O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará na manhã desta quinta-feira, 12, por um procedimento médico para evitar um novo sangramento na cabeça. O procedimento, agendado para as 7h25, consiste em uma embolização da artéria meníngea média, uma técnica endovascular minimamente invasiva.
Essa intervenção faz parte do tratamento complementar à cirurgia de emergência realizada na madrugada de terça-feira, 10, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Lula havia sido submetido a uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça, resultado de uma hemorragia intracraniana detectada após uma forte dor de cabeça.
A hemorragia é uma consequência do acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro, quando Lula escorregou no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça. Após o acidente, ele recebeu pontos, mas quase dois meses depois, um novo sangramento ocorreu.
Procedimento
O procedimento de embolização da artéria meníngea média será realizado sem a necessidade de abrir o crânio, por meio da punção de uma artéria periférica. O catéter será inserido pela artéria femoral e guiado até a região da cabeça para fechar pequenas artérias locais e evitar futuros sangramentos.
Segundo o médico Roberto Kalil, “esse procedimento tem o objetivo de evitar um possível novo sangramento. Embora a chance já fosse pequena, por conta da drenagem, a probabilidade de ocorrer um novo sangramento foi ainda mais reduzida com esse procedimento.” Kalil também destacou que o procedimento é de baixo risco e relativamente simples.
Lula segue sob cuidados intensivos no hospital, mas passou o dia bem, sem intercorrências. Ele realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares. A equipe médica afirmou que o presidente não ficará com nenhuma sequela e que as funções neurológicas dele estão preservadas.
A previsão é que Lula retorne a Brasília no começo da próxima semana. Por ordem médica, ele está proibido de receber visitas de trabalho no hospital até ficar completamente recuperado.