Servidor deixa ministério após caso de assédio: sindicato acompanha desdobramentos.

Servidor deixa ministério de ambulância após caso de assédio moral

Um servidor da Secretaria do Patrimônio da União no Distrito Federal (SPU-DF), órgão ligado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), saiu do trabalho de ambulância após supostamente sofrer assédio moral vindo de um chefe direto. O caso aconteceu no último dia 6 de novembro, por volta das 13h. O agente administrativo teria passado mal por conta de uma suposta abordagem grosseira da chefia.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (Sindsep-DF), Oton Neves, conta ao DE que soube do caso por coincidência. “Eu estava em uma reunião ali próximo ao Bloco K [onde fica o SPU], quando vi uma ambulância do Corpo de Bombeiros levando uma pessoa que teria passado mal. Procurei saber do que se tratava e soube que o chefe dele havia gritado com ele em um corredor”, explica.

Neves se reuniu, na última terça-feira (3/12), com o superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal, Roberto Policarpo, para tratar do ocorrido. Policarpo disse ao presidente do Sindsep-DF que está aguardando a Ouvidoria do MGI concluir o processo sobre o caso. Oton Neves alerta que segue em contato com a Secretaria, acompanhando os desdobramentos de perto. “Se a ouvidoria do MGI demorar a retornar, devemos acionar Justiça e Ministério Público”, afirma.

“Um caso de assédio moral como este é inaceitável. Os servidores e chefes têm que se comportar com diálogo e não com gritarias”, diz Neves. O DE tentou contato com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e com o superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal, Roberto Policarpo. Ambos os órgãos não haviam retornado até a última atualização desta matéria. O espaço está aberto.

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Câmara dos Deputados aprova limite de despesas do governo em 0,6% a 2,5%: o que muda e quais os próximos passos no Senado

A Câmara dos Deputados concluiu, nesta quarta-feira (18/12), a votação do projeto de lei complementar (PLP) que define o crescimento das despesas do governo ao arcabouço fiscal, sendo limitado entre 0,6% e 2,5%. Agora, a matéria segue para análise do Senado Federal. Os senadores devem correr com a análise da proposta, visto que o recesso parlamentar está previsto para iniciar na próxima segunda-feira (23/12).

A Câmara aprovou na terça-feira (17/12) o texto-base do PLP nº 210/24, relatado por Átila Lira (PP-PI), e concluiu com a votação de uma emenda aglutinativa apresentada pelo líder do governo, José Guimarães (PT-CE). A emenda aglutinativa visa combinar emendas já apresentadas com o objetivo de compor uma proposta mais harmônica para facilitar a tramitação do projeto no Legislativo.

Uma das principais mudanças da emenda do governo é a revogação do Seguro Obrigatório para Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), que substituiria o antigo DPVAT. Embora o seguro tenha sido sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nova cobrança, que estava prevista para entrar em vigor em 2025, foi revogada pela Câmara dos Deputados, mas ainda precisa do crivo do Senado.

O texto-base também prevê o contingenciamento e o bloqueio das emendas parlamentares não impositivas na mesa prorrogação aplicada a outras despesas discricionárias, limitado a 15% dos recursos das dotações, em similaridade com as normas fiscais. As despesas discricionárias são aquelas em que o governo possui maior liberdade para decidir como gastar, diferentemente das despesas obrigatórias, como salários de servidores e benefícios previdenciários.

O projeto de lei aborda diferentes pontos e concentra os que são alvo de maior divergência entre os deputados. Nele se encontra o ajuste do salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal, com ganho acima da inflação, mas limitado a intervalo entre 0,6% e 2,5%. Também inclui a mudança no Fundo Constitucional do Distrito Federal, que passaria a ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e não mais pela variação da receita.

Outro ponto que enfrenta resistência, inclusive dentro da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, são as mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O projeto também prevê a restrição gradual do acesso ao abono salarial do Programa PIS/Pasep de um salário mínimo, além do combate aos chamados supersalários no funcionalismo público e outras medidas de economia e ajuste fiscal.

O governo federal apresentou ao Congresso Nacional a proposta do novo DPVAT com o objetivo de ampliar a margem de gastos do Planalto, com base no arcabouço fiscal. Mesmo com a revogação do seguro obrigatório pela Câmara dos Deputados, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. Essas medidas fazem parte do pacote de revisão de gastos do governo e visam equilibrar as contas públicas e garantir o cumprimento das diretrizes fiscais estabelecidas.

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