Jovem passa mal ao ver cadela morta em pet shop: Morte de Hasha desencadeia busca por justiça e responsabilidade

Jovem passou mal após ver cadela morta em pet shop e não conseguir salvá-la, diz mãe

Tutora denunciou que funcionários deixaram Hasha presa pelo pescoço em cima de bancada. Pet shop lamentou a morte do animal, disse que demitiu o funcionário que teria negligenciado a cadela e que custeou a cremação dela.

1 de 3 Cadela Hasha, que morreu enforcada em pet shop de Planaltina de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Angélica Alves Fernandes

A morte da cadela Hasha, que morreu enforcada em um pet shop [https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/12/08/cadela-morre-enforcada-em-pet-shop-denuncia-tutora.ghtml] de Planaltina de Goiás [https://g1.globo.com/go/goias/cidade/planaltina-de-goias/], no Entorno do Distrito Federal, abalou os tutores dela. Ao DE, a corretora de imóveis Angélica Fernandes contou que o filho dela, de 24 anos, foi quem encontrou a cadela morta no estabelecimento. Ao não conseguir salvar Hasha, o jovem chegou a passar mal e precisou ser levado a um hospital, de acordo com a mãe.

> “Pela porta de vidro ele a viu pendurada e correu desesperado, pegou ela no colo, ainda tentando fazer alguma coisa, mas ela já estava sem vida. Já a tinha defecado, estava com a linguinha para fora, com os olhos para fora”, narrou a corretora.

> “Ele correu para o Corpo de Bombeiros, lá fizeram os primeiros socorros e levaram ele para o hospital. Ele tomou uma dose bem alta de calmante. Deu uma crise muito forte, um apagão”, detalhou.

Hasha morreu no dia 3 de novembro, em um estabelecimento do Setor Leste. A corretora detalhou que a cadela tinha sido levada ao local para um banho de rotina [https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/12/08/cadela-morre-enforcada-em-pet-shop-denuncia-tutora.ghtml], mas que em determinado momento os funcionários saíram para almoçar e deixaram o animal preso pelo pescoço em uma coleira em cima de uma bancada. “Deixaram ela lá presa pelo pescoço, e aí com certeza ela escorregou, tentou pular”, deduziu a corretora. O filho da corretora, que encontrou Hasha morta, já está em casa.

O caso é investigado pela Polícia Civil. Nas redes sociais, a dona do pet shop lamentou o ocorrido, disse que o funcionário que teria negligenciado Hasha foi demitido e que o estabelecimento custeou o crematório do animal (leia o posicionamento completo ao final da reportagem). O nome do suposto funcionário não foi divulgado, então o DE não conseguiu localizá-lo para um posicionamento.

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CHOQUE E LUTO PELA MORTE DE HASHA

2 de 3 Cadela Hasha, que morreu enforcada em pet shop de Planaltina de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Angélica Alves Fernandes

Com a morte inesperada da cadela, a família sofre a dor da perda e descreve a falta que o animal faz.

“Aqui estamos sentindo muita, muita falta dela, do cheirinho dela, pelinhos dela pela casa, da alegria que ela nos trazia, tudo aqui está ruim sem ela”, desabafou.

Agora, a família quer justiça.

> “A dor que ela sentiu sozinha, sem direito a um socorro, não vai ficar impune”, declarou Angélica.

A corretora conta que a pequena Hasha, que não tinha raça definida, tinha 4 anos e foi adotada em 2020 pelo filho de 24 anos dela. Na época, a cadela tinha apenas quatro meses. Angélica descreveu que a cachorrinha era obediente, meiga e muito brincalhona. Para a corretora, que chamava Hasha de filha, a cadela fazia parte da família.

“Ela só ficava dentro de casa, ela não era bichinho de ficar de fora. Ela dormia no meu quarto, no quarto dos meus meninos, detalhou.

MORTE DA CADELA

3 de 3 Cadela Hasha, que morreu enforcada em pet shop e a caixa com as cinzas dela, em Planaltina de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Angélica Alves Fernandes

A pequena Hasha tomava banho no estabelecimento semanalmente desde 2022, segundo a tutora Angélica. A corretora de imóveis detalhou que marcou o horário no pet shop na segunda-feira (2) para que a cadela pudesse ir na terça (3). No dia marcado, levou Hasha ao local e a entregou nas mãos de um funcionário.

