MP pede suspensão da taxa de esgoto nas contas de água, em Goiânia

A ETE que atende mais de 75% dos consumidores que têm esgoto tratado, não segue os mínimos parâmetros de eficiência e a Saneago continua cobrando por um serviço ineficiente

O Ministério Público de Goiânia exigiu, em ação civil pública proposta ontem (12) contra a Saneago,  a suspensão imediata da tarifa de tratamento de esgoto imposta aos consumidores atendidos pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Dr. Hélio Seixo de Brito.

A proposta feita pelas promotoras de Justiça Maria Cristina de Miranda e Marísia Sobral Massieux, requere a suspensão da cobrança em caráter de urgência até que se passe a cumprir os parâmetros exigidos em lei. Segundo a ação, a ETE que atende mais de 75% dos consumidores que têm esgoto tratado, não segue os mínimos parâmetros de eficiência, resultando em um esgoto sem o tratamento adequado.

Os danos causados por esse descuido são financeiros e ambientais. Uma vez que “unidade não apresenta eficiência suficiente e que o efluente lançado no Rio Meia Ponte incrementa os níveis de poluição deste e eleva os riscos à saúde humana”, conforme explica a perícia ambiental feita pelo Polícia Técnico-Científica de Goiás com laudo referente à ETE, em Goiânia.

Segundo o MP, apesar de a Saneago haver firmado um termo de ajuste com o órgão na seara ambiental em 2008, para que fosse providenciada a instalação e implementação do tratamento secundário do esgoto, de forma a atender aos parâmetros e condições exigidas em lei, a empresa pública não cumpriu as obrigações definidas no acordo. Ou seja, a Saneago continua cobrando do consumidor por um serviço ineficiente.

Outra reivindicação do MP é que sejam inseridas informações claras e precisas nas contas de água, informando o grau de eficiência no tratamento de esgoto. É pedida ainda a fixação, em caso de descumprimento, da imposição de multa diária à Saneago no valor de R$ 5 mil, sem prejuízo da responsabilização criminal por crime de desobediência.

No mérito da ação é pedida a condenação da Saneago ao pagamento de indenização a título de danos morais coletivos, com destinação dos recursos ao Fundo Municipal do Consumidor. Por fim, é requerida a condenação da empresa pública a devolver em dobro (repetição de indébito) todos os valores arrecadados pelas tarifas de esgotamento sanitário dos últimos cinco anos, desde junho de 2013, até o cumprimento da tutela de urgência pedida. (Com informações de Ministério Público. Para ler a denúncia na íntegra clique aqui.)

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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