Nova subvariante JN da Covid-19 no Rio de Janeiro: Vacinação em foco

A nova subvariante JN da Covid-19 já está circulando no Rio de Janeiro, de acordo com o secretário de Saúde da cidade, Daniel Soranz. Durante uma visita ao Hospital do Andaraí, na Tijuca, Zona Norte do Rio, o secretário informou que foram identificados dois casos da subvariante, um deles em Jacarepaguá, Zona Oeste, e outro na Praça da Bandeira, no Centro. Estes são casos de transmissão local e a variante JN é uma preocupação para a Organização Mundial de Saúde (OMS), no entanto, Soranz ressaltou que a vacinação é eficaz contra os casos graves dessa subvariante.

Soranz também enfatizou a importância de manter o esquema vacinal em dia, recomendando que todas as pessoas com mais de seis meses de idade que tenham recebido a vacina há mais de um ano procurem fazer a dose de reforço. Mesmo com o encerramento da campanha de vacinação na última sexta-feira, ainda há um estoque residual de 11 mil doses disponíveis para esta semana. Ele alertou que quem não se vacinar agora terá que esperar até março do próximo ano para receber a nova vacina.

Apesar da preocupação com a nova subvariante, Soranz tranquilizou a população afirmando que o cenário na cidade é de segurança, devido à alta cobertura vacinal. Ele destacou que a vacinação continua protegendo contra os casos graves e que, com a alta cobertura vacinal no Rio de Janeiro, a população está segura. A Secretaria de Saúde continua com postos de vacinação ativos, oferecendo a dose de reforço para aqueles que ainda não a receberam.

Além disso, recentemente, o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle anunciou a oferta de metoidioplastia, uma operação para homens trans, ampliando assim o acesso a procedimentos importantes para a comunidade LGBTQIA+. A descentralização de gestão também é uma realidade na cidade, com a reabertura das emergências do Andaraí e Cardoso Fontes, além do repasse de R$ 610 milhões do governo para a prefeitura, visando a gestão de mais dois hospitais federais.

Diante dessa nova variante da Covid-19, é crucial que a população do Rio de Janeiro esteja atenta e busque se vacinar de acordo com as recomendações das autoridades de saúde. A vacinação é uma medida fundamental para a proteção individual e coletiva contra o coronavírus e suas subvariantes, garantindo assim a segurança e a saúde de todos. A conscientização e a cooperação de todos são essenciais para superarmos juntos os desafios impostos pela pandemia.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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