Os Estados Unidos manifestaram interesse em estabelecer bases militares na Guiana Essequiba, conforme acusações feitas pelo presidente Nicolás Maduro. O território reivindicado pela Venezuela tem sido alvo de tensões e disputas políticas. Maduro afirmou durante seu podcast que o governo norte-americano estaria planejando essa instalação, colocando em xeque a segurança e a soberania na região.

Em meio a essas acusações, o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, esteve em visita ao Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM), na Flórida. O SOUTHCOM é responsável por operações e cooperação militar com países da América Central, do Sul e Caribe. A visita de Ali às autoridades norte-americanas levantou especulações sobre possíveis acordos de defesa e segurança regional entre os dois países.

Em comunicado oficial, o SOUTHCOM informou que a reunião com Irfaan Ali teve como foco discutir a parceria bilateral de defesa entre EUA e Guiana, sem fornecer detalhes específicos sobre as negociações. Segundo o comando militar dos Estados Unidos, a visita do presidente guianense demonstra o fortalecimento da parceria entre os dois países, reforçando o compromisso em ampliar e consolidar essa relação estratégica.

A tensão em torno da Guiana Essequiba ganhou destaque nos últimos tempos, conforme Maduro reacendeu a disputa territorial que existe há mais de um século. O presidente venezuelano chegou a ameaçar invadir e anexar a região de Essequibo, conhecida por sua riqueza em recursos naturais, como petróleo. Com estimativas de 11 bilhões de barris de petróleo na área, a disputa se intensificou, com potenciais impactos econômicos e geopolíticos na região.

A busca por garantir interesses estratégicos e econômicos na Guiana Essequiba tem gerado debates e preocupações, sobretudo com a possibilidade de instalação de bases militares na região. O posicionamento dos Estados Unidos, aliado ao protagonismo de Maduro na defesa dos interesses da Venezuela, gera um cenário de incertezas e desafios geopolíticos na América do Sul, com reflexos na segurança e estabilidade regional. A atenção para essas questões se faz necessária para compreender e acompanhar o desenrolar desses eventos.