Descubra os sintomas do câncer de intestino e a importância do exame preventivo. Saiba mais!

Câncer de intestino: conheça sintomas e por que fazer exame preventivo

Quando não tratado, o câncer de intestino pode causar obstrução intestinal e
levar o paciente a óbito em questão de meses. O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é um
tipo de tumor que se forma no cólon ou no reto, partes finais do sistema
digestivo. Ele ocorre devido ao crescimento descontrolado de células anormais na
mucosa intestinal, podendo causar sintomas como alterações no hábito intestinal
e dores abdominais.

A oncologista Marcela Crosara, do Hospital DF Star, destaca que o câncer de
intestino tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. “É a segunda neoplasia
mais frequente entre homens e mulheres, e seus principais fatores de risco
incluem o consumo excessivo de carne vermelha, alcoolismo e tabagismo, hábitos
bastante prevalentes entre os brasileiros”, afirmou em entrevista anterior ao
DE.

Além desses fatores, o sedentarismo, obesidade, dieta rica em alimentos
embutidos e pobre em frutas e vegetais também aumentam o risco da doença. A combinação
desses comportamentos reflete a necessidade de medidas preventivas,
especialmente diante do aumento do número de diagnósticos tardios.

Marcela alertou ainda que, quando não tratado, o câncer de intestino pode causar
obstrução intestinal e levar o paciente a óbito em questão de meses. “Por isso,
sempre reforço a importância da colonoscopia, que pode prevenir e identificar
precocemente o tumor, aumentando significativamente as chances de cura”,
ressaltou.

O Ministério da Saúde recomenda que o exame preventivo para o câncer de
intestino seja feito a partir dos 50 anos de idade. Em casos de histórico
familiar, o rastreamento deve ser iniciado mais cedo.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de
que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil
apenas em 2019. O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se
detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser
curado. Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do
intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e
alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras.

Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes,
alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia,
perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração)
abdominal. O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da
lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido
pelo reto (endoscópio).

A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino
afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento
incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a
possibilidade de retorno do tumor.

Para prevenir o câncer de intestino, é fundamental adotar hábitos saudáveis como a prática regular de atividade física, manter uma alimentação equilibrada, beber água, evitar o consumo de álcool, não fumar e manter o peso adequado. A detecção precoce e a prevenção são essenciais para aumentar as chances de tratamento eficaz contra essa doença. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto.

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Morte brutal de professora no DF: 10 anos de impunidade – Suspeito pronunciado em 2023

Crânio rachado e corpo nu: 10 anos da morte brutal de professora no DF

Heber dos Santos Freitas Ribas, suspeito de matar Janaína Câmara em 2014, foi
pronunciado pelo crime apenas este ano

Após 10 anos do crime, o processo que trata da morte da professora Janaína Alves
Fernandes Tavares da Câmara avançou na Justiça. O suspeito de matar Janaína em dezembro 2014, Heber dos Santos Freitas Ribas, ex-companheiro dela, foi pronunciado em abril deste ano. A juíza da 1ª Vara Criminal do Novo Gama entendeu que ele deve ser julgado por um Tribunal do Júri. Porém, apesar da determinação, Heber segue em liberdade recorrendo a outras instâncias para ser absolvido da acusação.

Em setembro do ano passado, o DE mostrou que o processo do caso de Janaína estava travado na Justiça goiana.

O caso foi recebido pela Justiça em 2021. Apenas em julho de 2023 foi agendada uma Audiência de Instrução e Julgamento agosto do mesmo ano. A audiência chegou a ser realizada, mas sem a pronúncia.

Apenas em 10 de abril deste ano, a Justiça declarou Heber réu e o destinou ao júri popular. Entretanto, a defesa do acusado recorreu da decisão. O recurso chegou à 3ª Câmara Criminal, sob responsabilidade da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Em julho, ela negou o pedido. A defesa, então, recorreu novamente, levando o caso para a Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, sob responsabilidade do desembargador Amaral Wilson de Oliveira. Apenas em 28 de novembro, o desembargador proferiu decisão, também negando o recurso especial. Agora, Heber deve aguardar a intimação da decisão do desembargador.

SOBRE O CRIME

Segundo a denúncia do Ministério Público goiano (MPGO), a vítima teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria e o Novo Gama (GO), município no Entorno do DF.

Janaína foi encontrada sem vida em área de mato. Ela era professora.

Quando policiais militares encontraram Janaína, ela tinha o rosto desfigurado e o crânio rachado, com vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. Também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas. Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido estuprada antes ou após a morte.

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com Heber pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado dois meses antes do crime. As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Heber responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal. Janaína deixou três filhos: um menino com pouco mais de 1 anos, fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina, de 6. Atualmente, os órfãos estão com 11, 15 e 16 anos respectivamente.

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