Infecção de criança por ameba super-rara no Ceará pode ser o segundo caso registrado no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. O primeiro caso conhecido ocorreu em 1975. A hipótese levantada pela Secretaria da Saúde é de que a contaminação aconteceu por meio da água de um reservatório que abastecia o local onde a criança residia. Até o momento, só há um relato registrado.
O secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará comentou o caso suspeito da ameba rara, destacando a gravidade da situação. A morte da criança de 1 ano e 3 meses no Ceará pode se tornar o segundo caso de infecção por uma ameba super-rara no Brasil. A suspeita é de que ela tenha sido infectada por uma ameba do tipo “Naegleria fowleri”, causando uma doença chamada “meningoencefalite”.
O Ministério da Saúde está acompanhando as investigações ao lado da Secretaria da Saúde do Ceará. Acredita-se que a contaminação possa ter ocorrido pelo contato de água não tratada com as narinas da criança durante o banho ou lavagem do rosto. O caso ocorreu em setembro de 2024 e os sintomas se manifestaram oito dias antes do óbito, incluindo febre, sonolência, irritabilidade e vômito.
Atualmente, o único relato na literatura científica sobre a meningoencefalite amebiana em humanos causada por Naegleria sp. ocorreu em 1975, no estado de São Paulo. A Naegleria fowleri é uma ameba de vida livre encontrada comumente em água doce quente, como lagoas, rios e fontes termais. A infecção se dá por via nasal, migrando para o cérebro e causando inflamação.
No Ceará, a suspeita é de que a infecção tenha ocorrido durante um banho em casa. Os sintomas são semelhantes a outras enfermidades, tornando a identificação difícil para a equipe médica. A ameba é conhecida como “comedora de cérebros” devido à sua ação de destruição de tecido cerebral. As medidas preventivas estão sendo tomadas para evitar novos casos e garantir a segurança da população.