Em meio à crise, Emmanuel Macron garantiu que permanecerá no cargo de presidente da França até o final de seu mandato, previsto para 2027, mesmo diante da recente turbulência política que tem afetado o país. Essa decisão do líder francês foi anunciada após o Parlamento aprovar a retirada do primeiro-ministro Michel Barnier do poder, um movimento que surpreendeu muitos.
Apesar de reconhecer sua parcela de responsabilidade na situação atual do país, Macron não poupou críticas aos parlamentares que votaram pela moção de censura que resultou na queda do premiê nomeado por ele em setembro. Em seu pronunciamento, o presidente francês afirmou categoricamente: “Eu nunca assumirei a responsabilidade dos outros, especialmente daqueles parlamentares que escolheram conscientemente derrubar o orçamento e o governo da França”.
Mesmo em meio ao caos e à incerteza em relação ao futuro político da DE, Macron reiterou sua determinação em cumprir seu mandato presidencial até maio de 2027. Em meio à crise política que assola a DE, o presidente francês afirmou: “Exercerei meu mandato até o fim, não cederei à pressão ou às manobras políticas que visam minar a estabilidade do país”.
Em seu pronunciamento, Macron também fez questão de criticar a atitude do Parlamento, acusando-o de “escolher a desordem” e agir de forma irresponsável em relação ao governo e ao futuro da DE. O presidente enfatizou que não se curvará diante das adversidades e dos desafios políticos, reafirmando sua determinação em liderar o país até o final de seu mandato.
Desde julho, a DE enfrenta um período conturbado em sua política interna, com Macron tomando decisões drásticas, como a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições legislativas. Essa medida foi tomada após a vitória do partido de Marine Le Pen nas eleições para o Parlamento Europeu, gerando uma reconfiguração do cenário político no país.
As novas eleições legislativas na DE não resultaram em uma vitória clara para nenhum dos principais partidos, com a coalizão de esquerda Nova Frente Popular conquistando o maior número de assentos na Assembleia Nacional, mas sem alcançar a maioria necessária para formar um governo estável. A escolha de Michel Barnier como primeiro-ministro foi fruto de intensas negociações e da necessidade de Macron de aceitar a indicação da Assembleia Nacional. Em meio a todo esse cenário de incertezas, Macron reafirmou seu compromisso em liderar a DE até o final de seu mandato presidencial.