1ª Conferência Municipal de Direitos LGBTQIA+ em Mogi das Cruzes: inclusão e igualdade

Mogi das Cruzes realiza a 1ª Conferência Municipal dos Direitos LGBTQIA+

Neste sábado, a cidade de Mogi das Cruzes será palco da 1ª Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, um evento de extrema importância para promover a discussão e formulação de propostas voltadas para a proteção, acolhimento e cuidado da população LGBTQIA+. O encontro acontecerá no Pipa Hub a partir das 8h, reunindo diversos segmentos da sociedade interessados em contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas e igualitárias.

Calvin Batista Campos, membro da comissão organizadora da conferência, destaca a relevância do evento como um passo significativo no caminho da garantia de direitos para a comunidade LGBTQIA+ em Mogi das Cruzes. Ainda segundo ele, a população LGBTQIA+ da cidade enfrenta muitos desafios e ainda carece de amparo em diversas esferas, o que torna a conferência um espaço fundamental para a discussão e proposição de soluções efetivas.

Durante a conferência, serão eleitas as propostas elaboradas nas pré-conferências realizadas anteriormente, abordando quatro eixos principais: o enfrentamento à violência LGBTQIA+, a promoção do trabalho digno e geração de renda para a população LGBTQIA+, a discussão sobre interseccionalidade e internacionalização, e a institucionalização da Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. Além disso, serão selecionadas delegadas para representar Mogi das Cruzes na Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ de São Paulo.

Para participar da conferência, é necessário realizar a inscrição online, o que pode ser feito por meio do link disponibilizado sem a necessidade de se deslocar até o local. Ainda há vagas disponíveis para aqueles que desejam contribuir com ideias e propostas para a construção de uma sociedade mais igualitária e respeitosa com a diversidade de gênero e orientação sexual.

A 1ª Conferência Municipal dos Direitos LGBTQIA+ em Mogi das Cruzes representa um marco importante na luta pela garantia de direitos e respeito às diferenças, reafirmando o compromisso da cidade com a promoção de uma cultura de inclusão e diversidade. A participação de todos os interessados é fundamental para que as propostas formuladas durante o evento sejam efetivamente colocadas em prática, transformando a realidade da população LGBTQIA+ no município.

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Disputa na Câmara de São Paulo: Bancada Evangélica x Emendas do PSOL. Polêmica envolvendo LGBT, quilombolas e umbanda gera críticas e denúncias.

A disputa na Câmara Municipal de São Paulo está acalorada. Recentemente, a Bancada Evangélica ameaçou não votar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) da cidade devido a termos identitários presentes nas emendas das vereadoras Luana Alves e Elaine do Quilombo Periférico, ambas do PSOL. Os vereadores destacaram palavras como “LGBT”, “ONG pró-aborto” e “umbanda”, o que gerou discordância e recusa por parte dos parlamentares evangélicos. A situação chamou atenção da sociedade e do Ministério Público.

As emendas propostas pelas vereadoras visavam destinar parte dos recursos para projetos voltados à comunidade LGBT, como formação audiovisual, acolhimento e capacitação para famílias, além de trabalhos educacionais e culturais em africanidades. No entanto, os termos utilizados foram substituídos por palavras genéricas pelo relator do projeto. A vereadora Luana Alves entrou com representação no Ministério Público denunciando racismo, homotransfobia e associação criminosa.

O vereador Fernando Holiday, do PL, foi enfático ao justificar a recusa das emendas, destacando a importância de barrar propostas que considerou preconceituosas e extremistas. Segundo seus argumentos, mais de 10 emendas foram vetadas por serem consideradas inaceitáveis. A postura dos vereadores evangélicos gerou críticas por parte da vereadora Luana Alves, que classificou a atitude como uma “baixaria” e ressaltou a importância da independência política no processo de aprovação das emendas.

É válido ressaltar que as emendas são direitos dos vereadores e representam uma cota parlamentar para projetos de interesse público, culturais e esportivos. No entanto, a interferência na destinação dos recursos tem gerado polêmica e contestações. Projetos destinados à população LGBT e antirracistas foram alvo de questionamento, o que levantou o debate sobre a liberdade de destinar recursos para causas importantes e socialmente relevantes.

Diante desse cenário, é fundamental analisar o embate entre os vereadores da Bancada Evangélica e as vereadoras do PSOL, destacando a importância do diálogo e do respeito às diversidades. O episódio coloca em evidência a necessidade de garantir a imparcialidade e a democracia no processo legislativo municipal, assegurando que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. O desfecho desse impasse terá reflexos significativos no cenário político da cidade de São Paulo e no fortalecimento da representatividade das minorias.

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