Polícia Civil investiga morte do ganhador da Mega-Sena durante procedimento odontológico

A Polícia Civil de Mato Grosso investiga a morte do ganhador da Mega-Sena em uma clínica odontológica da capital Cuiabá. Antônio Lopes de Siqueira, de 71 anos, faleceu nessa quarta-feira (4/12). Ele ganhou R$ 201,9 milhões ao acertar sozinho, com uma aposta simples, as seis dezenas da loteria.

A morte ocorreu 24 dias após o sorteio que tornou o cuiabano milionário. A família de Antônio relatou que ele passava por um procedimento odontológico quando, por volta das 10h, sofreu um mal súbito. Ainda não há confirmação da causa da morte.

O corpo do homem será submetido ao exame de necropsia. O laudo será repassado à Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que abriu investigações para apurar as circunstâncias da morte de Antônio.

Nas redes sociais, há comentários de que ele estaria na clínica para realizar um implante dentário. Antônio era comprador e vendedor de gado em Mato Grosso. Ele deixa quatro filhos. As dezenas sorteadas no concurso 2.795, o maior do ano na Mega-Sena, são: 13 – 16 – 33 – 43 – 46 – 55. A aposta foi registrada pessoalmente na Lotérica Ipiranga, em DE.

Ainda no concurso que fez Antônio multimilionário, outras 242 apostas fizeram cinco acertos e levaram, cada, R$ 49.426,51. Já outras 19.146 apostas fizeram quatro acertos e levaram, cada, R$ 892,48. O recorde da Mega-Sena no ano deve ser batido apenas pela Mega da Virada, que tem prêmio estimado em R$ 600 milhões.

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Operação Sisamnes: PF investiga venda de sentenças por desembargadores em esquema de corrupção

A Polícia Federal investiga a venda de sentenças e mira em comparsas de um desembargador suspeito de negociar decisões judiciais. Em novembro deste ano, a corporação deflagrou a Operação Sisamnes, com o objetivo de investigar o esquema de corrupção, organização criminosa e violação de sigilo funcional envolvendo integrantes do Judiciário mato-grossense e outros agentes públicos. Os alvos são pessoas ligadas a um desembargador suspeito de negociar decisões judiciais.

As investigações estão centradas em dois desembargadores do Tribunal de Justiça (TJMT): Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. Ambos são suspeitos de vender decisões judiciais e vazar informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais. A coluna não localizou a defesa dos magistrados, mas o espaço permanece aberto para possíveis posicionamentos.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolvia advogados, lobistas, empresários e assessores que atuavam como intermediários entre os magistrados e os interesses privados. Valores eram solicitados para garantir decisões favoráveis aos clientes dos envolvidos, além do vazamento de informações sigilosas sobre investigações policiais. O nome da operação faz alusão ao juiz Sisamnes, uma figura histórica que teria aceitado subornos para emitir uma sentença injusta.

Além de pedidos de prisão e buscas e apreensões em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, a operação também cumpre medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas de servidores envolvidos e a indisponibilidade de bens e valores dos investigados. O desembargador João Ferreira Filho também tornou-se alvo de uma notícia-crime enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por omissão em um esquema de fraudes no processo de espoliação de terras.

A Corregedoria Nacional de Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, além de iniciar processos disciplinares contra eles. As investigações apontam que ambos tinham uma relação estreita com um advogado falecido que atuava como lobista no TJMT, sugerindo que os desembargadores teriam recebido “presentes de elevado valor” em troca de decisões favoráveis. Para mais informações, siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram e receba notícias do Metrópoles no seu Telegram. Se desejar denunciar algo ou sugerir uma reportagem sobre o Distrito Federal, entre em contato através do WhatsApp do Metrópoles DF.

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