Mais de 40 pessoas são procuradas pela Justiça há pelos menos dez anos na região de Sorocaba, indicam dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam que 53 mandados de prisão se encontram pendentes de cumprimento há pelo menos dez anos. Até o início de dezembro, quando o levantamento foi feito, 1.445 ordens continuavam abertas na região de Sorocaba (SP).
A região de Sorocaba (SP) tem 45 pessoas que são procuradas pela Justiça há pelo menos dez anos. Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disponibilizados pelo Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP) e analisados pelo DE, a maioria dos alvos de mandados de prisão está envolvida com roubo, homicídio ou estupro.
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Para chegar a esses números, o DE desenvolveu uma aplicação para automatizar a busca de cada processo emitido há dez anos ou mais pela comarca de Sorocaba no sistema do BNMP e cruzar com a base de dados disponibilizada pelo CNJ.
No Brasil, segundo o CNJ, 308.489 pessoas são procuradas e 22.251 estão foragidas da Justiça. Uma pessoa é considerada foragida quando tem conhecimento do mandado de prisão e decide fugir para evitar a prisão. Já um procurado não necessariamente está fugindo das autoridades.
Até o início de dezembro, quando o levantamento foi feito, 1.445 mandados de prisão continuavam abertos na região de Sorocaba, sendo dois de recaptura e quatro de internação.
Essas ordens judiciais foram expedidas contra alvos de processos criminais que correm em cidades da comarca de Sorocaba. De acordo com o CNJ, 53 mandados de prisão se encontram pendentes de cumprimento há pelo menos dez anos.
O número de mandados e criminosos procurados é diferente pois alguns suspeitos têm mais de uma ordem de prisão, como é o caso de um homem que possui seis mandados pela prática de roubo e furto. Somadas, as penas dele chegam a 18 anos de prisão.
Outro alvo da Justiça é Wladimir Schiminden, que está foragido há 13 anos. Ele estava preso desde janeiro de 1999, após ser condenado a 66 anos de prisão por homicídio.
Para o consultor do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, o número de procurados há longos períodos pode ser explicado por alguns fatores: impunidade, subutilização de bancos de dados e falta de integração entre Justiça, forças policiais e órgãos públicos.