Mauro Cid presta novo depoimento por quase duas horas na PF
O militar compareceu à sede da Polícia Federal na tarde desta quinta-feira
(5/12), em Brasília (DF)
O tenente-coronel Mauro Cid
[https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/o-que-mauro-cid-diz-sobre-ter-delatado-integrantes-da-pgr],
ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deixou a sede da Polícia Federal
(PF), em Brasília (DF), nesta quinta-feira (5/12), após prestar novo depoimento
sobre a suposta tentativa de golpe de Estado
[https://www.metropoles.com/brasil/apos-falar-com-stf-mauro-cid-presta-novo-depoimento-a-pf-nesta-quinta]
investigada pelas autoridades.
A oitiva, que teve início às 15h, durou quase duas horas, terminando por volta
das 16h40. Ao sair da sede da PF, Mauro Cid evitou falar com a imprensa e
permaneceu em silêncio enquanto deixava o local.
Durante o depoimento, ele foi questionado sobre o plano golpista
[https://www.metropoles.com/brasil/apos-falar-com-stf-mauro-cid-presta-novo-depoimento-a-pf-nesta-quinta]
denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como objetivo a morte do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e
do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
[https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/stf-ja-tem-resposta-a-bolsonaro-sobre-pedido-crucial-contra-moraes].
O novo interrogatório ocorreu duas semanas após Cid ter sido ouvido pelo
ministro Alexandre de Moraes
[https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/moraes-questiona-mauro-cid-sobre-atuacao-de-bolsonaro-no-8-de-janeiro],
que manteve os benefícios da delação premiada. A delação ficou ameaçada após a
Polícia Federal apontar contradições e omissões em declarações anteriores sobre
o caso.
INDICIADOS E TRAMA GOLPISTA
Mauro Cid, ao lado de Jair Bolsonaro, é um dos 37 indiciados no inquérito que
investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. O inquérito já foi enviado à
Procuradoria-Geral da República (PGR), cabendo agora ao procurador-geral, Paulo Gonet, decidir se apresenta ou não denúncia contra os indiciados.
A delação de Mauro Cid foi mantida após ele fornecer informações detalhadas ao
ministro Alexandre de Moraes sobre a atuação do general Walter Braga Netto,
ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro durante a eleição de
2022.
Cid já foi ouvido pela Polícia Federal 14 vezes. Ele foi indiciado por crimes
como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e
organização criminosa.
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