O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) anunciou uma nova diretora-presidente interina, Rosa Mariette Oliveira Geissler, após a exoneração de Juliano Valente em um caso de corrupção revelado em uma operação da Polícia Federal. O Governo do Estado informou que todos os servidores do Ipaam envolvidos na operação foram exonerados e afastados de seus cargos, incluindo servidores de carreira do instituto.
A operação da Polícia Federal foi realizada nos estados do Amazonas, Rondônia e Pernambuco, resultando na prisão de dois servidores do Ipaam e no cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão. Além disso, outros profissionais, incluindo advogados e um policial militar de Rondônia, foram alvos da investigação. Dionísia Soares Campos, superintendente da Agricultura e Pecuária do Amazonas, também foi alvo das buscas.
Rosa Mariette Oliveira Geissler, antes diretora técnica do Ipaam, agora assume interinamente a posição de diretora-presidente do órgão. O escândalo de corrupção envolveu fraudes fundiárias e a venda ilegal de créditos de carbono. Segundo as investigações, servidores do Ipaam utilizaram seus cargos para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas e autorizações irregulares para desmatamento.
Juliano Valente, ex-diretor-presidente do Ipaam, é apontado como parte de uma organização criminosa envolvida nas fraudes fundiárias no sul do Amazonas. Os créditos de carbono, que fizeram parte do esquema, são ferramentas usadas no combate ao aquecimento global. Empresas ou países que reduzem suas emissões podem gerar e vender esses créditos como forma de compensação ambiental.
Durante a operação da PF, Juliano Valente tentou se livrar de provas ao jogar fora seu celular, porém o aparelho foi apreendido e será periciado. Por determinação da Justiça, ele foi afastado do cargo e posteriormente exonerado do Ipaam. Nomeado durante o primeiro mandato de Wilson Lima em 2019 e reconduzido no segundo mandato em 2023, Valente agora enfrenta as consequências de suas ações.
Em meio a esse escândalo, o canal de comunicação da DE continua acompanhando de perto os desdobramentos e atualizações sobre o caso. É fundamental que casos de corrupção e fraudes sejam investigados e punidos para garantir a integridade e transparência das instituições públicas. A sociedade e as autoridades devem continuar vigilantes e atuantes no combate à corrupção em todas as esferas de poder.