Tropas de Assad recuam em meio a avanço rebelde na Síria

Tropas de Assad abandonam pontos estratégicos diante de avanço rebelde

Rebeldes buscam destituir o governo de Bashar al-Assad, que comanda o país há 24 anos, e se aproximam da capital Damasco

As tropas do ditador da Síria DE, Bashar al-Assad, têm recuado e deixado pontos estratégicos do conflito que atinge o país. Enquanto isso, membros de grupos rebeldes avançam e conseguem conquistar áreas ao redor da capital, Damasco.

A infantaria ligada ao governo de Assad, que comanda o país há ao menos 24 anos, tem abandonado Homs, cidade estratégica para a manutenção do regime, conforme informações da Deutsche Welle, parceira do DE.

Na quinta-feira (5/12), os rebeldes conseguiram o controle da cidade de Hama, após intensos confrontos. Com isso, na sexta (6/12) já se aproximava de Homs, onde vive uma minoria alauita, grupo étnico-religioso do qual Assad faz parte.

A Síria está dividida desde 2018, por causa da guerra civil. Há áreas sob controle de Assad, enquanto outros pontos são comandados por forças curdas e insurgentes islâmicos.

O governo de Bashar al-Assad tem o apoio da Rússia, do Irã e do grupo Hezbollah. Porém, é cada vez menor o apoio dos aliados ao ditador sírio devido a outros conflitos espalhados pelo mundo, como no Leste Europeu e no Líbano.

Em Damasco, manifestantes foram às ruas do subúrbio da capital e destruíram imagens do ditador e a estátua do pai dele, o ex-presidente Hafez al-Assad, sem que houvesse repressão das forças de segurança de Assad.

Com o avanço pelo país, os rebeldes informaram que não irão atacar escritórios da Organização das Nações Unidas (ONU) e as organizações internacionais na Síria.

“Afirmamos que todas as instituições governamentais, organizações internacionais e escritórios da ONU que operam no nosso território são instituições a serviço do povo e temos o dever de protegê-los e preservá-los”, indicou um grupo rebelde ligado a coligação islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

PEDIDO DA ONU

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o fim dos conflitos armados na Síria e reforçou a necessidade de proteger os civis da região.

“Estamos vendo os frutos amargos de um fracasso coletivo crônico de acordos de desescalada anteriores para produzir um cessar-fogo nacional genuíno ou um processo político sério para implementar as resoluções do Conselho de Segurança”, disse Guterres.

Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, 90% da população da Síria vive abaixo da linha de pobreza. Ainda de acordo com o órgão, mais de 15 milhões de indivíduos precisam de ajuda humanitária.

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Eleições 2026: Haddad favorito à sucessão de Lula; Michelle lidera para substituir Bolsonaro

Quaest: Haddad é o favorito à sucessão de Lula; Michelle, de Bolsonaro

Uma pesquisa realizada pela Quaest questionou os eleitores sobre os possíveis nomes que poderiam substituir Lula e Bolsonaro, caso esses líderes não concorram à presidência em 2026. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (12/12), aponta que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é o favorito para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso o chefe do Executivo opte por não concorrer à reeleição em 2026.

Sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é apontada como o nome mais forte para disputar a presidência contra Lula. A pesquisa também questionou quem deveria ser o candidato do governo, caso Lula não concorra ao pleito de 2026. Para 27% dos entrevistados, Haddad é o nome mais indicado, seguido por Ciro Gomes (17%) e Geraldo Alckmin (14%).

Outros possíveis candidatos, como o governador do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o ministro Rui Costa (PT) e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), obtiveram menos de 5% da preferência dos entrevistados. Por fim, 33% dos participantes da pesquisa não souberam ou não responderam.

Na oposição, Michelle Bolsonaro foi apontada por 21% dos entrevistados como o nome mais forte para enfrentar Lula em um cenário sem a presença de Bolsonaro. Em seguida, aparecem Pablo Marçal (18%), Tarcísio de Freitas (17%) e Simone Tebet (10%), atual ministra do Planejamento e Orçamento de Lula. Governadores como Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) foram mencionados com menos de 10% de preferência. Outros 21% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

A pesquisa, que ouviu 9.598 brasileiros entre os dias 4 e 9 de dezembro, possui uma margem de erro de um ponto percentual e um nível de confiança de 95%. Para mais informações e dados sobre o levantamento, consulte a pesquisa completa realizada pela Quaest.

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