Operação Greenwashing: PF bloqueia R$ 1 bilhão em bens de grupo suspeito de venda ilegal de créditos de carbono. Conheça detalhes.

A Polícia Federal (PF) realizou uma operação em que apreendeu e bloqueou quase R$ 1 bilhão em bens de um grupo suspeito de comercializar ilegalmente créditos de carbono de áreas da União. A ação, chamada de Operação Greenwashing, ocorreu simultaneamente em Rondônia, Amazonas e Pernambuco e tem como alvo servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) que são suspeitos de participar do esquema.

As investigações mais recentes apontaram que os servidores do IPAAM, ocupantes de cargos estratégicos e de direção, estavam envolvidos em facilitar a emissão de licenças ambientais fraudulentas, a suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento. A operação Expurgare, terceira fase da Operação Greenwashing, visa combater essas práticas ilícitas que prejudicam o meio ambiente e a sociedade.

A primeira fase da Operação Greenwashing, realizada em junho deste ano, revelou um esquema de fraudes fundiárias que teve início no município de Lábrea (AM) e se estendeu por mais de uma década. Já a segunda fase, em agosto deste ano, resultou no bloqueio dos bens dos investigados após tentarem comprar apartamentos na planta e transferir valores para contas de terceiros para ocultar patrimônio.

Os créditos de carbono são uma forma de compensar as emissões de gases causadores do efeito estufa, sendo gerados a partir de projetos que visam reduzir as emissões. Empresas ou países que reduzem suas emissões podem vender esses créditos como um serviço prestado. Cada unidade de crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) ou sua equivalência em outros gases de efeito estufa.

A Operação Greenwashing destaca a importância de combater práticas criminosas que causam prejuízos ao meio ambiente e à sociedade. A atuação da Polícia Federal visa coibir atividades ilegais e garantir a preservação dos recursos naturais. A colaboração entre instituições públicas e a sociedade é fundamental para garantir a proteção ambiental e a sustentabilidade das atividades econômicas.

A ação realizada pelas autoridades evidencia a gravidade do crime em terras públicas da Amazônia e os impactos negativos que essas atividades ilegais podem causar. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental e a adoção de práticas sustentáveis se tornam cada vez mais essenciais para a construção de um futuro mais saudável e equilibrado para as próximas gerações.

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Operações do MPPE em Ipojuca: Prefeitura é alvo de investigações por corrupção e desvio de dinheiro

Operações apuram corrupção e desvio de dinheiro em Ipojuca; duas pessoas são
presas e prefeitura vira alvo

Ações foram deflagradas pelo Ministério Público de Pernambuco, nesta quarta
(18). Área de licenciamento de empreendimentos imobiliários da prefeitura foi um
dos alvos.

Prefeitura de Ipojuca é alvo de operações do MPPE contra corrupção e organização
criminosa [https://s04.video.glbimg.com/x240/13193379.jpg]

A DE de Ipojuca é alvo de operações do MPPE contra corrupção e organização criminosa

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou duas operações na manhã
desta quarta-feira (18) contra suspeitas de corrupção em Ipojuca
[https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/cidade/ipojuca/], no Grande Recife
[https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/cidade/recife/]. Entre os supostos crimes
estão fraude em licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção
e falsidade ideológica. Um dos locais onde houve cumprimento de mandados foi a
sede da prefeitura.

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As operações se chamam “Patranha” e “Habite-se”. As duas operações, juntas, tiveram 31 mandados de busca e apreensão expedidos.

Na “Patranha”, também houve o cumprimento de dois mandados de prisão. Todos eles
foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.

O MPPE não informou onde as pessoas foram presas, nem quem são elas. Foram
apreendidos celulares, dinheiro, computadores, documentos, relógios, entre
outros itens. Confira, abaixo, o que investiga cada operação:

* Operação Patranha

Mira um grupo criminoso acusado de fraude na produção de atas de registro de
preços da Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (Ammesf),
cuja sede é em Minas Gerais. De acordo com o MPPE, os itens da ata foram
majoritariamente vendidos em municípios de Pernambuco, com destaque para
Ipojuca.

Um dos casos citados pelo órgão é a compra feita pela prefeitura de 6 milhões de
adesivos para visitantes em 2023. Isso, segundo o MPPE, equivale a mais de 60
vezes a população da cidade, que é de 97.669 pessoas.

Ainda de acordo com o MPPE, há evidências de sobrepreço e venda de notas fiscais
sem a entrega de todo o material formalmente contrato. Os contratos entre a
prefeitura e a gráfica somam mais de R$ 20 milhões entre 2021 e 2023.

* Operação “Habite-se”

Apura indícios da existência de um esquema criminoso estruturado na área de
licenciamento de empreendimentos imobiliários da prefeitura. A denúncia afirma
que um grupo de servidores exigia vantagens para concessão de licenças.

Neste caso, foram expedidos apenas mandados de busca e apreensão, e são
investigados os crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa,
lavagem de dinheiro e concussão (exigir vantagem indevida em razão de cargo
público).

As ações contaram com apoio das polícias Civil e Militar, além do Grupo de
Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Minas Gerais,
Paraná, Rio de Janeiro, Santa
Catarina e São Paulo.

Procurada pelo DE, a prefeitura de Ipojuca disse que, inicialmente, só irá se pronunciar após ter acesso aos autos do processo.

1 de 1 Celulares, relógios e dinheiro foram apreendidos pelo Ministério Público
de Pernambuco na operação — Foto: MPPE/Divulgação

Celulares, relógios e dinheiro foram apreendidos pelo Ministério Público de
Pernambuco na operação — Foto: MPPE/Divulgação

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