Valdemar Costa Neto irrita bolsonaristas ao postar foto com Alckmin nas redes

Valdemar posta foto de Alckmin nas redes e irrita bolsonaristas

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto irritou bolsonaristas ao repostar montagem
feita por prefeito da sigla na qual Geraldo Alckmin aparece

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou a irritar
bolsonaristas ao repostar, na quinta-feira (5/12), uma montagem feita por um
prefeito do partido na qual aparece o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

A montagem foi feita pelo prefeito de Cruzeiro (SP), Kleber Silveira (PL), e tem três imagens. Alckmin aparece em duas delas, ao lado do prefeito. A terceira foto tem Silveira apertando a mão de Valdemar.

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), irritou bolsonaristas ao repostar aliado com Geraldo Alckmin. Valdemar compartilhou imagem de aliado com Geraldo Alckmin, marcado pelo prefeito, e repostou a montagem nos stories do Instagram. A atitude do cacique do PL irritou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que reclamaram nos bastidores.

Impedidos pelo STF de manterem contato desde fevereiro, Bolsonaro e Valdemar devem se encontrar na segunda-feira (9/12), durante a missa de 7º dia da mãe do presidente do PL, em Mogi das Cruzes (SP). A autorização foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes após pedido da defesa de Bolsonaro. Moraes chegou a autorizar a ida ao velório, na terça-feira (3/11), mas o ex-presidente não conseguiu chegar a tempo.

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Ponte da Morte: Empresa sancionada recebeu milhões do governo

O governo federal destinou milhões à ponte que desabou e causou a morte de oito pessoas. A empresa encarregada da manutenção da “ponte da morte” recebeu vultosos repasses do governo federal e, atualmente, está proibida de firmar contratos. A empresa Matera Engenharia, contratada por R$ 3,6 milhões para manter a ponte, foi alvo de sanção pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ligado ao Ministério dos Transportes, devido a irregularidades em contratos para conservar a rodovia federal onde ocorreu a tragédia.

Atualmente, a empresa Matera Engenharia, com sede no Rio Grande do Norte, está impedida de celebrar contratos com a União até 27/01/2025, abrangendo todos os poderes ligados ao órgão sancionador. A penalidade foi imposta dias antes do desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins, que resultou na queda de diversos veículos. O fundamento legal para a sanção é o artigo 7 da “Lei do Pregão”, que estabelece que quem não cumprir com as obrigações contratuais ficará impedido de contratar com órgãos públicos.

Representantes do Ministério dos Transportes afirmam que a Matera Engenharia teve um contrato específico para a manutenção da ponte em questão, que incluiu serviços como limpeza, substituição de juntas de dilatação, entre outros. O contrato foi firmado no âmbito do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte), responsável por gerenciar serviços de manutenção em grandes obras como pontes, viadutos e túneis em áreas federais.

A empresa Matera Engenharia já recebeu R$ 276 milhões em contratos com o governo federal, sendo R$ 140 milhões já pagos. Além disso, obteve R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares, parte proveniente do orçamento secreto. O restante veio de emendas de comissão e de bancada. A polêmica em torno dessas emendas está sob investigação do STF e da PF, com bloqueio de recursos determinado pelo ministro Flávio Dino. O acidente na ponte entre TO e MA resultou em oito mortes e nove desaparecidos.

O Corpo de Bombeiros do Tocantins confirmou as oito mortes decorrentes do desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck, que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). As vítimas foram encontradas a 35 metros de profundidade no Rio Tocantins, juntamente com veículos submersos. Após o acidente, foram anunciados investimentos de R$ 100 a R$ 150 milhões para reconstruir a estrutura, com previsão de conclusão em 2025. O episódio colocou em evidência a importância da fiscalização e transparência nos contratos firmados com empresas para a manutenção de infraestruturas essenciais.

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