Casos de dengue e zika caem mais de 80% em Goiânia

Os casos de dengue notificados em Goiânia sofreram redução de 82,40% na comparação entre os dois primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2016 de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Segundo os dados da pasta, as notificações passaram de 26.471 para 4.657 na Capital. Em 2017, nenhum óbito por dengue foi registrado. Em relação às infecções pelo vírus Zika, no mesmo período houve uma queda de 80,81%, de 1.887 para 362 casos. Das notificações deste ano, três foram em gestantes.

“Quando a sociedade ajuda e se mobiliza, os resultados acontecem”, pontua a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué. Para a gestora, os dados são resultados do trabalho de intensificação do combate ao Aedes aegypti da Prefeitura de Goiânia. Desde o início do ano, por exemplo, a SMS tem utilizado armadilhas para capturar ovos do mosquito para que, a partir do quantitativo encontrado em cada região da Capital, intensifique as atividades contra o vetor. “As ovitrampas servem para orientar as ações para eliminar o Aedes no município”, destaca Mrué.

Estratégias e números

A SMS informou que, a partir da próxima semana, vai intensificar estratégias de combate ao Aedes ,como a Operação Cata Pneus, que, de acordo com dados da pasta, só neste ano de 2017, já recolheu mais de 50 mil pneus em toda Goiânia.  O objetivo de retirar os materiais do ambiente e realizar a destinação adequada. Além disso, os agentes de combate a endemias continuam a fazer o trabalho de rotina de visitas aos imóveis, vigilância e orientação. A secretaria pede a colaboração da população, que pode denunciar locais com criadouros do mosquito por meio dos telefones do “Disque Aedes”, 3524-3125 ou 3524-3131.

Durante todo o ano de 2016 foram notificados 62.920 casos de dengue em Goiânia com registro de 14 mortes. “Com o período chuvoso a atenção deve ser redobrada e cabe ao poder público e à população se unir contra o Aedes”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Robson Azevedo. Quanto à Zika, no ano passado foram notificados 8.708 casos, com 333 confirmações em gestantes.

Para este ano, além da atenção aos casos graves de dengue e da síndrome congênita do Zika vírus, a febre de Chikungunya é motivo de preocupação para as autoridades de saúde. Como é grande a quantidade de pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, a SMS alerta para uma possível epidemia da doença neste verão. Em 2017 já foram notificados oito casos de Chikungunya no município, enquanto o ano anterior encerrou com 90 notificações realizadas.

De acordo com o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), o atual IPP em Goiânia é de 1,39%. O valor aponta um cenário de médio risco e exige um estado de alerta em relação à infestação pelo mosquito. Os números superiores a 3,9% indicam alto risco de epidemia das doenças causada pelo vetor. O estudo foi realizado no período de 02 a 06 de janeiro de 2017.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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