Investigação revela organização criminosa em desvio milionário de recursos desde 2021

De acordo com a investigação, suspeitos de desvios milionários em recursos públicos atuam de forma sistemática e coordenada desde 2021. Na terça-feira (10), mais de 15 pessoas foram presas preventivamente. A operação da Polícia Federal abrangeu mandados na Bahia, em São Paulo e Goiás. O grupo envolvido teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, proveniente de emendas parlamentares e contratos fraudulentos.

A organização criminosa investigada atua principalmente por meio de contratos superfaturados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, além de lavagem de dinheiro. A apuração teve início no pregão eletrônico 3/2021 do DNOCS, revelando a existência de uma estrutura criminosa liderada pelos irmãos Alex Rezende Parente, Fábio Rezende Parente, José Marcos de Moura e Lucas Maciel Lobão Vieira.

Alex Rezende Parente é descrito como o grande coordenador do esquema, negociando diretamente com servidores públicos. Fábio seria o executor financeiro, enquanto Lucas financiava atividades ilícitas nos bastidores. José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, é suspeito de prospectar contratos envolvendo o pagamento de propina para servidores.

O modus-operandi da organização envolvia a cooptação de servidores públicos para direcionar e executar contratos fraudulentos. Empresas envolvidas superfaturavam valores, realizavam pagamentos de propinas de forma dissimulada e utilizavam empresas de fachada para movimentar os recursos ilegais. A lavagem de dinheiro era feita de forma sofisticada, através de empresas controladas por “laranjas” e de empresas com grande fluxo financeiro em espécie.

Entre os suspeitos detidos na Bahia, destacam-se políticos, servidores públicos e empresários com participação ativa no esquema de desvio de recursos. As investigações apontaram irregularidades fiscais, movimentações financeiras suspeitas e indícios de variação patrimonial a descoberto. As penas para os crimes investigados podem ultrapassar 50 anos de reclusão, além de multas previstas na legislação.

As defesas dos suspeitos ainda não tiveram acesso aos autos do processo. As prefeituras e empresas mencionadas estão se posicionando sobre o caso e tomando medidas internas para investigar possíveis danos ao erário. A PF continua realizando diligências para capturar suspeitos foragidos e aprofundar as investigações sobre esse esquema criminoso de desvio de recursos públicos.

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Casal preso por matar filho com overdose de cocaína no litoral de SP: Justiça investiga caso chocante.

Casal acusado de matar filho de três meses com overdose de cocaína é preso no litoral de SP

Priscila Vancini Lopes, de 35 anos, foi detida após dar à luz outra criança, no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande (SP). Wanderley de Araújo, de 48, foi preso após ser abordado pela PM na cidade.

O casal acusado de matar o próprio filho com overdose de cocaína foi preso em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo DE neste domingo (12), a mulher foi detida após dar à luz outra criança em um hospital, enquanto o homem foi encontrado pela PM em “atitude suspeita” na cidade.

A morte do bebê de três meses ocorreu em maio de 2024, em Campinas. A Justiça decretou a prisão preventiva de Priscila Vancini Lopes, de 35 anos, e Wanderley de Araújo, de 48, em dezembro daquele ano. O casal deve responder, mediante tribunal do júri, pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

Priscila foi detida após dar à luz no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, na tarde de quinta-feira (9). Conforme registrado em Boletim de Ocorrência (BO), obtido pelo DE, PMs da Força Tática haviam sido informados sobre a paciente alvo de um mandado de prisão.

Wanderley foi detido no bairro Mirim aproximadamente duas horas depois. De acordo com o BO, uma equipe da PM patrulhava o local quando viu dois homens em atitude suspeita na Rua 26 de Janeiro. Um deles chegou a esconder o rosto com um capuz.

Em 10 de maio de 2024, Priscila e Wanderley levaram a criança de três meses para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Padre Anchieta, em Campinas, já morta e com coágulos de sangue saindo pelas narinas. O laudo necroscópico apontou que a causa da morte foi overdose de cocaína e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entendeu que os pais mataram o bebê com a droga por razões, até agora, desconhecidas.

DE é uma tragédia que choca a todos e que levanta questionamentos sobre a segurança e o bem-estar das crianças. É importante que casos como esse sejam investigados e que a justiça seja feita, para que se possa evitar que situações similares ocorram no futuro. A proteção das crianças deve ser uma prioridade em nossa sociedade e atos como esse não podem ser tolerados. Espera-se que o casal responda por seus atos perante a lei e que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e o cuidado com os menores. É fundamental que a sociedade como um todo reflita sobre a importância da proteção das crianças e que sejam tomadas ações para evitar que tragédias como essa se repitam.

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