Policial suspeito de matar colega é preso em Belford Roxo pela DHBF

Homem suspeito de matar policial em Belford Roxo é preso pela Delegacia de Homicídios da Baixada

Anderson Gabriel Zaniboni, de 36 anos, foi morto no dia 6 de outubro, durante sua folga, na rua Tenente Esdras Monteiro Muniz, no Parque São Vicente. Além de Johnatas Basílio, preso pelo crime, outro suspeito pela morte é o PM Rodrigo Pellegrini.

O policial militar Johnatas Basílio de Oliveira foi preso suspeito pela morte de outro PM em Belford Roxo — Foto: Reprodução

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) localizaram e prenderam nesta sexta-feira (6) o Johnatas Basílio de Oliveira, no Centro de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Ele é suspeito de participar da morte do também policial militar Anderson Gabriel Zaniboni, de 36 anos, no dia 6 de outubro, durante sua folga, na rua Tenente Esdras Monteiro Muniz, no Parque São Vicente, também em Belford Roxo.

Anderson foi atingido por disparos de arma de fogo e levado ao Hospital Municipal de Belford Roxo, onde foi atendido, mas não resistiu.

Os suspeitos pelo crime são os dois PMs que levaram Anderson para a unidade de saúde. Além de Johnatas, preso nesta sexta-feira (6), Rodrigo Andrade Pellegrini também é investigado pela morte do colega de profissão. Ele segue foragido da Justiça.

Na ocasião, Rodrigo e Johnatas alegaram que teriam sofrido uma tentativa de roubo por Anderson.

Ao longo da investigação, os policiais civis da DHBF identificaram diversas contradições nas versões apresentadas pela dupla de policiais. Os agentes afastaram a possibilidade do crime de legítima defesa.

Imagens de câmeras de segurança e o depoimento de testemunhas indicaram aos investigadores a verdadeira dinâmica do crime. Segundo a Polícia Civil, Rodrigo e Johnatas foram os autores dos disparos e não houve tentativa de assalto.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro atendeu o pedido feito pelos investigadores e determinou a prisão temporária, por 30 dias, de Rodrigo e Johnatas.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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