Líder de grupo alvo da PF em SP preso com R$500 mil: tráfico de drogas movimentou R$4,6 milhões – Operação Chibarrada

Líder de grupo alvo da PF e Gaeco por tráfico de drogas foi preso com meio
milhão de reais em dinheiro em SP

Organização criminosa movimentou ao menos R$ 4,6 milhões durante o esquema,
apontam investigações. Agentes buscam cumprir oito mandados de prisão e 11 de
busca e apreensão em Ribeirão Preto (SP), Monte Alto (SP), Matão (SP) e
Fortaleza (CE).

O homem apontado como líder do grupo criminoso especializado em tráfico de
drogas e lavagem de dinheiro, alvo de uma operação da Polícia Federal e do Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco),
braço do Ministério Público (MP), nesta terça-feira (10), foi preso em Ribeirão
Preto (SP)
com cerca
de R$ 500 mil em espécie.

As investigações apontam que a quadrilha movimentou ao menos R$ 4,6 milhões
durante o esquema.

Em entrevista coletiva, o promotor Frederico de Camargo explicou que o suspeito
preso com o montante em dinheiro é a figura mais alta identificada na hierarquia
da organização. A identidade dele não foi divulgada. A atuação do grupo ocorria,
principalmente, em Ribeirão e Monte Alto (SP).

“Essa investigação começou com uma figura central, depois percebeu que tinha
uma ascendência. Não era mais o líder, o líder estava acima dele, que foi
preso hoje com essa dinheirama, que representa a hierarquia dele. Uma
investigação que detectou uma estrutura criminosa voltada para o tráfico de
drogas com lideranças baseadas em Ribeirão Preto e atividades em Monte Alto e
região”, disse.

Ao todo, os agentes buscam cumprir oito mandados de prisão e 11 de busca e
apreensão em Ribeirão Preto, Monte Alto, Matão (SP) e Fortaleza (CE). Os mandados foram expedidos
pela 1ª Vara Criminal da Justiça Estadual em Monte Alto.

Até a publicação desta reportagem, seis prisões temporárias haviam sido
cumpridas e outras duas pessoas, seguiam foragidas.

Além das prisões e buscas, a operação mira também o sequestro de propriedades,
veículos e ativos financeiros registrados em nome dos investigados, das empresas
deles e de terceiros utilizados como intermediários para lavar o dinheiro.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?

Os alvos da operação vão desde quem fazia logística do transporte das drogas, a
contabilidade até a revenda dos entorpecentes. Em Fortaleza, os agentes
cumpriram um mandado de busca contra um suspeito de falsificar documentos. Ele
não foi preso.

De acordo com o promotor, os criminosos comercializavam pequenas e grandes
quantidades de drogas no interior de São Paulo.

“Tinha uma estrutura em Monte Alto de comércio de varejo, mas eles tinham
também a forma de se vender no atacado, isso não tem fronteira. Não só tinham
o controle do tráfico local, como também tinham método de repassar grandes
valores, grandes quantidades de drogas”, afirmou Camargo.

Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação
para o tráfico e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem
ultrapassar os 35 anos de prisão.

A operação ganhou o nome de “Chibarrada”, em alusão ao apelido de um dos
investigados, conhecido como “Bodinho”, que ocupava posição de destaque na
estrutura do grupo.

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Homem condenado por ajudar na fuga de acusado de latrocínio contra policial em Fortaleza

Homem que ajudou na fuga de acusado de latrocínio contra policial em Fortaleza é
condenado pela Justiça

Réu era patrão do acusado e deu um carro adulterado para o criminoso fugir.

Policial é morto a tiros durante assalto em Fortaleza

Um homem que ajudou na fuga de um dos suspeitos de matar e roubar o sargento da
Polícia Militar Flávio Nascimento Rodrigues
, em Fortaleza , foi condenado
pela Justiça a 4 anos, 1 mês e 15 dias de detenção.

O crime ocorreu no dia 10 de junho deste ano, no Bairro Olavo Oliveira e foi
registrado por uma câmera de segurança. (veja o vídeo acima)

Segundo a denúncia da 97ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, o policial militar
estava em um automóvel quando foi abordado por Davi Sampaio Soares, Manuel
Barbosa e Thiago Gomes, que estavam em outro veículo. Ao tentar escapar do
assalto, o agente foi atingido por cinco tiros e não resistiu aos ferimentos.

Sargento Flávio Rodrigues foi morto a tiros durante uma tentativa de
assalto no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. — Foto: Reprodução

Davi aproveitou a ocasião para levar a pistola da vítima e, na mesma noite,
procurou o patrão dele, Michael Henrique de Morais Pereira, pedindo-lhe ajuda
para esconder a arma roubada, ocultando assim as provas do crime cometido.

Michael saiu em um carro com placas falsas para buscar Davi e os dois esconderam
a pistola em um terreno no Bairro Carlito Pamplona, de propriedade dele. Em
seguida, Davi passou algumas horas escondido na casa do patrão, que também lhe
entregou um carro com placas falsas para que ele fugisse. Ainda na mesma noite,
Davi abandonou o veículo no Bairro Álvaro Weyne.

O carro usado na fuga foi encontrado por policiais com documentos de Michael,
que confessou o envolvimento e foi preso em flagrante.

Além da prisão, Michel irá pagar uma multa pela adulteração de sinal
identificador de veículo, posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e
favorecimento pessoal.

Horas após o crime, Thiago foi morto em uma troca de tiros com a polícia. Já
Davi Sampaio e Manuel Barbosa, que participaram diretamente do crime, além de
Anderson Ismael Andrade Soares, que escondeu a arma usada no assalto, foram
denunciados pelo Ministério Público
pelo
roubo seguido de morte. Ele são réus em outro processo judicial que tramita na
18ª Vara Criminal de Fortaleza.

ANTECEDENTES

Polícia apreendeu carro e arma usados em crime contra sargento da PM em
Fortaleza. — Foto: SSPDS/ Divulgação

Os envolvidos na morte do policial têm antecedentes criminais
por roubo, homicídio ou tráfico de drogas.

Thiago, o que morreu no confronto com a polícia, possuía passagens por roubo,
receptação, associação criminosa e crime de adulteração de sinal de
identificador de veículo.

Anderson responde por homicídios, tentativa de roubo com restrição de liberdade,
integrar organização criminosa, crime contra a administração pública e
receptação.

Davi, suspeito de guardar a arma utilizada no crime, quando adolescente foi
apreendido por atos infracionais análogos a tráfico de drogas e a homicídio.

Já Michel, que teria emprestado o carro para a fuga de Davi, tem passagens por
porte ilegal de arma de fogo, receptação e adulteração de sinal de identificador
de veículo.

1º sargento Flávio Nascimento Rodrigues, morto a tiros por criminosos durante
uma tentativa de assalto, era lotado no CPRaio. — Foto: Arquivo pessoal

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