Abaixo-assinado solicita a suspensão da homenagem a líder do MST na Assembleia
O deputado estadual Capitão Martim (Republicanos) protocolou um abaixo-assinado com 25 mil assinaturas pedindo a suspensão da homenagem ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, na Assembleia Legislativa do RS. Essa proposta de conceder a medalha do Mérito Farroupilha a Stédile foi iniciada pelo deputado estadual Adão Pretto Filho (PT) e foi aprovada pela mesa diretora do Parlamento.
O deputado petista justificou sua proposta citando a atuação de Stédile na organização de trabalhadores rurais e sindicatos, bem como sua participação na fundação do movimento. Além disso, Adão Pretto Filho mencionou livros escritos por Stédile, títulos recebidos e outras honrarias concedidas ao economista.
Ao apresentar o abaixo-assinado, Capitão Martim argumentou que as 25 mil assinaturas representam a indignação da população diante da homenagem a um líder de movimento conhecido por invasões e táticas criminosas. Ele considera essa homenagem um desrespeito aos gaúchos, especialmente em um momento em que o estado enfrenta problemas envolvendo o MST em regiões como Hulha Negra e Pedras Altas.
Além de protocolar o abaixo-assinado, o deputado Capitão Martim propôs a alteração dos critérios de concessão da medalha do Mérito Farroupilha. Essa proposta, assim como a apresentada por Rodrigo Lorenzoni (PL), delega ao plenário da Assembleia Legislativa a decisão de autorizar novas homenagens. Nas normas atuais, basta um deputado propor e a mesa diretora autorizar para conceder a medalha.
Martim também está coletando assinaturas para abrir uma CPI a fim de investigar as ações do MST. Até o momento, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra não se manifestou sobre o assunto. Vale ressaltar que a homenagem a João Pedro Stédile gerou polêmica e dividiu opiniões dentro e fora do Parlamento do Rio Grande do Sul. Esta questão ainda deve ser discutida e acompanhada de perto pela população e pela imprensa.