Deputado propõe mudança nos critérios para Medalha do Mérito Farroupilha

Deputado vai propor alteração em critérios para conceder medalha do Mérito Farroupilha na Assembleia

Segundo Rodrigo Lorenzoni (PL), ideia é submeter concessão das homenagens ao plenário, com decisão de todos os deputados e não apenas da Mesa Diretora. Proposta segue repercussão da concessão da medalha a líder do MST.

Plenário da Assembleia Legislativa do RS, em Porto Alegre — Foto: Marcelo Oliveira/Agência ALRS

Na repercussão da polêmica envolvendo a concessão da medalha do Mérito Farroupilha ao líder do MST, João Pedro Stédile, o que gerou uma enxurrada de críticas, o deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) vai protocolar na segunda-feira (9) um projeto de resolução que delega ao plenário da Assembleia Legislativa a decisão de autorizar novas homenagens.

Pelas normas atuais, um deputado propõe e basta a Mesa Diretora autorizar, para que a medalha seja concedida. Volta e meia, o assunto gera debates. Já receberam a medalha Eduardo Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Jean Willys, por exemplo. O que fizeram pelo Rio Grande? A resolução de 2009 prevê a concessão a cidadãos brasileiros ou estrangeiros que “por motivos relevantes” tenham se tornado merecedores da homenagem.

Para isso, segundo a resolução, é preciso anexar ao pedido “um resumo dos serviços prestados ao Rio Grande do Sul”. No caso de Stédile, o autor da proposta, deputado Adão Preto Filho (PT), argumenta que o líder do MST atuou na organização de trabalhadores rurais, sindicatos e participou da fundação do movimento, além de citar livros dos quais é autor ou co-autor, títulos e outras homenagens recebidas pelo economista.

Como sempre costumo fazer quando preparo reportagens que podem implicar em algum tipo de questionamento jurídico, recorro a especialistas em busca de uma opinião. A professora de direito administrativo da Ulbra, Michelle Martins, diz que a homenagem “encontra respaldo nos critérios de relevância social e alinhamento com objetivos públicos”. Outro especialista, o advogado José Luiz Blaszak, diz que esse tipo de tema deveria ser submetido ao plenário, para que todos os deputados possam opinar e votar, não devendo ficar restrito à Mesa Diretora.

É nessa linha que vai seguir o deputado Rodrigo Lorenzoni, ao propor as alterações nos critérios.

“Isso aconteceu na semana em que o MST, de forma criminosa, voltou a invadir propriedades no Rio Grande do Sul. É por isso que vou entrar com Requerimento. A Assembleia é a casa do povo. E ela tem que expressar a vontade do povo”, afirma Lorenzoni.

Diante disso, fica a pergunta: o povo do Rio Grande, em sua maioria, aprovaria a concessão de uma medalha que leva o nome de “Farroupilha” a Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Jean Willys e João Pedro Stédile, só para citar os exemplos deste post?

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF apreende 1 tonelada de cocaína em navio em SC: 5 presos em flagrante

PF apreende 1 tonelada de cocaína após 2 dias de buscas em navio atracado em porto de SC

Cinco foram presos em flagrante. Embarcação tinha bandeira da Libéria e seguiria com a droga para o Marrocos, informou a polícia. Ação ocorreu em Itapoá.

Uma tonelada de cocaína foi apreendida em Itapoá (SC) — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal apreendeu pouco mais de uma tonelada de cocaína em um navio atracado no terminal portuário de Itapoá (SC), litoral de Santa Catarina, na madrugada desta quinta-feira (12). O navio, de bandeira da Libéria, tinha Marrocos como destino. Cinco pessoas, das Filipinas e de Montenegro, foram presas em flagrante.

A embarcação foi carregada com a droga no porto, conforme a Polícia Federal, que fez buscas durante dois dias para localizar os ilícitos, devido ao tamanho do navio.

A apreensão ocorreu, segundo a investigação, após uma movimentação suspeita ser identificada em outra embarcação, que transferia volumes para o interior do navio.

Imagens do terminal portuário, que capturaram parte dessa movimentação, confirmaram que o carregamento ocorria ilegalmente, o que levou a uma fiscalização minuciosa a bordo do navio.

Os estrangeiros detidos foram conduzidos à Delegacia de Joinville, no Norte catarinense, onde foram autuados pelo crime de tráfico de drogas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp