MPAM dá parecer favorável à prisão de suspeito que agrediu compositor Paulo Onça

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) deu parecer favorável à prisão do suspeito de agredir o compositor Paulo Onça, após uma briga de trânsito na madrugada desta quinta-feira (5), na Rua Major Gabriel, na Praça 14 de Janeiro, na Zona Sul de Manaus. A Polícia Civil já identificou o suspeito e está à procura dele. O caso está sendo investigado como tentativa de homicídio. Segundo a Polícia Civil, o suspeito deve responder por homicídio tentado qualificado por motivo fútil ou torpe.

Logo após o crime, o delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), solicitou à Justiça a prisão preventiva do homem. As equipes policiais estão nas ruas à sua procura. Segundo Cícero Túlio, o suspeito deve responder por homicídio tentado qualificado por motivo fútil ou torpe. Em uma manifestação protocolada no final da tarde desta quinta-feira, o promotor de justiça plantonista, Rômulo Barbosa, concordou com o pedido do delegado e solicitou a prisão preventiva do agressor. Ele também requisitou a quebra do sigilo telefônico do suspeito.

Ao DE, o filho do compositor, Paulo Sávio, relatou que houve uma colisão entre o veículo dirigido pelo pai com o de outro motorista. Ambos discutiram e o compositor foi agredido na região da cabeça até desacordar. O agressor fugiu do local sem prestar socorro e sem ser identificado. Paulo Onça foi conduzido para o Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio, onde passou por cirurgia durante a madrugada. Sávio relatou que o estado de saúde do sambista é grave.

De acordo com a Secretaria de Estado e Saúde, Paulo deu entrada na unidade, após ser removido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O músico passou por exames de imagens e segue internado em estado grave, sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Paulo Onça é conhecido no meio do samba por ser compositor da Grande Rio e por ter diversas parcerias com cantores renomados, como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho.

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MPAM pede suspensão de venda de ingressos para Festival de Parintins 2025 devido a irregularidades

Festival de Parintins 2025: Ministério Público do Estado do Amazonas pede suspensão da venda de ingressos para correção de irregularidades

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio das Promotorias de Justiça de Parintins e da Defesa do Consumidor, ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) para suspender a comercialização de ingressos para o Festival de Parintins 2025 até que sejam corrigidas práticas irregulares na venda. A principal reclamação é a venda de ingressos apenas em pacotes para as três noites do evento, o que caracteriza, segundo o MP, uma prática de venda casada, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

AÇÕES REQUERIDAS PELO MPAM:

1. Venda de ingressos avulsos: O MPAM solicita que pelo menos 50% dos ingressos sejam vendidos separadamente por noite, além de permitir pacotes completos.
2. Garantia da meia-entrada: A ação também exige que o benefício da meia-entrada seja respeitado para grupos prioritários, como idosos, estudantes e pessoas com deficiência.
3. Indenização por danos morais coletivos: O MPAM pede a condenação dos responsáveis a pagar R$ 1,5 milhão por danos morais coletivos, valor destinado aos fundos estadual e municipal de defesa do consumidor.

O DE entrou em contato com a assessoria de imprensa da AmazonBest, empresa responsável pela venda de ingressos do Festival de Parintins, e com as associações folclóricas Caprichoso e Garantido, para comentar sobre os impactos da suspensão da venda de ingressos e as correções das irregularidades apontadas pelo MPAM. No entanto, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.

CONTEXTO E IRREGULARIDADES IDENTIFICADAS PELO MPAM

A Ação Civil Pública foi baseada em um Inquérito Civil iniciado após uma denúncia de irregularidades na venda de ingressos para o festival de 2024. A análise do contrato entre a Amazon Best Turismo e Eventos Ltda. e as Associações Folclóricas revelou que, embora fosse prevista a venda de ingressos avulsos, a prática foi descumprida, obrigando os consumidores a adquirirem pacotes para o evento inteiro. Além disso, a distribuição desigual de ingressos entre patrocinadores e o público em geral também foi considerada prejudicial, principalmente para consumidores mais vulneráveis.

O MPAM também requer que as multas sejam aplicadas em caso de descumprimento das medidas solicitadas, com o intuito de garantir que os consumidores tenham um acesso mais justo e equilibrado aos ingressos do Festival de Parintins 2025.

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