Operações apuram corrupção e desvio de dinheiro em Ipojuca; duas pessoas são
presas e prefeitura vira alvo
Ações foram deflagradas pelo Ministério Público de Pernambuco, nesta quarta
(18). Área de licenciamento de empreendimentos imobiliários da prefeitura foi um
dos alvos.
Prefeitura de Ipojuca é alvo de operações do MPPE contra corrupção e organização
criminosa [https://s04.video.glbimg.com/x240/13193379.jpg]
A DE de Ipojuca é alvo de operações do MPPE contra corrupção e organização criminosa
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou duas operações na manhã
desta quarta-feira (18) contra suspeitas de corrupção em Ipojuca
[https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/cidade/ipojuca/], no Grande Recife
[https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/cidade/recife/]. Entre os supostos crimes
estão fraude em licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção
e falsidade ideológica. Um dos locais onde houve cumprimento de mandados foi a
sede da prefeitura.
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As operações se chamam “Patranha” e “Habite-se”. As duas operações, juntas, tiveram 31 mandados de busca e apreensão expedidos.
Na “Patranha”, também houve o cumprimento de dois mandados de prisão. Todos eles
foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.
O MPPE não informou onde as pessoas foram presas, nem quem são elas. Foram
apreendidos celulares, dinheiro, computadores, documentos, relógios, entre
outros itens. Confira, abaixo, o que investiga cada operação:
* Operação Patranha
Mira um grupo criminoso acusado de fraude na produção de atas de registro de
preços da Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (Ammesf),
cuja sede é em Minas Gerais. De acordo com o MPPE, os itens da ata foram
majoritariamente vendidos em municípios de Pernambuco, com destaque para
Ipojuca.
Um dos casos citados pelo órgão é a compra feita pela prefeitura de 6 milhões de
adesivos para visitantes em 2023. Isso, segundo o MPPE, equivale a mais de 60
vezes a população da cidade, que é de 97.669 pessoas.
Ainda de acordo com o MPPE, há evidências de sobrepreço e venda de notas fiscais
sem a entrega de todo o material formalmente contrato. Os contratos entre a
prefeitura e a gráfica somam mais de R$ 20 milhões entre 2021 e 2023.
* Operação “Habite-se”
Apura indícios da existência de um esquema criminoso estruturado na área de
licenciamento de empreendimentos imobiliários da prefeitura. A denúncia afirma
que um grupo de servidores exigia vantagens para concessão de licenças.
Neste caso, foram expedidos apenas mandados de busca e apreensão, e são
investigados os crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa,
lavagem de dinheiro e concussão (exigir vantagem indevida em razão de cargo
público).
As ações contaram com apoio das polícias Civil e Militar, além do Grupo de
Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Minas Gerais,
Paraná, Rio de Janeiro, Santa
Catarina e São Paulo.
Procurada pelo DE, a prefeitura de Ipojuca disse que, inicialmente, só irá se pronunciar após ter acesso aos autos do processo.
1 de 1 Celulares, relógios e dinheiro foram apreendidos pelo Ministério Público
de Pernambuco na operação — Foto: MPPE/Divulgação
Celulares, relógios e dinheiro foram apreendidos pelo Ministério Público de
Pernambuco na operação — Foto: MPPE/Divulgação
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