Angélica explicou que, por volta de 11h20 do mesmo dia, a proprietária do estabelecimento, que mora no andar de cima do local, mandou uma mensagem dizendo que a Hasha já havia tomado banho e que estava pronta. Segundo a corretora, a proprietária ainda disse que os funcionários sairiam para o almoço ao meio-dia, mas que Angélica poderia ir buscar a cadela que ela mesma entregaria o animal a ela.

“Como ela mora em cima, ela falou: pode chamar, me avisar que eu desço para entregar ela, mas fica tranquila que a Hasha não está agitada, ela está caladinha e tranquilinha lá. Nesse momento eu imaginei que a Hasha estivesse no cercadinho, no chão, e que ela [a proprietária] estivesse acompanhando lá de cima pelas câmeras”, descreveu Angélica.

A corretora detalhou que o filho mais velho dela foi quem se dirigiu até o local para buscar a cadela. No entanto, ao chegar ao pet shop, encontrou a cadela pendurada pelo pescoço.

Minutos depois, Angélica recebeu uma ligação da proprietária, que teria dito para que a corretora fosse até o local acalmar o filho dela.

“Aí eu já entrei em desespero, desliguei o telefone e comecei a chorar”, desabafou.

Ao chegar ao estabelecimento, Angélica disse que a proprietária afirmou que arcaria com os cuidados com o corpo do animal. Nesse momento o filho de Angélica já não estava mais no local. Segundo ela, ao passar mal, ele pediu ajuda ao Corpo de Bombeiros, que fica próximo ao estabelecimento, e foi levado ao hospital, onde tomou calmantes e ficou em observação.

Prima de corretora de imóveis questiona pet shop após morte de cadela

Angélica ainda detalhou que, horas depois, a prima dela foi até o
estabelecimento. Um vídeo gravado pela prima da corretora mostra quando a mulher
questiona o funcionário que estava responsável pela cadela (e que posteriormente
foi demitido do estabelecimento) sobre o ocorrido e sobre o estabelecimento ter
continuado funcionando após a morte do animal (assista acima).

> “Foi um acidente”, afirmou o funcionário.

> “Acidente? Vocês saíram para almoçar e deixaram um animal preso”, rebateu a
> prima da corretora.

> “Acontece”, respondeu o funcionário.

Sobre o estabelecimento ter continuado funcionando após a morte de Hasha, a
proprietária disse em nota publicada nas redes sociais que decidiu continuar com
o atendimento naquele dia porque outros animais estavam sob os cuidados deles
aguardando “tratamentos e atendimentos que não poderiam ser adiados sem
comprometer o bem-estar deles”.

POSICIONAMENTO DO PET SHOP NA ÍNTEGRA:

“Sou a proprietária e fundadora do pet shop e hoje venho a público com o coração
profundamente entristecido para falar sobre o lamentável ocorrido em nosso
estabelecimento. No dia de hoje, enfrentamos uma situação extremamente dolorosa:
a perda de um cachorro sob os nossos cuidados, causada por negligência de um
funcionário. Quero, antes de tudo, expressar minhas mais sinceras desculpas e
sentimentos aos tutores do animal. Entendo que nenhum gesto pode reparar essa
perda, mas gostaria de garantir que estamos fazendo todo o possível para lidar
com as consequências deste trágico episódio. Assim que tomei ciência do
ocorrido, medidas imediatas foram tomadas. O funcionário envolvido foi
advertido, nos próximos dias outras medidas serão tomadas, e estamos revisando
nossos protocolos de treinamento e supervisão para garantir que algo assim
jamais volte a acontecer.

Além disso, nosso compromisso foi honrar a dignidade do animal. Custeamos
integralmente o envio do corpo ao crematório, uma pequena atitude que, naquele
momento, era o mínimo que poderíamos fazer. Desde então, temos buscado entrar em
contato com os tutores para oferecer o devido apoio emocional e qualquer outra
assistência que possa aliviar, ainda que minimamente, essa situação. Na condição
proprietária do local, busco sempre estar presente e monitorar todos os
procedimentos que são feitos nos pets, porém hoje, infelizmente, não pude estar
na empresa porque estou de resguardo e tive que cuidar dos meus dois filhos
pequenos.

