Ex-funcionários do Grupo João Santos estão em protesto no Centro do Recife em busca do pagamento de suas rescisões, após a empresa não cumprir com o acordo de quitação dos direitos trabalhistas. Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), o conglomerado deixou de prestar contas sobre o cumprimento de transações tributárias e a venda de bens, resultando em uma dívida estimada em R$ 270 milhões no FGTS.
Os ex-colaboradores interditaram avenidas importantes da capital pernambucana, como a Rua da Aurora, manifestando sua insatisfação com a falta de pagamento e o descumprimento de acordos por parte do Grupo João Santos. Com uma dívida total de mais de R$ 10 bilhões e em recuperação judicial, a empresa enfrenta críticas e protestos por parte dos trabalhadores prejudicados.
O protesto teve início em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Cais do Apolo, e seguiu em direção ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, causando lentidão no tráfego da região central da cidade. As manifestações foram encerradas por volta das 13h30, com os ex-funcionários expressando sua frustração com a situação e com a falta de diálogo por parte do Grupo João Santos.
Os participantes do protesto relataram nunca terem recebido qualquer contato por parte da empresa desde suas demissões, resultando em anos sem o pagamento de verbas rescisórias. O sentimento de abandono e desamparo foi compartilhado por diversos ex-colaboradores que dedicaram anos de trabalho ao grupo, sem obter o devido reconhecimento.
A dívida milionária do Grupo João Santos em direitos trabalhistas, incluindo FGTS, acrescenta mais um capítulo de descumprimento de acordos e falta de transparência por parte da empresa. O MPF destaca a importância do cumprimento de termos acordados anteriormente e ressalta que o não pagamento ou prestação de contas podem acarretar em novas multas e penalidades.
Diante desse cenário de protestos e falta de resolução para os ex-trabalhadores do Grupo João Santos, a pressão por parte dos manifestantes e de órgãos fiscalizadores, como o MPF, evidencia a necessidade de uma resposta efetiva por parte da empresa e reforça a importância do cumprimento de acordos trabalhistas para garantir os direitos dos funcionários e evitar novas situações de abuso e descumprimento da lei.