Dia da Família: história de diversidade, respeito e amor entre ex-cônjuges, novos pais e três filhos em Brasília. Celebrado neste domingo.

Dia da Família: conheça história de diversidade, respeito e amor entre ex-cônjuges, novos pais e três filhos

Data é celebrada neste domingo (8). Família do DF tem pais e mães homoafetivos e filhos biológicos e adotados.

1 de 3 Fabiana e Juliana Marra com os filhos Arthur, Valentina e Miguel — Foto: Arquivo pessoal

Fabiana e Juliana Marra com os filhos Arthur, Valentina e Miguel — Foto: Arquivo pessoal

O Dia da Família é comemorado neste domingo (8). A data foi foi instituída pelo Decreto nº 52.748, de 24 de outubro de 1963, para homenagear e lembrar a importância da instituição familiar.

Segundo o dicionário Michaelis, família é um “conjunto de pessoas, em geral ligadas por laços de parentesco, que vivem sob o mesmo teto, ou pessoas do mesmo sangue ou não, ligadas entre si por casamento, filiação, ou mesmo adoção”.

Mas, como a sociedade, a família também passa por transformações que acompanham as mudanças religiosas, econômicas e socioculturais. Sendo assim, há diferentes tipos de família.

A família da advogada Fabi Arantes Marra chama atenção pela diversidade. Ela mesma diz que é “uma família que se transformou em duas”.

> “Fui casada com o pai dos meus filhos por 13 anos. Tivemos a Valentina, que hoje tem 18 anos. Depois adotamos o Miguel, que tem síndrome de Down e está com 16 anos, e o Arthur, que tem 14 anos. Em 2019, nós nos separamos, e cada um seguiu o seu caminho”, conta Fabi.

Depois do divórcio, o ex-marido de Fabi se casou com outro homem. Alguns anos depois, Fabi conheceu a Juliana, as duas se apaixonaram, se casaram e começaram uma nova vida juntas.

> “Eu defino família como a união de pessoas que, pelo amor, se comprometem a se cuidarem, independente do vínculo sanguíneo. Meus filhos estão crescendo e vendo que é possível ter esse respeito. Não somos uma família tradicional brasileira. Somos uma família homoafetiva. Meus filhos acabaram acompanhando essa minha mudança de sexualidade. Eu explico pra eles que eu continuo a mesma pessoa, estou vivendo minha vida, e nada disso exclui eles. E eles têm aprendido a enxergar o mundo por essa nova perspectiva, respeitando as diferenças”, diz Fabi.

‘FAMÍLIA UNICÓRNIO’

2 de 3 Juliana e Fabi Marra no dia do casamento — Foto: Arquivo pessoal

Juliana e Fabi Marra no dia do casamento — Foto: Arquivo pessoal

“Meu ex-marido se mudou para Belo Horizonte. O nosso filho Miguel foi morar com ele, por ser down e precisar de mais cuidados, acabamos dividindo assim. Eu fiquei com a Valentina e o Arthur. Mas nas férias, os irmãos ficam juntos seja passando uns dias na casa do pai, ou uns dias comigo”, explica.

A família da Fabi se tornou uma família reconstituída, que é quando pelo menos um dos cônjuges possui um filho de um relacionamento anterior. E, nesse contexto, a advogada conta que a sua esposa Juliana abraçou a maternidade dos filhos junto com ela.

> “Eu nem digo que ela é madrasta. Ela é mãe. Quando a pessoa entra na nossa vida, e participa de verdade, é como se ela tivesse adotado seus filhos também. E foi isso que a Ju fez. Ela assumiu esse papel de mãe também, de buscar na escola, de cuidar deles, participar das atividades e tudo”, conta.

Segundo Fabi, os filhos também receberam Juliana como mãe. “O Arthur pediu para chamar a minha esposa de mãe. E como somos duas mães, ela ficou como a mãe Ju”.

3 de 3 Juliana Marra com os filhos de Fabi, Miguel, Arthur e Valentina – que agora são filhos dela também — Foto: Arquivo pessoal

Juliana Marra com os filhos de Fabi, Miguel, Arthur e Valentina – que agora são filhos dela também — Foto: Arquivo pessoal

Para estarem sempre alinhados com relação a vida dos filhos, Fabi e o ex-marido têm um grupo de mensagens chamado “Família Unicórnio”, onde os quatro pais se comunicam.

