Irregularidades em câmeras corporais da PM: 17 policiais denunciados e 68 condenados no Rio de Janeiro

‘Lente de Aumento’: PM abriu 2,6 mil processos por irregularidades no uso de câmeras corporais, e MP denunciou 17 policiais

Equipe de reportagem da série analisou 215 casos em que os vídeos solicitados foram entregues pela DE. Nos processos já com sentença, a Justiça do Rio condenou 68 pessoas e absolveu 24.

‘Lente de Aumento’: gravações de câmeras corporais revelam fraude, roubo de dinheiro do preso e a recusa de propina por policiais

Em aproximadamente um ano e meio de uso de câmeras corporais pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, a corregedoria abriu 2.657 processos que já resultaram na detenção ou prisão administrativa de 170 policiais. O Ministério Público denunciou 17 policiais por irregularidades no uso dos equipamentos.

A equipe de reportagem da série “Lente de aumento”, da GloboNews e do RJ2, analisou 215 casos em que os vídeos solicitados foram entregues pela DE. Nos processos já com sentença, a Justiça do Rio condenou 68 pessoas e absolveu 24.

Nos seis casos denunciados pelo MPRJ, além do crime de recusa de obediência, algumas dessas denúncias também citam crimes de concussão (pedido de vantagem indevida por funcionário público), lesão corporal, prevaricação (deixar de praticar ato de ofício) e tortura.

‘Lente de Aumento’: PMs cobrem a lente para cometer violação de direitos

Estes foram os casos em que o mau uso foi considerado criminoso, ou seja, em que havia a vontade deliberada de obstruir as COP’s, sem incluir os casos em que se aplicam apenas sanções disciplinares.

O promotor Paulo Roberto Mello Cunha, 2ª promotoria de justiça junto à Auditoria Militar, avalia que o programa de câmeras corporais têm sido bem sucedido, e que agora é importante saber o que fazer com o volume de informações que chegam aos equipamentos da corporação.

“A gente entende que é o compromisso da PM de fazer funcionar e agora é uma questão de você procurar mecanismos para adequar a estrutura que atende aos pedidos com o volume das imagens e das requisições”, explicou.

“Para que esse programa não caia no descrédito, para que todos os investimentos feitos não sejam subutilizados, é preciso avançar, é preciso ampliar a equipe que está responsável pelo exame dessas imagens, enfim, fazer com que ele realmente seja aprimorado e levado cada vez mais a sério”, afirmou André Castro, do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria.

CÂMERAS SÃO ‘CAMINHO SEM VOLTA’, DIZ PM

As imagens de câmeras corporais permitiram que um homem que ficou 9 meses preso pudesse ser inocentado graças ao vídeo de uma operação. Ele foi preso sentado em um sofá, bebendo água.

Para a diretora-executiva do Fórum de Segurança Pública, Samira Bueno, o uso das câmeras é uma oportunidade para a Polícia Militar.

“É uma oportunidade tremenda para a Polícia Militar Do Rio De Janeiro mostrar que ela tá disposta a atuar na legalidade e mostrar que ela é uma força policial do século 21, que ela é profissional e que ela quer ser profissional”, afirmou.

A Polícia Militar concorda que o momento é de uma mudança de paradigma:

“Sim, a percepção que nós temos na corporação é que a utilização das câmeras é um caminho sem volta. Então, essas imagens, esse material das imagens, das câmeras também serão muito úteis para os processos de formação dos policiais e para cada vez mais a gente trabalhar na mudança da cultura”, pontuou Cláudia Moraes, porta-voz da corporação.

Para Mário Sarrubbo, Secretário Nacional de Segurança Pública, a boa conduta dos policiais deve ser incentivada para que a população respeite mais a corporação:

“Haverá mais respeito para com os policiais militares porque a população também vai saber que aquela ação está sendo gravada. E o policial militar, por sua vez, também vai agir estritamente dentro das regras.

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Resgate no Piscinão de Ramos: Bombeiros salvam criança de dois anos em estado grave. Medidas preventivas são essenciais.

Uma criança de dois anos foi resgatada pelos bombeiros no Piscinão de Ramos, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Após se afogar, a bebê foi socorrida em estado grave e encaminhada para o Hospital Miguel Couto, situado no Leblon, para receber os cuidados necessários. A identidade da criança ainda não foi divulgada, mas o ocorrido mobilizou a equipe de resgate, que agiu prontamente para salvar a vida da menina.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 12h40 para atender a ocorrência no Piscinão de Ramos. Os agentes realizaram o resgate da criança com o auxílio de um helicóptero, que a levou até o heliponto da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em seguida, a bebê foi transferida para o Hospital Miguel Couto, onde permanece internada sob cuidados médicos.

A situação serve como alerta para a importância da prevenção de afogamentos, principalmente em locais públicos como o Piscinão de Ramos. É fundamental que os responsáveis estejam atentos e adotem medidas de segurança para evitar acidentes desse tipo, como a supervisão constante das crianças durante banhos em áreas propensas a afogamentos.

O Piscinão de Ramos é conhecido por ser uma área de lazer frequentada por moradores e turistas, mas é imprescindível que sejam observadas todas as precauções necessárias para garantir a segurança de todos. A atuação rápida e eficaz dos bombeiros foi fundamental para o resgate da criança, mostrando a importância do trabalho realizado por esses profissionais em situações de emergência.

A comunidade local e as autoridades devem promover a conscientização sobre os riscos de afogamento, bem como incentivar a adoção de medidas preventivas. A segurança das crianças deve ser prioridade em espaços públicos como o Piscinão de Ramos, visando evitar tragédias e garantir o bem-estar de todos os frequentadores.

É fundamental que casos como o da bebê resgatada no Piscinão de Ramos sirvam de exemplo para alertar a população sobre a importância da vigilância e dos cuidados necessários para evitar acidentes. A criança segue internada no Hospital Miguel Couto, onde recebe os cuidados médicos essenciais para sua recuperação, enquanto a sociedade se mobiliza para prevenir novos incidentes e garantir a segurança de todos.

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