Artista estuprada durante assalto a circo da família volta a se apresentar: ‘Me sinto abraçada por todos’
Camila Gomes também deu entrevista pela primeira vez, após apresentação em Santa Helena (MA) e agradeceu o carinho das pessoas que tiveram empatia com ela: ‘Ainda existe amor entre as pessoas’.
Camila Gomes voltou a se apresentar, após o abuso que sofreu em Central do Maranhão — Foto: Reprodução/TV Mirante
O Eneide Circus, atacado por um grupo criminoso no dia 23 de novembro, voltou a se apresentar após o trauma sofrido em Central do Maranhão. O retorno ao picadeiro foi cheio de emoção e aconteceu em Santa Helena, a cerca de 156 km de São Luís, marcando um recomeço.
Durante o crime, uma das artistas, Camila Gomes, foi estuprada por um dos membros do grupo criminoso, de 17 anos, segundo a polícia. Deste então, Camila vinha tentando se recuperar dos abusos e retomar o circo, que é a fonte da renda familiar.
Artista de circo estuprada durante um assalto volta a se apresentar
Camila também agradeceu o carinho que recebeu por centenas de pessoas na internet, após ter relatado o que sofreu. Agora, ela espera que a justiça seja feita.
“Muito importante para mim, como artista, receber o tanto de aplausos que eu recebi hoje, nessa volta tão inesperada, que eu estava tentando, e consegui”, contou a artista.
Até o momento, a Polícia Civil deteve sete dos oito membros do grupo que atacou o circo, estuprou a artista, roubou pertences dos familiares e ainda agrediu um idoso. Destes, três menores de 18 anos foram apreendidos e quatro foram presos.
Suspeitos de participar de assalto a circo no Maranhão foram presos pela polícia — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Antes de Nalberth, a última prisão tinha sido no último sábado, quando um dos suspeitos, que não teve o nome informado, se entregou na Delegacia de Cururupu, onde recebeu ordem de prisão por parte da delegada Thaissa. Ele já havia sido localizado e a polícia aguardava ele se entregar.
Quinto suspeito de participação no assalto a circo em Central do Maranhão é preso — Foto: Divulgação/Polícia Civil
No dia 259 de novembro, o adolescente de 17 anos apontado como o autor do estupro contra Camila Gomes, também se entregou à Polícia Civil, após uma negociação com os familiares. Ele foi apreendido na Zona Rural de Guimarães, a 70 km de São Luís, e foi levado de helicóptero com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA) para a capital.
“Até o momento, a Polícia Civil informou que conseguiu recuperar parte dos itens roubados.”
“Eles [criminosos] chegaram pedindo dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo. […] Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo. Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. Ele botou uma arma na minha cabeça e atirou. No momento, eu só sabia passar a mão na minha filha e na minha cabeça, pra saber se tinha pegado. […]Eu fiquei em choque. […] Estou tentando ser forte, pela minha família, por mim também, mas não vou dizer que estou bem”, relatou Camila, em um post nas redes sociais.
Dois presos pelo crime foram levados para a Unidade Prisional de Pinheiro, no interior do Maranhão, enquanto os três menores de idade apreendidos serão encaminhados para um Centro Socioeducativo em São Luís.
Camila foi ouvida na Delegacia de Cururupu e recebeu atendimento médico. Ela está sob cuidados, tomando antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis e receberá acompanhamento psicológico online, já que a família não possui endereço fixo e vive de forma itinerante.
“Familiares agredidos e circo roubado”
Até o momento, a Polícia Civil informou que conseguiu recuperar parte dos itens roubados.
Camila foi ouvida na Delegacia de Cururupu e recebeu atendimento médico. Ela está sob cuidados, tomando antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis e receberá acompanhamento psicológico online, já que a família não possui endereço fixo e vive de forma itinerante.
Por conta do trauma e do medo gerado pelo crime, o circo também cancelou as apresentações restantes que faria em Central do Maranhão e decidiu deixar a cidade.
O circo onde aconteceu o crime pertence a uma família que é natural do Pará. Eles estavam em turnê por cidades da baixada maranhense.