Chuvas no Paraná afetam mais de 44 mil pessoas e causam danos em 40 municípios

Número de pessoas afetadas pelas chuvas no Paraná passa de 44 mil

Temporais têm atingido o estado desde sexta-feira (6). Defesa Civil calcula que
574 pessoas foram forçadas a sair de casa, e 40 municípios já foram
prejudicados.

Temporais causam estragos e afetam cidades e famílias no Paraná

O número de pessoas prejudicadas pelas fortes chuvas dobrou no Paraná em cerca
de seis horas. De 22.399, passou para 44.856 afetados, segundo relatório
divulgado no fim da tarde de terça-feira (10) pela Defesa Civil.

O boletim também informa que 418 pessoas ficaram desalojadas e 156 ficaram
desabrigadas. Pelo menos 697 casas foram danificadas e quatro foram destruídas
por deslizamentos.

Cerca de 40 municípios do Paraná já foram atingidos pelas chuvas, conforme os
dados divulgados pela Defesa Civil.

Confira o relatório completo abaixo:

1 de 3 Balanço Defesa Civil do Paraná sobre ocorrências relacionadas às fortes
chuvas — Foto: Defesa Civil do Paraná

Balanço Defesa Civil do Paraná sobre ocorrências relacionadas às fortes chuvas —
Foto: Defesa Civil do Paraná

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OUTROS ESTRAGOS CAUSADOS PELOS TEMPORAIS

2 de 3 Serra da Esperança foi bloqueada após deslizamentos de terra — Foto: RPC

Diversas estradas estão tendo bloqueios
e desabamentos e deslizamentos estão sendo registrados em rodovias
e áreas residenciais.

A passarela das Cataratas do Iguaçu, cartão postal do estado, precisou ser
fechada
como medida de segurança na manhã desta terça-feira (10). O volume de água
aumentou cinco vezes após a intensidade das chuvas.

Os níveis dos rios estão sendo monitorados nas cidades que possuem históricos
recentes de grandes inundações,
como União da Vitória, São Mateus
do Sul e Rio Negro, e também nos
municípios que são cortados ou rodeados por cursos de água.

Em União da Vitória e São Mateus do Sul, por exemplo, em quatro dias (de sexta a
segunda-feira) choveu o equivalente a 85% da média histórica para todo o mês de
dezembro, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do
Paraná (Simepar). As cidades registraram cerca de 137 mm de precipitação
acumulada no período – e a média histórica é de 160 mm nos dois locais.

O nível do Rio Ivaí também aumentou e a ponte que dá acesso à cidade de Mirador,
no noroeste do estado, ficou submersa
pela água. Um barco precisou ser disponibilizado pela prefeitura da cidade para
transporte dos moradores.

3 de 3 Aumento do nível do Rio Ivaí bloqueio acesso à Mirador, no Paraná — Foto:
RPC

Em Curitiba e cidades da
região metropolitana, como Pinhais, Colombo e Araucária, por exemplo, há diversos
pontos de alagamento e registros de quedas de árvores. Em São José dos Pinhais,
54 pessoas foram
realocadas para um abrigo temporário devido a 15 pontos de alagamento na cidade
vizinha à capital.

Famílias também têm sido retiradas de casa em Porto Amazonas e Ipiranga, na região dos
Campos Gerais, onde aulas foram canceladas e o nível dos rios chegou a subir
mais de cinco metros.

Segundo informações apuradas pela RPC, em Porto Amazonas cerca de 40 pessoas
tiveram que sair pras próprias casas e 11 já foram para um abrigo público
montado na cidade, e em Ipiranga cerca de duas mil pessoas estão ilhadas na
região rural do município.

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Corpo encontrado em mata não é de casal desaparecido em SC: investigação continua

Corpo é encontrado em área de mata durante buscas por casal desaparecido há 38 dias em SC

A Polícia Civil afirmou que o corpo encontrado enterrado na tarde de quarta-feira (18) em São José, na região da Grande Florianópolis, não pertence ao casal Valter Agostinho de Faria Junior e Araceli Cristina Zanella, desaparecido há 38 dias. Devido ao estado avançado de decomposição da vítima, os investigadores acreditam que se trata de outra pessoa, morta aproximadamente há um ano.

As buscas pelo casal desaparecido foram realizadas em uma área de mata no bairro Pedregal, após denúncias que indicavam a possível localização de Valter e Araceli, que têm 62 e 46 anos, respectivamente, e sumiram em 11 de novembro. A polícia suspeita que ambos foram assassinados durante uma discussão relacionada ao aluguel. Como resultado, seis pessoas foram detidas.

A Polícia Científica apoiou os trabalhos no local do corpo encontrado, realizando a perícia e recolhendo os restos mortais para posterior identificação. A Polícia Civil irá investigar as circunstâncias da morte da pessoa encontrada na área de mata em São José.

As investigações sobre o desaparecimento do casal seguem em andamento, envolvendo crimes de sequestro, roubo e estelionato. Segundo as autoridades, Valter e Araceli residiam em Biguaçu, cidade vizinha a São José, e teriam sido mantidos em cativeiro e assassinados no mesmo dia em que desapareceram.

O casal, formado por Araceli Zanella e Valter Agostinho, estava junto há cerca de cinco anos. Araceli mudou-se para Biguaçu após conhecer Valter e juntos administravam um estabelecimento comercial que encerrou as atividades um mês antes do crime. Familiares relatam que o casal estava prestes a se mudar para uma propriedade na praia em Governador Celso Ramos, cerca de 30 quilômetros de distância da sua cidade de residência, pois Valter planejava se aposentar.

A investigação sobre o desaparecimento e morte do casal Valter Agostinho e Araceli Cristina continua, com a polícia não fornecendo detalhes sobre os suspeitos detidos e sua relação com as vítimas. O delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, destacou a falta de colaboração por parte dos presos e a ausência de confissões sobre o crime.

As ações da polícia de São José e a Polícia Civil de Santa Catarina visam esclarecer os eventos que resultaram no desaparecimento do casal e na morte da pessoa encontrada durante as buscas. A colaboração da população e a condução detalhada das investigações são fundamentais para a elucidação dos fatos.

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