Mulher morre após procedimento estético no rosto em Goiânia, e dona de clínica é presa

Mulher que morreu após procedimentos estético era servidora pública da Prefeitura de Goiânia e deixa dois filhos

Dona da clínica onde o procedimento foi realizado está presa. Defesa dela diz que ela tem liberação para realizar os procedimentos e que o produto usado é legal.

Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro morreu após passar por um procedimento estético no rosto, em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro, que morreu após realizar um procedimento no rosto em uma clínica estética, trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Nova, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a mulher tinha 44 anos e deixa dois filhos, de 16 e 18 anos. A dona da clínica onde o procedimento foi realizado está presa.

Em nota publicada nas redes sociais, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia lamentou a morte da servidora pública e desejou “os mais sinceros sentimentos” aos familiares e amigos.

> “Servidora exemplar, Danielle dedicou sua vida à saúde desde 2008. Cativante e querida por todos, deixa um legado de profissionalismo, responsabilidade e cuidado com o próximo”, diz a nota.

A dona da clínica estética, localizada no Parque Lozandes, foi presa na segunda-feira (2), depois que medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar, itens cirúrgicos sem esterilização e materiais limpos misturados com materiais sujos foram encontrados no local.

Em nota, a defesa da empresária negou afirmações feitas pela delegada Débora Melo, de que ela não teria formação para realizar o procedimento e que usou na vítima um produto proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo os advogados José Patrício Júnior e Antônio Celedonio Neto, a dona da clínica tem formação em biomedicina e enfermagem e, por isso, tem autorização para fazer os procedimentos. Explicou também que os produtos usados na clínica, “possuem autorização para serem comercializados”.

Mulher morre após procedimento estético no rosto, e dona de clínica é presa

A delegada Débora Melo relatou que Danielle chegou à clínica por volta das 9h da manhã de sábado (30) para realizar uma avaliação para o procedimento. A aplicação, abaixo dos olhos, foi feita com uma substância chamada hialuronidase. Segundo a polícia, o produto é um tipo de enzima, produzida de forma manipulada, usado para corrigir procedimentos feitos com ácido hialurônico.

> “É uma substância que serve para retirar um preenchimento anterior. É um produto manipulado que foi utilizado na paciente que morreu e isso é contra as determinações da Anvisa”, afirmou a delegada.

De acordo com a Polícia Civil, a servidora pública sofreu um choque anafilático e teve uma parada cardiorrespiratória no local. Ela foi socorrida e levada ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas teve morte cerebral no dia seguinte, segunda-feira (1º).

A delegada destacou que a clínica não possuía os equipamentos básicos de atendimento em casos de uma reação alérgica grave, por exemplo.

“Para o caso de uma parada cardiorrespiratória é necessário que haja um desfibrilador e não havia um desfibrilador normal. Trabalhamos com esses eventos adversos na área da estética, e esse caso nos mostra que até mesmo os procedimentos mais simples trazem esse risco tremendo”, acrescentou Débora Melo.

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Calote, assassinato e herança: suspeitos parcelam dívida após crime por R$3 milhões – Prints mostram negociações com executor.

VEJA PRINTS: Executor parcelou dívida após calote de genro e filha suspeitos de mandar matar fazendeiro por herança de R$ 3 milhões, diz polícia

Investigado chegou a avisar que ia denunciar o crime à polícia caso não fosse pago, o que ele fez. Segundo delegado, casal tinha prometido pagar R$ 20 mil pelo assassinato.

Prints mostram conversa de genro de fazendeiro assassinado e executor do crime, segundo a polícia — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O homem que foi contratado pelo genro e pela filha de um fazendeiro para matá-lo ofereceu parcelar a dívida de R$ 20 mil em três vezes após cobrar o pagamento por ter cometido o crime – veja acima os prints, segundo informou a Polícia Civil. Conforme a investigação, a mulher mandou matar o pai para ficar com uma herança de R$ 3 milhões.

> “Você manda R$ 6 [mil] essa semana para mim, eu mando buscar aí R$ 7 mês que vem e R$ 7 no outro mês”, disse o executor.

O marido da suspeita concordou com o parcelamento, mas depois pediu para o executor esperar. “Tu não sabe o que está acontecendo aqui”, disse ele. “Não tá indo um processo ainda. Falei para tu: quando acabar o processo. Aí você vem com essa ameaça para cima de mim”, completou o marido.

O executor, que está foragido, chegou a avisar que ia denunciar o casal caso não recebesse, o que fez. O casal foi preso em Campos Verdes, no norte de Goiás.

“Ele fez um número falso e os denunciou ‘anonimamente’ para polícia. Com fotos, vídeos e print da negociação”, explicou o delegado

Em relação ao casal, a Defensoria Pública informou que o representou durante a audiência de custódia, cumprindo o dever legal, mas não comentará o caso. Como a DPE-GO não está presente permanentemente na comarca, será desabilitada do processo, cabendo aos acusados constituírem defesa ou ao juízo nomear um defensor. O DE entrou em contato com o advogado da filha, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.

A filha afirmou à polícia que o marido foi o responsável por organizar o crime e alegou que não o denunciou por medo, segundo o delegado Peterson Amin. O investigador, no entanto, disse que não acredita na versão apresentada pela mulher e afirma que ela também está envolvida no crime. O marido dela ficou calado durante o depoimento.

DE não localizou a defesa dos outros suspeitos até a última atualização desta reportagem.

Filha é presa suspeita de mandar matar o pai com ajuda do marido para ficar com herança

O CRIME

Conforme as conversas divulgadas pela polícia, o executor e o marido da suspeita acertaram o crime “no meio do mato”. Esse homem, por sua vez, contratou outros dois comparsas para matar o fazendeiro.

O assassinato aconteceu em 1º de abril, na zona rural de Campinorte. De acordo com a Polícia Civil, o pai da suspeita foi morto em uma emboscada, após ser abordado por três homens enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi atingido com dois tiros.

HERANÇA

De acordo com a Polícia Civil, a mulher é a única herdeira do patrimônio do pai. Conforme o delegado, a herança incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis e dinheiro em conta bancária.

Segundo a polícia, a mulher tentou movimentar o dinheiro da conta bancária do pai, mas não conseguiu. Ela também chegou a vender cabeças de gado e uma casa cerca de três meses depois da morte dele, o que causou estranheza aos investigadores.

Homem foi morto em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

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