Em relação à continuidade do funcionamento do pet shop após o incidente,
gostaria de esclarecer que decidimos não fechar as portas naquele momento porque
outros animais sob nossos cuidados aguardavam tratamentos e atendimentos que não
poderiam ser adiados sem comprometer o bem-estar deles. Essa decisão foi tomada
com base na nossa responsabilidade com todos os pets que estavam sob nossa
responsabilidade neste dia. Por fim, quero reforçar que este pet shop foi criado
com o propósito de oferecer um cuidado especial e humanizado aos animais que são
parte fundamental da vida de tantas pessoas.

Este compromisso permanece, e estamos dedicados a reconstruir a confiança de
nossos clientes e da comunidade, trabalhando incansavelmente para que nunca mais
haja um incidente dessa natureza. Agradeço pela compreensão e reitero o meu mais
profundo pesar. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e
comprometidos com a melhoria constante de nossos serviços. O funcionário já foi
desligado da empresa, terei que parar com o funcionamento por segurança minha,
da minha equipe e dos pets que estavam agendados porque o estabelecimento foi
vandalizado e nos sentimos ameaçados. Agradeço aqueles que nos prestaram apoio e
confiam no nosso trabalho, mas infelizmente não nos sentimos seguros para
continuar”.

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A história da cadela Hasha comoveu muitas pessoas, e a busca por justiça e responsabilidade no cuidado com animais de estimação tem sido pauta de discussões nas redes sociais e na mídia. A morte trágica e precoce de Hasha serviu como alerta para melhoramento dos protocolos de segurança e cuidado em pet shops, visando garantir o bem-estar e a integridade dos animais que são confiados aos estabelecimentos. A família da cadela, mesmo em meio ao luto, demonstrou coragem ao exigir justiça e responsabilização dos envolvidos no triste episódio que resultou na morte do animal.

A partir desse triste acontecimento, a conscientização sobre a importância da fiscalização e do cumprimento das normas de segurança em locais que prestam serviços para animais de estimação se torna fundamental. É essencial que casos como o de Hasha sirvam como exemplo para promover mudanças positivas e garantir que outros animais não passem pelo mesmo sofrimento que a cadela enfrentou. A memória de Hasha se torna um símbolo de luta por melhores condições e proteção para os animais em pet shops, reforçando a importância da empatia e do cuidado com esses seres tão especiais em nossas vidas.

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Briga de vizinhos por som alto termina em tragédia fatal: Suspeito foge após esfaquear vítima. Polícia busca justiça.

Briga de vizinhos por causa de som alto termina em tragédia, deixando uma pessoa morta. De acordo com informações da Polícia Civil, a vítima, uma mulher de 23 anos, foi atacada com duas facadas no pescoço pelo suspeito, após uma discussão em Perolândia, Goiás. O suspeito fugiu do local do crime, enquanto o avô dele, na tentativa de conter os populares, disparou com uma espingarda.

A identidade do suspeito ainda não foi divulgada, dificultando o contato com a defesa para oferecer um posicionamento sobre o ocorrido. O crime ocorreu na noite de quarta-feira (25) e a vítima chegou a ser levada para o hospital de Perolândia, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia está em busca do suspeito, que pode responder por homicídio qualificado.

Segundo relatos do delegado Haroldo Toffoli, o avô do suspeito atirou para o alto com a espingarda para impedir que os populares invadissem a casa. Após a ação criminosa, o suspeito se abrigou na residência do avô. As autoridades encontraram a arma utilizada, juntamente com munições. O suspeito conseguiu escapar, enquanto o avô foi detido por posse ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.

O avô do suspeito está sob custódia e aguarda a audiência para definir os próximos passos legais. A violência entre vizinhos tem sido recorrente e gerado consequências trágicas, como o caso dessa briga por causa do som alto em Perolândia. A falta de diálogo e o uso da violência como solução para conflitos interpessoais têm sido desafios enfrentados pela sociedade.

É fundamental buscar alternativas pacíficas para resolver desentendimentos e evitar situações extremas, como essa que resultou em uma vida perdida. A polícia continua com as investigações para localizar o suspeito e trazer justiça para a família da vítima. A comunidade de Perolândia e região lamenta a tragédia e espera por medidas que evitem novos episódios de violência entre vizinhos.

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