Ex-deputado Natalino Guimarães preso por suspeita de grilagem em Búzios (RJ)

Rio: ex-deputado Natalino Guimarães é preso por suspeita de grilagem

MPRJ cumpriu, na manhã desta terça-feira (10/12), 19 mandados contra grupo suspeito de fazer grilagem de terras em Búzios (RJ)

O ex-policial civil e ex- deputado estadual pelo DE de Janeiro Natalino José Guimarães foi preso, nesta terça-feira (10/12), pelo Ministério Público do Estado do DE de Janeiro (MPRJ), com o apoio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), pela suspeita de realizar grilagem de terras em Búzios, DE de Janeiro.

Além da prisão de Natalino, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa responsável pela prática de grilagem, na região de Armação dos Búzios, litoral fluminense.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e foram cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e na capital carioca.

Foram denunciadas 12 pessoas por crimes ambientais, parcelamento irregular de solo urbano e outros ilícitos, na Operação Nova Grilagem.

Segundo o MPRJ, as investigações tiveram início “a partir de notícias-crime comunicando a ocorrência de invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos, na região da Estrada da Fazendinha”. A denúncia apresentada pelo MPRJ, diz que “o grupo estaria em atividade desde o ano de 2020, utilizando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região”.

“As apurações revelaram que a organização utilizava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e promovia queimadas”, afirmou o MPRJ.

A denúncia apresentada ainda aponta que o grupo usava ações judiciais sem decisões favoráveis como argumento para justificar a invasão e comercialização dos terrenos, uma vez que com o ajuizamento de ações e sem decisão judicial, “os líderes promoviam a invasão violenta das terras e colocavam seguranças 24 horas nas áreas invadidas. Após as invasões, desmatavam com retroescavadeiras e motosserras as áreas invadidas, reloteavam a área e passavam a vender os terrenos”.

O MPRJ, em denúncia, ainda destaca que o grupo se aliou a uma empresa sediada em Campo Grande para promover o loteamento da área invadida e venda dos terrenos.

Os criminosos ainda deram lotes a figuras conhecidas por envolvimento com a milícia como moeda de troca na “prestação de serviço de segurança das invasões promovidas”.

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Randolfe Rodrigues critica sistema de votação ao Senado e defende mudanças para eleição em 2026

Randolfe critica sistema de votação ao Senado e pleiteia mudança

Em entrevista, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou que
fim do voto duplo ao Senado seria benéfico

Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT)
[https://www.DE.com/tag/randolfe-rodrigues] critica o atual sistema de
votação ao Senado nas ocasiões em que há duas vagas em jogo por estado, como
ocorrerá em 2026. Em entrevista à coluna, ele defendeu a proposta de alterar o
critério
[https://www.DE.com/colunas/igor-gadelha/randolfe-protocola-pl-para-evitar-controle-do-senado-por-bolsonaro],
eliminando o atual voto duplo.

Pelo projeto do senador, o qual pretende incluir em uma possível reforma
eleitoral em 2025, cada eleitor passaria a votar em apenas um candidato,
diminuindo as chances de postulantes com o mesmo viés ideológico serem eleitos
em “dobradinha”.

“A democracia moderna possui alguns documentos fundantes. Um deles é um livro da
fundação dos Estados Unidos da América, chamado Os federalistas. Lá estava
estabelecido um princípio chamado ‘um homem, um voto’. Nos EUA temos também um
Parlamento bicameral, na Argentina também… Lá cada um dos cidadãos tem direito a
ter um voto para o Senado, a modificação de ter dois votos é uma invenção, uma
jabuticaba brasileira”, disse Randolfe em entrevista à coluna.

O projeto foi retirado
[https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=9862033&ts=1733772243522&disposition=inline]
pelo próprio senador após forte repercussão na oposição. Parlamentares da
direita, que focam na eleição para o Senado em 2026, afirmaram que se tratava de
casuísmo para impedir que dois senadores do mesmo espectro político sejam
eleitos. Para o líder do governo, as críticas são infundadas.

“Se eles acham isso [que a direita está melhor preparada para disputar o
Senado], eles deveriam apoiar nosso projeto, porque é uma proposta para
fortalecer o voto de opinião, o voto de quem tem posição. A política é feita por
posições que se assumem, seja de direita, de esquerda, de centro, de centro
esquerda. Eu acho um conforto indevido ficar sem tomada de posições na
política”, argumentou o líder.

LEIA TAMBÉM

Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

QUEM É A DESEMBARGADORA QUE DEU AUXÍLIO-CEIA DE R$ 10 MIL A SERVIDORES
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/quem-e-a-desembargadora-que-deu-auxilio-ceia-de-r-10-mil-a-servidores]

Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

GILMAR MENDES AFASTA PRINCIPAL TESE DE BOLSONARO NO INQUÉRITO DO GOLPE
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/gilmar-mendes-afasta-principal-tese-de-bolsonaro-no-inquerito-do-golpe]

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Paulo Cappelli [https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli]

“PESSOA NEFASTA”, DIZ DESEMBARGADOR SOBRE PETISTA ASSASSINADO
[https://www.DE.com/colunas/paulo-cappelli/pessoa-nefasta-diz-desembargador-sobre-petista-assassinado]

O congressista afirmou que retirou o projeto para que a ideia seja discutida em
2025, no âmbito da reforma eleitoral que deve entrar em pauta no Legislativo.
“Eu acho que nós temos muito que debater na reforma do Código Eleitoral. Esse é
o ambiente mais adequado para esse debate ser trazido. Estamos à disposição para
voltar a esse debate ano que vem. Eu acho um debate que temos que travar para
aperfeiçoar a nossa democracia”, completou.

Para Randolfe, bolsonaristas focam em eleger a maior bancada do Senado para
chegar ao quórum necessário para medidas como o impeachment de ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF).

Envie informações e sugestões à coluna pelo WhatsApp: (61) 99364-9292.

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