Papa Francisco nomeia Dom Jaime Spengler e mais 20 cardeais em cerimônia no Vaticano: saiba mais

O Papa Francisco está programando uma cerimônia de nomeação de 21 novos cardeais da Igreja Católica no Vaticano, neste sábado, e um deles é o brasileiro Dom Jaime Spengler. O evento ocorrerá na Basílica de São Pedro, e poderá ser assistido pelo canal de notícias do Vaticano no YouTube.

Dom Jaime Spengler é o atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo DE Porto Alegre (RS). Os novos cardeais terão direito ao voto em um eventual conclave para a escolha de futuros papas, e após a cerimônia de oficialização, participarão de uma Santa Missa presidida por Francisco.

A regra da Igreja Católica estabelece que cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto, e Spengler atualmente tem 64 anos. Com os novos nomeados, o total de cardeais ultrapassará o limite técnico de 120, mas dois integrantes do grupo atingirão a idade-limite neste ano.

O colégio de cardeais se divide em três ordens: episcopal, presbiteral e diaconal, e além de participarem da escolha de novos papas, também auxiliam o pontífice em questões de importância tanto coletivamente quanto individualmente. Além do representante brasileiro, outros países terão nomes anunciados pelo Papa Francisco, como Argentina, Equador, Peru, Chile, Japão, Filipinas, Sérvia, Costa do Marfim, Indonésia, Argélia, Irã, Canadá, Itália, Ucrânia e Austrália.

Dom Jaime Spengler é natural de Gaspar (SC) e ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982. Ele estudou filosofia, teologia e fez doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. Spengler foi ordenado sacerdote em 1990 e nomeado bispo auxiliar da arquidiocese DE Porto Alegre em 2010 pelo Papa Bento XVI.

A lista completa dos 21 novos cardeais da Igreja Católica inclui representantes de diferentes países e figuras importantes do clero. A cerimônia de nomeação promete ser um marco na história da igreja, reforçando a importância e diversidade dos líderes religiosos ao redor do mundo. Siga o Metrópoles no Telegram para ficar por dentro de todas as notícias!

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Mercado calcula perda de R$ 20 bi com pacote fiscal; Ministério estima R$ 2 bi

Mercado estima que pacote fiscal perdeu entre R$ 8 bi e R$ 20 bi

Enquanto Ministério da Fazenda estima perda de R$ 2 bi com mudanças feitas pelo
Congresso, economistas e analistas veem perda maior

Cálculos do Ministério da Fazenda indicam que as mudanças feitas pelo Congresso Nacional no pacote de corte de gastos reduziram em R$ 2 bilhões a economia com as medidas ante a projeção sobre o texto inicial que o governo federal apresentou.

A economia somada nos anos 2025 e 2026 com as medidas foi estimada, inicialmente, em R$ 71,9 bilhões, mas, com as modificações dos parlamentares, o valor foi atualizado para R$ 69,8 bilhões.

Pelas contas, porém, de economistas e analistas, as perdas com as alterações promovidas no texto podem ser bem maiores do que R$ 2 bilhões, devendo ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões. A avaliação do impacto fiscal do pacote, inclusive, levou o dólar a fechar essa segunda-feira (23/12) a R$ 6,18, o segundo maior valor nominal (sem o reajuste pela inflação) da história.

Nas contas da XP Investimentos, a economia com o pacote que saiu do Congresso no próximo biênio caiu de R$ 52 bilhões para R$ 44 bilhões — quase R$ 26 bilhões a menos do que a projeção oficial do governo. A XP entendeu que Congresso promoveu “uma pequena desidratação” do pacote.

“Vemos que o provável ganho fiscal é insuficiente para garantir o atingimento das metas de resultado primário e, principalmente, a manutenção do limite de despesas do arcabouço fiscal nos próximos anos”, informou a instituição em relatório.

A Tendências Consultoria, que projetava R$ 52,6 bilhões em dois anos, estimou agora que as mudanças contrataram perda entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões.

A Warren Investimentos prevê economia de R$ 19,2 bilhões e R$ 26,2 bilhões, respectivamente, em 2025 e 2026, o que totaliza R$ 45,4 bilhões em dois anos. Apesar disso, a casa ressaltou que não é possível garantir o cumprimento das metas fiscais dos próximos anos.

“Consideramos que as medidas, apesar de importantes, não garantem o cumprimento das metas fiscais de 2025 e 2026. Ademais, não foram apresentadas como parte de um programa de ajuste mais amplo, capaz de levar ao superávit primário requerido para baixar os juros e estabilizar a dívida pública”, destacou a Warren, em nota.

PRESSÃO VAI SEGUIR

Como o impacto fiscal foi reduzido, as cobranças por revisão de despesas devem prosseguir nos últimos dois anos de mandato do presidente Lula (PT). O mercado estima que, se não forem apresentadas novas medidas, haverá impactos sobre os juros, o câmbio e as expectativas de inflação.

Em resposta a isso, a equipe econômica tem sinalizado que poderá apresentar outras ações de restrição de despesas nos próximos meses. Na sexta-feira passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a revisão de gastos teria de ser algo “permanente”, colocada em prática sempre que for identificada alguma despesa saindo do previsto.

“Tem de ser rotina. Isso não deveria ser algo extraordinário ou surpreendente”, pontuou o ministro.

Haddad ainda salientou que foi enviado em 2024 aquilo estava maduro dentro do governo, ou seja, que contava com o apoio do presidente da República e aval dos ministros das áreas que sofreram cortes.

EM QUÊ FOI A REDUÇÃO

Foram aprovadas uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que muda critérios do Fundo nacional da educação básica (Fundeb), do abono salarial, além de limitar os salários no serviço público; um projeto de lei (PL), que altera a regra de correção do salário mínimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o programa Bolsa Família, entre outros; e um projeto de lei complementar (PLP), que introduz novos gatilhos no arcabouço fiscal em caso de déficit ou de redução das despesas discricionárias.

O projeto que muda as regras da aposentadoria dos militares, para determinar a idade mínima de 55 anos para o afastamento, e delimita a concessão de pensões, ficou para o ano que vem.

Dentre as medidas de enxugamento do pacote de gastos está a retirada da mudança na forma de correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Com isto, serão R$ 800 milhões a menos na economia do governo federal decorrentes desta alteração.

Também enfrentaram resistência no Parlamento as restrições aos “super-salários” no serviço público, que incomodou integrantes do Poder Judiciário. Houve lobby na Casa para que as sanções não fossem implementadas de imediato, mas apenas em 2025 e através de um outro projeto ainda a ser aprovado.

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