Operação do MPRJ prende ex-político por grilagem de terras em Búzios, RJ

O ex-policial e político Natalino José Guimarães foi preso na manhã desta terça-feira (10) em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra a prática de grilagem de terras em Búzios, na região dos Lagos do estado. Sete mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras, além da capital fluminense.

As investigações tiveram início a partir de denúncias de invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos localizados na região da Estrada da Fazendinha. Segundo a denúncia feita pelo MPRJ, o grupo estaria em atividade desde 2020, utilizando métodos violentos e fraudulentos para ocupar e comercializar terrenos na região.

De acordo com as investigações, a quadrilha utilizava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, e ainda desmatava áreas protegidas e promovia queimadas. A Estrada da Fazendinha está situada no bairro Baía Formosa, em Búzios, próximo à divisa com Cabo Frio. A operação está sendo realizada em conjunto com o apoio da 127ª DP (Búzios) e do 14° BPM (Bangu).

Natalino José Guimarães, que possui sua base eleitoral na zona oeste do Rio, é figura conhecida na região e agora se encontra detido em decorrência das ações de combate à grilagem de terras em Búzios. A prisão do ex-deputado faz parte dos esforços do MPRJ em coibir atividades ilegais e criminosas que prejudicam a ordem e a segurança na região.

A ação policial visa interromper as atividades do grupo responsável pela grilagem de terras na região dos Lagos. Com a detenção de Natalino José Guimarães e a realização dos mandados de busca e apreensão, os órgãos competentes esperam obter mais informações e provas que contribuam para a investigação e o combate a esse tipo de crime.

A atuação conjunta das autoridades locais e estaduais é fundamental para garantir a integridade das áreas rurais e proteger a população contra a ação de grupos criminosos que atuam de forma violenta e ilegal. A prisão do ex-deputado Natalino representa um avanço no combate à grilagem de terras e reforça o compromisso das instituições em promover a justiça e a ordem em todo o estado do Rio de Janeiro.

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Defesa de Ludmilla recorre da absolvição de Marcão do Povo em caso de racismo

A defesa de Ludmilla recorrerá da absolvição de Marcão do Povo em um caso de racismo, após o apresentador chamar a cantora de ‘pobre macaca’. No ano passado, Marcão foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto, além de ser obrigado a pagar uma indenização de R$ 30 mil à cantora. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverteu a decisão na semana passada.

A decisão de absolver Marcão do Povo foi assinada pela ministra Daniela Teixeira e a defesa de Ludmilla, representada pelos advogados Rafael Vieites, Felipe Rei e Bernardo Braga, já afirmou que irá recorrer. A condenação inicial foi realizada pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, após um recurso apresentado pela defesa da cantora.

Os advogados de Ludmilla confiam que o colegiado do STJ reverterá a decisão, considerando a conduta do acusado como criminosa e preconceituosa. Eles acreditam que esta é uma importante luta contra o racismo no país e não podem permitir um retrocesso nessa questão. Entre as punições previstas estavam prestação de serviços comunitários e pagamento de valores a instituições sociais.

Marcão do Povo foi acusado pelo Ministério Público do DF por injúria racial após o episódio em que chamou Ludmilla de ‘pobre macaca’ em 2017. Apesar de ter sido absolvido pela 3ª Vara Criminal em primeira instância em março deste ano, a defesa da cantora continuará lutando por justiça. Nas redes sociais, Ludmilla agradeceu o apoio do público e reafirmou sua determinação em não desistir dessa luta.

A atitude de Marcão do Povo gerou revolta e mobilizou não só os fãs da cantora, mas também diversos movimentos e organizações de combate ao racismo. A discussão sobre a importância de combater o preconceito racial e garantir a igualdade de tratamento para todos continua sendo um tema relevante e urgente em nossa sociedade. A esperança é de que a justiça seja feita e que casos como esse sirvam de alerta para que atos de discriminação não sejam tolerados.

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