLP-1 e GIP.

“O funcionamento do GIP não é tão bem conhecido, mas há a possibilidade de que ele aumente a permeabilidade vascular para que o GLP-1 consiga penetrar em áreas do sistema nervoso que ele não penetraria”, esclarece Mancini.

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Câmara dos Deputados defende liberação de emendas em resposta ao ministro Flávio Dino do STF

A Câmara dos Deputados afirmou ao ministro Flávio Dino, do STF, que a liberação das emendas passou por análise de quatro ministérios, além da Presidência. Em um ofício enviado ao magistrado, a Casa argumentou que a liberação das emendas teve o aval do governo federal. O documento foi uma resposta aos pedidos de esclarecimento feitos por Dino, que havia suspendido o pagamento de R$ 4,2 bilhões das verbas.

Segundo a Câmara, o procedimento foi analisado pelos ministérios da Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação e Relações Institucionais, além da Advocacia-Geral da União e da Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República. Todos estes órgãos consideraram o procedimento adotado pela Câmara como legal e em conformidade com a decisão do Tribunal.

O documento também refutou a acusação de “manobra” na suspensão das emendas de comissão. A Câmara argumentou que a decisão de suspender as comissões teve o objetivo de acelerar as votações pendentes. Além disso, a Casa solicitou a revogação da decisão do ministro Dino e a liberação dos R$ 4,2 bilhões em emendas.

Na semana passada, Flávio Dino determinou a suspensão imediata do pagamento de 5.449 emendas de comissão, impactando um montante de R$ 4,2 bilhões do orçamento da União. O magistrado justificou sua decisão alegando que o pagamento não poderia ser realizado sem a apresentação das atas das sessões das comissões permanentes da Câmara.

Além disso, o ministro destacou em sua decisão um ofício enviado por 17 líderes partidários ao governo federal, solicitando a liberação do pagamento das emendas, sem a devida identificação dos autores. Dino determinou também a abertura de uma investigação pela Polícia Federal para apurar possíveis irregularidades nos procedimentos realizados.

Diante desse cenário, a polêmica em torno da liberação das emendas parlamentares segue ganhando destaque nos meios políticos e jurídicos. A transparência e legalidade dos procedimentos realizados pela Câmara dos Deputados estão sob escrutínio, enquanto os desdobramentos dessa situação ainda estão sendo aguardados. É importante que as instituições atuem de forma transparente e dentro da legalidade para preservar a integridade das ações governamentais.

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