Fernando Diniz lamenta demissão do Cruzeiro durante coletiva de imprensa

Diniz fica revoltado ao saber de demissão durante coletiva de imprensa

O treinador Fernando Diniz comentou sobre a notícia de sua demissão do comando técnico do Cruzeiro após o jogo contra o Juventude, pela última rodada do Brasileirão. A informação de que ele não continuaria no clube para a próxima temporada já circulava nos bastidores da equipe desde a derrota para o Palmeiras, no dia 4 de dezembro.

Em uma declaração sincera e emocionada, Diniz expressou seu descontentamento com a forma como foi informado sobre sua demissão: “Me sinto extremamente desrespeitado, porque estou sabendo pela imprensa. O Alexandre me chamou, falou que tudo poderia acontecer, mas de forma muito vaga. Estou sabendo desde quinta, sabem mais do que vai acontecer comigo do que eu mesmo. Um desrespeito muito grande, muito mesmo, porque eu tive inúmeras propostas e vim para o Cruzeiro. Não teve clareza nas coisas”.

O técnico tinha contrato com o Cruzeiro até o final de 2025 e esteve à frente da equipe em 15 partidas, com seis empates, seis derrotas e apenas três vitórias. Com um aproveitamento de apenas 33,3%, Diniz deixa o comando do clube devido ao desempenho aquém do esperado. A classificação para a Libertadores era uma das metas principais da equipe para a temporada, porém não foi alcançada.

Entre os desafios enfrentados por Diniz durante sua passagem pelo Cruzeiro, destaca-se a falta de resultados expressivos, o que culminou em sua demissão. O treinador acumulou uma série de marcas negativas com o time, o que contribuiu para a decisão da diretoria em encerrar sua trajetória à frente da equipe.

A saída de Diniz do comando técnico do Cruzeiro representa mais uma mudança na gestão do futebol do clube, que busca se reestruturar e retomar o caminho das vitórias. Com a vaga na Libertadores não alcançada e um desempenho aquém do esperado, a equipe agora terá o desafio de buscar um novo treinador para liderar o time na próxima temporada.

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Morte brutal de professora no DF: 10 anos de impunidade – Suspeito pronunciado em 2023

Crânio rachado e corpo nu: 10 anos da morte brutal de professora no DF

Heber dos Santos Freitas Ribas, suspeito de matar Janaína Câmara em 2014, foi
pronunciado pelo crime apenas este ano

Após 10 anos do crime, o processo que trata da morte da professora Janaína Alves
Fernandes Tavares da Câmara avançou na Justiça. O suspeito de matar Janaína em dezembro 2014, Heber dos Santos Freitas Ribas, ex-companheiro dela, foi pronunciado em abril deste ano. A juíza da 1ª Vara Criminal do Novo Gama entendeu que ele deve ser julgado por um Tribunal do Júri. Porém, apesar da determinação, Heber segue em liberdade recorrendo a outras instâncias para ser absolvido da acusação.

Em setembro do ano passado, o DE mostrou que o processo do caso de Janaína estava travado na Justiça goiana.

O caso foi recebido pela Justiça em 2021. Apenas em julho de 2023 foi agendada uma Audiência de Instrução e Julgamento agosto do mesmo ano. A audiência chegou a ser realizada, mas sem a pronúncia.

Apenas em 10 de abril deste ano, a Justiça declarou Heber réu e o destinou ao júri popular. Entretanto, a defesa do acusado recorreu da decisão. O recurso chegou à 3ª Câmara Criminal, sob responsabilidade da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Em julho, ela negou o pedido. A defesa, então, recorreu novamente, levando o caso para a Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, sob responsabilidade do desembargador Amaral Wilson de Oliveira. Apenas em 28 de novembro, o desembargador proferiu decisão, também negando o recurso especial. Agora, Heber deve aguardar a intimação da decisão do desembargador.

SOBRE O CRIME

Segundo a denúncia do Ministério Público goiano (MPGO), a vítima teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria e o Novo Gama (GO), município no Entorno do DF.

Janaína foi encontrada sem vida em área de mato. Ela era professora.

Quando policiais militares encontraram Janaína, ela tinha o rosto desfigurado e o crânio rachado, com vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. Também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas. Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido estuprada antes ou após a morte.

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com Heber pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado dois meses antes do crime. As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Heber responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal. Janaína deixou três filhos: um menino com pouco mais de 1 anos, fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina, de 6. Atualmente, os órfãos estão com 11, 15 e 16 anos respectivamente.

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