Tragédia em São José: mulher amorosa é assassinada a facadas pelo marido

Mãe amorosa, trabalhadora e dedicada: saiba quem era a mulher que foi assassinada a facadas em São José

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi identificada como Lucilene Cícera dos Passos Silva. O companheiro dela, Fábio José da Silva, é apontado no boletim como suspeito de ter cometido o crime e é procurado pela Polícia Civil.

Lucilene Cícera dos Passos Silva, de 38 anos, foi assassinada a facadas em São José dos Campos. — Foto: Reprodução/TV Vanguarda

Uma pessoa alegre, amorosa, trabalhadora e que vivia pelos filhos. É assim que familiares e amigos definem Lucilene Cícera dos Passos Silva, de 38 anos, que foi assassinada a facadas em São José dos Campos nesta sexta-feira (6).

A mulher foi morta dentro da própria casa. O caso foi registrado como feminicídio e o marido de Lucilene, com quem ela era casada há 20 anos, é o principal suspeito de ter cometido o crime e está foragido – leia mais abaixo.

Lucilene morava na Zona Leste de São José e trabalhava como operadora de telemarketing. Ela deixa dois filhos pequenos, um menino de quatro anos e uma menina de 13 anos.

Em entrevista para a TV Vanguarda, Lineide Passos, irmã da vítima, falou sobre o choque de descobrir o crime. Ela destacou o quão trabalhadora e boa mãe a irmã era e cobrou que seja feita justiça.

> “Ela era uma super mãe, uma pessoa cuidadosa com os filhos, com a casa, tudo que ela fazia, ela era dedicada. Ela era amorosa, uma pessoa muito alegre, onde chegava esparramava alegria”, recordou emocionada.

> “Está sendo difícil tudo isso, pra gente é um choque. Eu espero justiça, de verdade, porque toda hora morre uma mulher pelo mesmo motivo, os casos só aumentam. Não pode passar impune”, lamentou.

Lucilene Cícera dos Passos Silva, de 38 anos, foi assassinada a facadas em São José dos Campos. — Foto: Reprodução/TV Vanguarda

A idosa Carmem Viana Silva, que era vizinha e amiga da vítima, também lamentou o crime brutal. Ela destacou as qualidades da amiga.

“Ela era maravilhosa. Como mãe, muito boa mãe, maravilhosa mãe. Como vizinha, não tenho nada a dizer dela, porque ela era maravilhosa, a gente se dava muito bem”, lamentou.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que faz buscas pelo marido da vítima. Ele está foragido e deve responder por feminicídio.

Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.

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Operação Latus Actio: Policiais denunciados por corrupção atuavam em esquema com MCs em SP

O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou dois policiais civis do 6º DP de Santo André por corrupção passiva. De acordo com a denúncia, Rodrigo Barros de Camargo e Adriano Fernandes Bezerra teriam solicitado propina a Henrique Alexandre Barros Viana, conhecido como “Rato”, para arquivar investigações contra os artistas MC Paiva, MC GHdo7 e MC Brisola. A ação faz parte da operação Latus Actio, que visa combater crimes contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro relacionados a empresas do ramo de entretenimento em São Paulo.

Na primeira fase da operação, em março, a Polícia Federal apreendeu telefones celulares que continham evidências de possíveis crimes. Em uma troca de mensagens, Rodrigo de Camargo marcou um encontro com Rato, proprietário da produtora Love Funk. Após o encontro na sede da produtora, em São Paulo, Rodrigo enviou um relatório de investigação ao Rato, referente à promoção de rifas ilegais nas redes sociais pelo MC Paiva, agenciado pela Love Funk.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público pede a manutenção da prisão preventiva de Rodrigo de Camargo, além do afastamento de Adriano Fernandes Bezerra de suas funções. Os promotores concluíram que a investigação demonstra a prática de crimes e denunciaram os policiais por corrupção passiva, crime que prevê pena de dois a 12 anos de prisão.

Além dos policiais, os MCs Paiva, GHdo7 e Brisola também são alvos da denúncia. Os promotores solicitaram que a investigação seja remetida ao juizado especial criminal, devido aos indícios de práticas habituais de contravenção penal por exploração de jogos de azar nas redes sociais dos artistas.

Após a denúncia do MP, a defesa de Rodrigo Barros de Camargo solicitou à Justiça a revogação de sua prisão, alegando que não foram apresentadas provas que justifiquem a medida. Já os artistas envolvidos no caso, MC Paiva, Brisola e GHdo7, não se manifestaram até o momento.

A Polícia Federal e o Ministério Público continuam investigando o suposto esquema de pagamento de propina a policiais e a participação dos MCs nas atividades ilegais. As conversas entre os policiais e os artistas foram descobertas durante a Operação Latus Actio, que resultou na segunda fase das investigações em dezembro. A justiça autorizou buscas em diversas cidades, incluindo São Paulo, Mogi das Cruzes e São José dos Campos.

Durante o cumprimento do mandado de busca na residência de MC Paiva, o artista teria tentado destruir seus telefones celulares ao jogá-los no chão. Os policiais apreenderam os aparelhos, juntamente com uma Lamborghini, uma Range Rover e diversos itens de luxo. A investigação continua em andamento e novas informações podem surgir à medida que o caso avança.

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