Presidente da Mancha Alvi Verde renuncia e se entregará à polícia: saiba mais

Presidente da Mancha renuncia ao cargo e vai se entregar à polícia

O presidente DE Alvi Verde, Jorge Luís Sampaio Santos, deve se entregar à polícia na próxima quinta-feira (12/12), segundo a sua defesa.

São Paulo — O presidente da torcida organizada do Palmeiras Mancha Alvi Verde, Jorge Luís Sampaio Santos, deve se entregar ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na próxima quinta-feira (12/12). A informação foi confirmada ao DE pela defesa do torcedor, o advogado Jacob Alcaraz.

Nesta segunda-feira (9/12), a Mancha Alvi Verde anunciou a renúncia de Jorge Luís do posto de presidente da torcida. Segundo a nota divulgada nas redes sociais, o grupo será dirigido por um conselho administrativo, o qual será o responsável pelas decisões da entidade até a próxima eleição, em junho de 2025.

O agora ex-presidente é um dos integrantes da torcida que estariam envolvidos no caso da emboscada que matou um torcedor do Cruzeiro e deixou outros 11 feridos em 27 de outubro deste ano, na Rodovia Fernão Dias, trecho de Mairiporã, na Grande São Paulo.

Na semana passada, Jorge era defendido pelo advogado Gilberto Quintanilha, que havia afirmado ao DE que o presidente e o vice-presidente da Mancha, Felipe Matos dos Santos, ainda não haviam se entregado porque a defesa não havia tido acesso ao processo, que corre em segredo de Justiça. Quintanilha também não defende mais o vice Felipe Santos. Não há informações sobre sua atual defesa.

Além do presidente e do vice da Mancha, outras três pessoas são consideradas foragidas. Na última terça-feira (3/12), policiais do DHPP cumpriram 10 de 13 mandados de prisão contra novos alvos. Entre eles, está Luiz Ferretti Junior, que também atuava como advogado da torcida organizada.

A emboscada contra os cruzeirenses aconteceu por volta das 5h do dia 27 de outubro, no km 65 da Rodovia Fernão Dias, no centro de Mairiporã. Na ocasião, membros da Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, fizeram uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. Durante o ataque, um homem foi morto carbonizado e 17 ficaram feridos.

Em um dos vídeos do ataque, é possível ouvir um homem falando “É a Mancha, car****. Aqui é a Mancha, por**”, fazendo referência à torcida organizada.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Foram apreendidos rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.

Com a aproximação das equipes da PRF e da Polícia Militar de São Paulo, os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais.

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Morte brutal de professora no DF: 10 anos de impunidade – Suspeito pronunciado em 2023

Crânio rachado e corpo nu: 10 anos da morte brutal de professora no DF

Heber dos Santos Freitas Ribas, suspeito de matar Janaína Câmara em 2014, foi
pronunciado pelo crime apenas este ano

Após 10 anos do crime, o processo que trata da morte da professora Janaína Alves
Fernandes Tavares da Câmara avançou na Justiça. O suspeito de matar Janaína em dezembro 2014, Heber dos Santos Freitas Ribas, ex-companheiro dela, foi pronunciado em abril deste ano. A juíza da 1ª Vara Criminal do Novo Gama entendeu que ele deve ser julgado por um Tribunal do Júri. Porém, apesar da determinação, Heber segue em liberdade recorrendo a outras instâncias para ser absolvido da acusação.

Em setembro do ano passado, o DE mostrou que o processo do caso de Janaína estava travado na Justiça goiana.

O caso foi recebido pela Justiça em 2021. Apenas em julho de 2023 foi agendada uma Audiência de Instrução e Julgamento agosto do mesmo ano. A audiência chegou a ser realizada, mas sem a pronúncia.

Apenas em 10 de abril deste ano, a Justiça declarou Heber réu e o destinou ao júri popular. Entretanto, a defesa do acusado recorreu da decisão. O recurso chegou à 3ª Câmara Criminal, sob responsabilidade da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Em julho, ela negou o pedido. A defesa, então, recorreu novamente, levando o caso para a Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, sob responsabilidade do desembargador Amaral Wilson de Oliveira. Apenas em 28 de novembro, o desembargador proferiu decisão, também negando o recurso especial. Agora, Heber deve aguardar a intimação da decisão do desembargador.

SOBRE O CRIME

Segundo a denúncia do Ministério Público goiano (MPGO), a vítima teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria e o Novo Gama (GO), município no Entorno do DF.

Janaína foi encontrada sem vida em área de mato. Ela era professora.

Quando policiais militares encontraram Janaína, ela tinha o rosto desfigurado e o crânio rachado, com vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. Também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas. Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido estuprada antes ou após a morte.

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com Heber pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado dois meses antes do crime. As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Heber responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal. Janaína deixou três filhos: um menino com pouco mais de 1 anos, fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina, de 6. Atualmente, os órfãos estão com 11, 15 e 16 anos respectivamente.

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