Lar de idosos em Salvador é fechado após descumprir notificação da vigilância sanitária: MP-BA age

Lar de idoso é fechado em Salvador após descumprir notificação de interdição da vigilância sanitária

Ação foi comandada pelo Ministério Público da Bahia nesta terça-feira (10).

1 de 2 Lar de idosos foi fechado nesta terça-feira (10) em Salvador — Foto: MP-BA

Lar de idosos foi fechado nesta terça-feira (10) em Salvador — Foto: MP-BA

O Lar de Idosos Nossa Senhora das Candeias, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador, foi fechado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) nesta terça-feira (10). Segundo o órgão estadual, o local, que atendia 15 idosos, já havia sido parcialmente interditado pela Justiça em maio deste ano.

O empreendimento foi fechado porque descumpriu a notificação de interdição da vigilância sanitária. Além disso, os idosos atendidos não foram reinseridos nas suas famílias ou transferidos para instituições de acolhimento após o recebimento da notificação.

Esse não é o primeiro lar de idosos fechado na capital baiana neste ano. Em setembro, um empreendimento que funcionava irregularmente em um imóvel da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), no bairro da Liberdade, foi desativado devido a condições precárias.

2 de 2 Local foi fechado após descumprir determinações judiciais — Foto: MP-BA

Local foi fechado após descumprir determinações judiciais — Foto: MP-BA

Conforme informado pelo MP-BA, o fechamento do Lar de Idosos Nossa Senhora das Candeias acontece após diversas tentativas de resoluções. Segundo o órgão, os responsáveis pelo local ignoraram o alerta final para o cumprimento da determinação judicial, em outubro deste ano.

Após a data, o MP-BA foi até o local e fez uma nova inspeção. Nela, foi constatado que não houve nenhuma mudança e que cinco novos idosos foram acolhidos.

Depois do fechamento, a retirada dos idosos será feita pelos órgãos municipais, com posterior acolhimento em local apropriado, que não foi divulgado.

Veja mais notícias do estado de Bahia.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

DE e construtora se comprometem a proteger trabalhadores chineses resgatados em condição análoga à escravidão em Camaçari

Após audiência conjunta virtual, a DE e a construtora terceirizada JimJiang Open Engineering se comprometeram a colaborar com a proteção dos 163 chineses resgatados de trabalho análogo à escravidão na obra de construção da montadora chinesa, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA).

O DE entrou em contato com a BYD para pedir um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Na ocasião, foi definido que os trabalhadores seguirão hospedados em hotéis até que sejam finalizadas as negociações para a rescisão dos contratos de trabalho.

Apesar de questionar a avaliação das autoridades do Estado brasileiro, que a partir de um amplo conjunto de provas colhido durante semanas de fiscalização conjunta configurou a situação vivida pelos 163 trabalhadores entrevistados como vítimas do tráfico internacional para fins de exploração laboral em condição análoga à escravidão, as empresas se comprometeram a colaborar com a proteção dos resgatados.

O MPF solicitou o compartilhamento das provas colhidas para que sejam adotadas as medidas na esfera penal. As duas empresas também se comprometeram a apresentar ao MPT até o fim do dia todos os documentos relativos aos 163 resgatados e as informações detalhadas de onde estão alojados.

A DPU está em entendimento com a Receita Federal para que as empresas encaminhem os trabalhadores resgatados para emissão de CPF. Só com este documento será possível fazer os pagamentos no Brasil dos valores relativos à rescisão dos contratos e às indenizações. A JimJiang deverá conduzir os empregados resgatados à Polícia Federal para obtenção do Registro Nacional Migratório (RNM) e posteriormente à Receita para emissão dos CPFs. Também ficou definida a garantia de compra pela contratante das passagens e custeio de até 120 dólares americanos como ajuda de custo para a viagem de volta à China de sete empregados que têm retorno previsto dia 1º de janeiro.

Segundo o MPT-BA, uma nova audiência foi agendada para o dia 7 de janeiro, para que seja apresentada uma proposta de termo de ajuste de conduta, para avaliação das empresas investigadas pela submissão de trabalhadores a condição análoga à escravidão.

Além das empresas, participaram da audiência os representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp