Rio Claro registra mais dois assassinatos em meio a onda de crimes e disputa entre facções criminosas: saiba mais

Rio Claro tem mais dois assassinatos em meio a onda de crimes

Vítimas receberam 15 e 10 tiros e motivação ainda é investigada; Rio Claro vive
alta de crimes

Dois homens foram assassinados e uma mulher baleada na noite de sábado (7/12),
em Rio Claro, no interior de São Paulo.

As vítimas foram identificadas como Arthur Garcia, de 32 anos, e Marco Aurelio
da Cruz, de 34. Ambos estavam em uma área rural da cidade – no local também
havia cartuchos de armas de diversos calibres.

Segundo a polícia, uma das vítimas foi encontrada baleada no banco do motorista
de um Fiat Uno, com 15 tiros. O corpo da outra vítima, alvejado por 10 disparos,
estava na rua.

Uma passageira do veículo, de 30 anos, foi ferida no braço e levada ao
pronto-socorro.

ONDA DE CRIMES EM RIO CLARO

A Polícia Civil investiga os autores e a motivação do crime na noite de sábado
na cidade do interior, que vem vivendo uma onda de violência devido a uma guerra
do crime organizado.

A disputa pela hegemonia criminosa em Rio Claro, que opõe o Primeiro Comando da
Capital (PCC) a uma violenta quadrilha local, conhecida como Bando do Magrelo,
já deixou rastro numeroso de mortes na região.

Criminosos de quadrilha do interior posam com pistolas
Willian Ribeiro de Lima Diez, o “Feio”, apontado como braço direito de Magrelo
Criminoso segura fuzil em sala de casa
Anderson Ricardo de Menezes, o “Magrelo”, apontado como líder da quadrilha que
se opõe ao PCC no interior de SP
Fechar modal.

Segundo a polícia, o grupo liderado por Anderson Ricardo de Menezes — o Magrelo
— é conhecido pela truculência, com ataques à luz do dia e uso de armamento
pesado.

Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que o Bando do
Magrelo é responsável pelo assassinato de pelo menos 30 integrantes do PCC.

A rivalidade é motivada pela disputa da rota do narcotráfico na região de DE
Claro, que movimenta milhões de reais todos os meses — o MPSP identificou que a
quadrilha comercializa drogas em, ao menos, oito cidades.

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Ponte da Morte: Empresa sancionada recebeu milhões do governo

O governo federal destinou milhões à ponte que desabou e causou a morte de oito pessoas. A empresa encarregada da manutenção da “ponte da morte” recebeu vultosos repasses do governo federal e, atualmente, está proibida de firmar contratos. A empresa Matera Engenharia, contratada por R$ 3,6 milhões para manter a ponte, foi alvo de sanção pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ligado ao Ministério dos Transportes, devido a irregularidades em contratos para conservar a rodovia federal onde ocorreu a tragédia.

Atualmente, a empresa Matera Engenharia, com sede no Rio Grande do Norte, está impedida de celebrar contratos com a União até 27/01/2025, abrangendo todos os poderes ligados ao órgão sancionador. A penalidade foi imposta dias antes do desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins, que resultou na queda de diversos veículos. O fundamento legal para a sanção é o artigo 7 da “Lei do Pregão”, que estabelece que quem não cumprir com as obrigações contratuais ficará impedido de contratar com órgãos públicos.

Representantes do Ministério dos Transportes afirmam que a Matera Engenharia teve um contrato específico para a manutenção da ponte em questão, que incluiu serviços como limpeza, substituição de juntas de dilatação, entre outros. O contrato foi firmado no âmbito do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte), responsável por gerenciar serviços de manutenção em grandes obras como pontes, viadutos e túneis em áreas federais.

A empresa Matera Engenharia já recebeu R$ 276 milhões em contratos com o governo federal, sendo R$ 140 milhões já pagos. Além disso, obteve R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares, parte proveniente do orçamento secreto. O restante veio de emendas de comissão e de bancada. A polêmica em torno dessas emendas está sob investigação do STF e da PF, com bloqueio de recursos determinado pelo ministro Flávio Dino. O acidente na ponte entre TO e MA resultou em oito mortes e nove desaparecidos.

O Corpo de Bombeiros do Tocantins confirmou as oito mortes decorrentes do desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck, que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). As vítimas foram encontradas a 35 metros de profundidade no Rio Tocantins, juntamente com veículos submersos. Após o acidente, foram anunciados investimentos de R$ 100 a R$ 150 milhões para reconstruir a estrutura, com previsão de conclusão em 2025. O episódio colocou em evidência a importância da fiscalização e transparência nos contratos firmados com empresas para a manutenção de infraestruturas essenciais.

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