Homens são condenados a 87 e 93 anos de prisão por assassinar família no
interior de SP
As vítimas, o casal e a filha, foram mortos a tiros no dia 28 de dezembro de
2023, em um canavial em Votuporanga (SP). Cabe recurso da decisão.
Pai, mãe e filha desapareceram após viagem para comemorar aniversário
Os três réus acusados de planejar uma emboscada e assassinar três pessoas da
mesma família, o casal e a filha, em Votuporanga (SP),
foram condenados a prisão, com penas de 87 a 93 anos. Eles foram julgados nesta
terça-feira (10) no Fórum do município. Cabe recurso da decisão.
O crime ocorreu em 28 de dezembro de 2023. Na ocasião, as três vítimas, que
moravam em Olímpia (SP), foram encontrados em um carro na zona rural de Votuporanga.
De acordo com a sentença, dada pela juíza Gislaine Falheiros de Brito Vendramini, da 1ª Vara Criminal de Votuporanga, João Pedro Teruel, Rogério Schiavo e
Danilo Roberto Barboza da Silva, respondem por homicídio qualificado por motivo
torpe (desavença de drogas), emboscada e garantir a impunidade de outro crime.
João Pedro Teruel foi condenado à pena de 87 anos e seis meses de reclusão, em
regime fechado, além do pagamento de 42 dias de multa, com base na unidade
mínima por infração ao artigo 157.
Rogério Schiavo foi condenado à pena de 87 anos e seis meses de reclusão, em
regime fechado, e ao pagamento de 42 dias de multa, com base na unidade mínima
por infração ao artigo 157.
Danilo Roberto Barboza da Silva à pena de 93 anos e quatro meses de reclusão, em
regime fechado, também ao pagamento de 42 dias de multa, com base na unidade
mínima por infração ao artigo 157.
Cabe recurso da decisão. O DE tenta contato com os advogados de defesa.
No dia do assassinato, Anderson foi o primeiro a ser executado com sete tiros. A
esposa dele foi alvejada por 13 tiros.
A adolescente foi atingida por quatro disparos e encontrada morta debaixo do
banco do carro, onde tentou se esconder dos criminosos.
Anderson, que tinha passagens criminais por tráfico de drogas, estava com a
família e levava maconha no carro para entregar aos suspeitos do assassinato. Dias antes, ele pediu para que uma testemunha do crime transportasse a droga, mas o homem negou o serviço devido ao valor que seria pago.
CRIME PREMEDITADO
À época, de acordo com o inquérito policial elaborado pela Delegacia de
Investigações Gerais de Votuporanga (DIG), o crime foi premeditado, pois o trio
se reuniu no dia anterior ao assassinato para combinar a emboscada. Depois, eles
fugiram.
Os suspeitos sabiam que Anderson levaria os entorpecentes e planejaram o
assassinato. A esposa e a filha, no entanto, não tinham ligação com o tráfico e
foram mortas por testemunharem o crime.
Com autorização judicial, a DIG analisou os celulares dos criminosos, que foram
periciados. Nos aparelhos, a polícia encontrou as mensagens enviadas entre eles
que indicam a participação do trio no crime.