Ressarcimento de R$17,2 milhões em recebimentos indevidos do Bolsa Família: transparência e fiscalização essenciais para o programa

O Governo está cobrando o valor de R$ 17,2 milhões referente a recebimentos indevidos de cadastrados no Bolsa Família em todo o Brasil. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) tem buscado ressarcir esses recursos desde 2006, incluindo o período de implementação do Auxílio Brasil. Esses dados foram obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI) e revelam a necessidade de recuperar esses valores.

No Distrito Federal, mais de 177,1 mil famílias são beneficiadas pelo Bolsa Família, representando um investimento federal que ultrapassa os R$ 120,1 milhões na economia local. Em média, o benefício recebido pelas famílias brasilienses é de R$ 679,73. Além disso, o programa assistiu diversas famílias em situações de vulnerabilidade, como pessoas em situação de rua, catadores de material reciclável, quilombolas e indígenas.

Atualmente, o Bolsa Família atende mensalmente cerca de 20 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros. O custo desse programa gira em torno de R$ 14 bilhões, sendo que São Paulo é o estado com o maior número de beneficiados, seguido pela Bahia. O ressarcimento por recebimentos indevidos é um processo importante para garantir a transparência e o correto funcionamento do programa.

A Lei nº 14.601/2023 estabelece que os responsáveis que prestarem informações falsas no CadÚnico para participar do Bolsa Família devem ressarcir os valores recebidos indevidamente. Essa dívida é atualizada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os valores não pagos serão inscritos na dívida ativa da União. Além disso, fraudes envolvendo agentes públicos serão investigadas pelas autoridades competentes.

No que diz respeito ao cumprimento das condições do programa, é fundamental que as famílias mantenham suas informações cadastrais atualizadas e cumpram as condicionalidades estabelecidas, como frequência escolar para crianças e acompanhamento pré-natal para gestantes. O não cumprimento dessas condições pode resultar em advertências, bloqueios temporários ou suspensões do benefício.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a revisão dos programas sociais, incluindo o Bolsa Família, para garantir que os beneficiários corretos sejam atendidos e evitar fraudes nos cadastros. O término de programas que extrapolam o orçamento, como o Benefício de Prestação Continuada, faz parte das medidas de contenção de gastos públicos. A revisão dos benefícios sociais pode resultar em economia significativa para o governo.

Em resumo, o Bolsa Família é um programa social essencial para milhões de famílias no Brasil, mas é fundamental garantir a correta destinação dos recursos e o cumprimento das condições estabelecidas. A transparência, a fiscalização e o combate às fraudes são medidas necessárias para manter a eficácia e a sustentabilidade desse importante programa de assistência social.

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Taxa de Turismo em Alto Paraíso e Caldas Novas: Veja Valores e Regras para 2025

Feriado na Chapada? Veja quanto você paga para entrar em Alto Paraíso

Além de Caldas Novas, Alto Paraíso (GO) também aderiu à taxa de preservação, mas
a medida ainda não é clara nem para turistas nem para locais. Para os brasilienses que já estão planejando o feriado de Carnaval de 2025, é importante ficar de olho em alguns dos destinos favoritos dos moradores da capital federal que começaram a cobrar taxas aos turistas. Além de Caldas Novas, DE Goiás é outro dos municípios goianos que aderiu à prática.

Desde março deste ano, DE cobra R$ 20 por pessoa a cada sete dias de permanência na cidade. A taxa deve ser paga on-line no site da prefeitura ou por um QR Code. Segundo guias locais entrevistados pelo DE, a orientação é informar aos turistas sobre a taxa assim que eles se hospedam no município.

Segundo o site da prefeitura, quem se recusar a pagar a taxa terá o débito inscrito em dívida ativa, podendo ser cobrado por meio de protesto e execução fiscal. Uma vez realizado o pagamento, um QR code será gerado, e este código deve ser apresentado nas entradas de atrações turísticas de DE e da Vila de São Jorge.

Em caso de impossibilidade de verificação pelo sistema, devido à queda de energia ou falta de sinal de internet, os atrativos turísticos deverão realizar o controle de entrada e saída dos turistas manualmente, registrando os nomes dos turistas, identificação por CPF e CEP. Caso o pagamento não tenha sido efetuado, a cobrança é lançada posteriormente.

A reportagem apurou, no entanto, que devido à falta de medidas de fiscalização, o pagamento da taxa ainda é encarado como opcional, sem previsão para início da obrigatoriedade da medida. O DE perguntou à prefeitura no dia 28 de novembro último quantas pessoas já pagaram, o valor arrecadado e o que tem sido feito com esse recurso. Porém, até a data desta publicação, nenhuma resposta havia sido emitida.

A implementação de uma taxa de preservação ambiental, cobrada aos turistas que visitam o município, também foi adotada pela prefeitura de Caldas Novas (GO), que nessa segunda-feira (23/12) divulgou as regras oficiais da cobrança no município. A taxa — que varia entre R$ 5 e R$ 183 — será cobrada uma única vez durante o período de permanência de novos veículos que entrem no perímetro urbano do município. Porém, caso haja uma nova saída e entrada após o período de 24h do lançamento da taxa, uma nova cobrança será realizada ao responsável legal pelo veículo.

Os recursos arrecadados com a taxa de preservação ambiental, implementada para a manutenção dos recursos naturais de Caldas Novas, serão destinados à conservação de áreas turísticas, preservação do meio ambiente e melhorias na infraestrutura urbana. A medida ainda detalha que um quarto (25%) do valor arrecadado pela taxa será repassado ao Fundo de Desenvolvimento Econômico e Turístico de Caldas Novas (Fundetur), para ações voltadas ao setor turístico e hoteleiro da cidade. A cobrança efetiva da taxa em Caldas Novas também não tem data confirmada para ocorrer, uma vez que aguarda a regulamentação completa da lei, prevista para ocorrer nos próximos meses.

Confira a seguir o valor da “taxa de turismo” aplicada a cada tipo de veículo que entrar nos limites de Caldas Novas:
– Motocicletas — R$ 5;
– Veículos de pequeno porte (carros de passeio) – R$ 36,50;
– Veículos utilitários (caminhonetes e furgões) – R$ 54,50;
– Veículos de excursão (vans, micro-ônibus e motorhomes) – R$ 73;
– Caminhões – R$ 109,50; e
– Ônibus – R$ 183.

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