Estudo revela que 36% dos alunos de Ribeirão Preto estão com excesso de peso. Conheça os desafios e medidas para garantir uma alimentação saudável.

Levantamento da rede municipal mostra que 36% dos estudantes têm excesso de peso
em Ribeirão Preto, SP

Análise foi realizada com 7.505 alunos com idades de zero a 14 anos em 33
unidades de ensino. Segundo nutricionista, dado ajuda nas mudanças do cardápio e
na capacitação de profissionais.

Pesquisa aponta que 36% dos alunos até 14 anos estão acima do peso em Ribeirão
Preto [https://s01.video.glbimg.com/x240/13161588.jpg]

Pesquisa aponta que 36% dos alunos até 14 anos estão acima do peso em Ribeirão
Preto

Um levantamento feito pela Divisão de Nutrição Escolar da Secretaria Municipal
da Educação em Ribeirão Preto (SP)
[https://de.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/cidade/ribeirao-preto/] mostra
que 36% dos estudantes de zero a 14 anos estão com excesso de peso.

Em 2024, 7.505 alunos matriculados em 33 unidades de ensino foram acompanhados
por profissionais e estudantes do curso de nutrição de diferentes universidades.
O monitoramento tem o objetivo de conhecer o estado nutricional das crianças
para a adoção de políticas que ajudem no desenvolvimento saudável delas.

O levantamento mostrou que:

* 59% dos alunos têm um estado nutricional adequado para a idade, com o peso
dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS);
* 36% apresentam excesso de peso;
* 2% encontram-se abaixo do peso ideal.

1 de 3 Profissional pesa e mede estudante da rede pública de ensino em Ribeirão
Preto, SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV

Profissional pesa e mede estudante da rede pública de ensino em Ribeirão Preto,
SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV

A nutricionista Helena Vassimon, que atua na Divisão de Nutrição Escolar,
explica que o acompanhamento permitiu uma adequação do cardápio e uma mudança
atualização na formação dos profissionais que atuam nas escolas.

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Em sala de aula, por exemplo, alunos aprendem sobre quais alimentos são
alimentos são importantes no dia a dia, para que eles cresçam conscientes.

“Todo o cardápio escolar é baseado nas recomendações do Ministério da Saúde,
então ele é saudável. Além disso, a gente tem essas ações educativas no dia a
dia para cada vez mais garantir que as crianças tenham autonomia para fazer suas
próprias escolhas alimentares, uma visão crítica do que é uma alimentação
saudável”, diz.

2 de 3 A estudante Gabriela dos Santos Luz, de 8 anos, prefere fruta a chocolate
Ribeirão Preto, SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV

A estudante Gabriela dos Santos Luz, de 8 anos, prefere fruta a chocolate
Ribeirão Preto, SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV

A estudante Gabriela dos Santos Luz, de 8 anos, parece estar consciente das
escolhas do que coloca no prato. Ela diz que prefere frutas a chocolate.

> “Manga e morango são as minhas duas frutas preferidas. A fruta [é melhor que o
> chocolate], porque eu acho mais gostoso”, diz.

A expectativa é que o projeto possa alcançar mais escolas nos anos seguintes.

PESO EXCESSIVO NA INFÂNCIA REFLETE NA VIDA ADULTA

O médico endocrinologista Rodrigo Custódio afirma que os dados entre os alunos
da rede municipal em Ribeirão Preto refletem uma realidade em todo o país.

> “Isso preocupa porque o excesso de peso tem uma relação importante com doenças
> que a gente chama de crônicas, não transmissíveis, como diabetes, hipertensão,
> colesterol alto. Isso faz com que a vida dessas crianças e adolescentes possa
> ter problemas.”

3 de 3 Estudante recebe merenda com frutas, pão e leite em escola pública de
Ribeirão Preto, SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV

Estudante recebe merenda com frutas, pão e leite em escola pública de Ribeirão
Preto, SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV

Quando os maus hábitos alimentares são cultivados na infância, é difícil
combatê-los na fase adulta, o que implica em sérias consequências.

“Quando essas crianças, esses adolescentes se tornam adultos e eles continuam,
há uma chance alta de eles continuarem obesos, eles têm risco altíssimo de
desenvolver esse tipo de doença. E o que acontece com esse indivíduo? Além de
ter a longo prazo um encurtamento da vida em tempo, você também tem uma
diminuição da qualidade de vida. O individuo começa a ter essas doenças e isso
faz com que a vida seja mais difícil.”

✅ O médico lista uma série de passos a serem observados pelos responsáveis para
garantir uma rotina saudável.

* Estimular o consumo de fibras, frutas, verduras, legumes;
* Desestimular a ingestão de alimentos ultraprocessados com açúcar adicionado,
gordura adicionada, excesso de sal. “Isso vem escrito nos rótulos nos
alimentos em geral que a gente encontra no supermercado”;
* Praticar atividade física programada e não programada desde que seja de
acordo com a capacidade da família, a organização da família, e também de
acordo com as capacidades e os desejos da criança e do adolescente;
* Respeitar as questões de sono. “Uma higiene melhor do sono tem relação com um
peso melhor. Os estudos mostram isso”;
* Exposição à tela: quanto maior o tempo de tela, há um
risco maior de um
excesso de peso.

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VÍDEOS: TUDO SOBRE RIBEIRÃO PRETO, FRANCA E REGIÃO

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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