> “Nós quatro sempre conversamos sobre tudo o que está acontecendo com nossos filhos. Os pais lá em Belo Horizonte e as mães aqui, mas todos juntos, com respeito e harmonia, nessa missão familiar”.

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PL e Republicanos lideram novas filiações em SP. Quem perdeu espaço? Confira!

Em DE, PL e Republicanos lideram novas filiações. Veja quem perdeu

Partidos de Bolsonaro e Tarcísio, PL e Republicanos são os que mais ganharam
filiações entre as eleições de 2022 e de 2024

São Paulo – Entre as eleições de 2022 e 2024, PL e Republicanos, dois dos partidos mais à direita
no espectro político, lideraram a quantidade de novas filiações no estado de São
Paulo. Em contrapartida, partidos
mais ao centro reduziram de tamanho no mesmo período.

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL foi quem mais cresceu quantitativamente no intervalo entre as eleições, com 18,4 mil novos filiados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de novembro deste ano.

O crescimento do PL também ocorreu nas urnas, com o partido elegendo 104
prefeitos em todo o estado, sendo a 2ª sigla de maior comando nas cidades paulistas.

Na sequência, aparece o Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, com 96,5 mil filiados em
2024 – 14,2 mil a mais do que há dois anos. O partido elegeu 82 prefeitos e é o
3º que mais venceu disputas de prefeituras em São Paulo.

O terceiro partido que mais ganhou filiados em dois anos é o PSD de Gilberto
Kassab, secretário de Governo da gestão Tarcísio. Com 63 mil filiados, 12,2 mil em dois anos,
proporcionalmente o PSD cresceu mais do que PL e Republicanos. Além disso, o
partido é o que mais elegeu prefeitos pelo interior e a partir de 2025 comandará 205 prefeituras.

Segundo maior partido do estado, o PT, com 370 mil filiados, teve um crescimento tímido de apenas 229 novos membros e
manterá o comando de apenas 4 prefeituras no próximo ano.

Parte do crescimento do PSD, que em 2020 conseguiu eleger 66 prefeitos, se deve
à absorção do espólio do PSDB, líder na redução de filiados no intervalo observado. Em dois anos, o partido
perdeu 16,4 mil quadros e hoje tem 273 mil membros em São Paulo, seu berço político.

A desidratação do PSDB teve início em 2022, quando o partido perdeu o comando do
estado que governou por 28 anos seguidos. Ao fim daquele ano, a sigla contava
com 238 prefeitos, muitos deles filiados no mesmo ano para endossar a reeleição
de Rodrigo Garcia ao governo. Já em 2024, em meio a uma série de disputas internas, os tucanos
elegeram apenas 21 prefeitos.

Partido com a maior quantidade de filiados no estado, o MDB, do prefeito paulistano Ricardo Nunes, foi o segundo que mais perdeu
membros. Hoje com 409 mil filiações, a sigla perdeu 13,4 mil quadros em dois
anos. Apesar disso, conseguiu eleger 67 prefeitos, 9 a mais do que em 2020.

O DE não levou em consideração o crescimento de partidos que absorveram
outros, como é o caso do Podemos, que incorporou o PSC em 2023.

Confira abaixo os desempenhos dos partidos em quantidade de filiações em São
Paulo desde 2022:

– MDB: 409 mil filiados (reduziu 3%)
– PT: 370 mil filiados (cresceu 0,06%)
– PRD: 347 mil filiados (criado em 2023, oriundo da fusão do PTB com o
Patriota)
– PSDB: 273,9 mil filiados (reduziu 5%)
– PP: 181,9 mil filiados (reduziu 0,2%)
– PL: 159 mil filiados (cresceu 13%)
– União: 138 mil filiados (cresceu 1,2%)
– PDT: 133 mil filiados (reduziu 3%)
– Podemos: 128 mil filiados (incorporou PSC em 2023)
– PSB: 115 mil filiados (cresceu 2%)
– Republicanos: 96,5 mil filiados (cresceu 17%)
– PSD: 63 mil filiados (cresceu 24%)
– PSol: 54,5 mil filiados (cresceu 23%)
– Novo: 13,9 mil filiados (cresceu 49%)

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