Em uma operação conjunta realizada pela Polícia Federal e o Ministério Público, o policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho e responsável pela segurança do cantor Gusttavo Lima, é procurado por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A ação, ocorrida na terça-feira, 17, visou policiais suspeitos de atuar em favor do grupo criminoso. Rogerinho foi mencionado na delação do empresário Antonio Vinícius Gritzbach, que foi morto com dez tiros em novembro deste ano, na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Gritzbach denunciou a conduta de alguns policiais à Corregedoria oito dias antes de sua morte.
As investigações apontam que o esquema criminoso envolvia manipulação e vazamento de informações sigilosas, venda de proteção a criminosos e corrupção para favorecer operações de lavagem de dinheiro do PCC. Até o momento, sete pessoas, incluindo um delegado e mais três policiais civis suspeitos de atuar para o grupo criminoso, foram presas.
Rogerinho
Rogerinho, que tem mais de 100 mil seguidores no Instagram, está foragido e é considerado um dos principais alvos da operação. A Polícia Federal realizou buscas em endereços associados a ele, mas não conseguiu localizá-lo.
Além de sua função como policial, Rogerinho é conhecido por suas atividades empresariais, sendo proprietário da construtora Magnata Construção e Incorporação, e sócio de uma clínica de estética e de uma empresa de segurança privada. Mesmo recebendo pouco mais de R$ 7 mil como policial civil, suas atividades extras geram suspeitas de enriquecimento ilícito.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a Corregedoria da Polícia Civil acompanha a operação e colabora com o órgão federal e o Ministério Público. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, com penas que podem alcançar 30 anos de reclusão.