Programa Mentalidades Matemáticas: revolução no ensino de Matemática nas escolas do Rio de Janeiro

Um novo método de ensino de Matemática desenvolvido pela Universidade de Stanford (EUA) está prestes a ser implantado nas escolas municipais do Rio de Janeiro. O programa Mentalidades Matemáticas (MM) tem como objetivo democratizar e humanizar o ensino de fórmulas, problemas, equações e contas, tornando a disciplina mais acessível e menos intimidadora. O modelo, baseado em conceitos da neurociência, busca mudar a perspectiva tradicional em relação à Matemática e proporcionar aos alunos uma experiência de aprendizado mais dinâmica e eficaz.

Desde outubro, professores da rede municipal estão passando por um curso de capacitação para se familiarizarem com o novo modelo e se tornarem formadores especialistas, responsáveis por disseminar a abordagem para todo o corpo docente da cidade. A iniciativa visa desfazer o mito de que a Matemática é uma disciplina complexa e inacessível, possibilitando que os estudantes desenvolvam confiança em suas habilidades matemáticas e explorem sua criatividade na resolução de problemas.

O professor Nelson Garcez Lourenço, que leciona Matemática há mais de uma década, acredita no potencial transformador do programa Mentalidades Matemáticas. Para ele, a abordagem mais democrática e visual da disciplina beneficia não apenas o aprendizado em si, mas também a formação cidadã dos alunos. Através de dinâmicas diferentes e atividades colaborativas, o modelo busca criar um ambiente de aprendizado acolhedor, onde o erro é encarado como parte natural do processo de aprendizagem.

A parceria entre a prefeitura, o Itaú Social e o Instituto Sidarta viabilizou a chegada do programa ao Rio de Janeiro, trazendo consigo a promessa de uma educação matemática mais eficaz e alinhada às demandas atuais. A coordenadora pedagógica do MM, Maira Costa, destaca a importância de criar um ambiente de confiança e criatividade, onde cada aluno se sinta valorizado e encorajado a explorar diferentes caminhos na resolução de problemas matemáticos.

Com a expectativa de atingir mais professores e alunos do segundo segmento do ensino fundamental até 2025, o programa Mentalidades Matemáticas tem o potencial de revolucionar a forma como a Matemática é ensinada e aprendida nas escolas municipais do Rio de Janeiro. Experiências anteriores com o modelo demonstraram resultados expressivos, como o avanço equivalente a um ano e três meses em escolaridade em um curso de férias de apenas dez dias. Para os educadores envolvidos, a abordagem neurocientífica do programa representa um passo importante rumo a um ensino de Matemática mais eficaz e alinhado às necessidades do século XXI.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Defesa de Ludmilla recorre da absolvição de Marcão do Povo em caso de racismo

A defesa de Ludmilla recorrerá da absolvição de Marcão do Povo em um caso de racismo, após o apresentador chamar a cantora de ‘pobre macaca’. No ano passado, Marcão foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto, além de ser obrigado a pagar uma indenização de R$ 30 mil à cantora. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverteu a decisão na semana passada.

A decisão de absolver Marcão do Povo foi assinada pela ministra Daniela Teixeira e a defesa de Ludmilla, representada pelos advogados Rafael Vieites, Felipe Rei e Bernardo Braga, já afirmou que irá recorrer. A condenação inicial foi realizada pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, após um recurso apresentado pela defesa da cantora.

Os advogados de Ludmilla confiam que o colegiado do STJ reverterá a decisão, considerando a conduta do acusado como criminosa e preconceituosa. Eles acreditam que esta é uma importante luta contra o racismo no país e não podem permitir um retrocesso nessa questão. Entre as punições previstas estavam prestação de serviços comunitários e pagamento de valores a instituições sociais.

Marcão do Povo foi acusado pelo Ministério Público do DF por injúria racial após o episódio em que chamou Ludmilla de ‘pobre macaca’ em 2017. Apesar de ter sido absolvido pela 3ª Vara Criminal em primeira instância em março deste ano, a defesa da cantora continuará lutando por justiça. Nas redes sociais, Ludmilla agradeceu o apoio do público e reafirmou sua determinação em não desistir dessa luta.

A atitude de Marcão do Povo gerou revolta e mobilizou não só os fãs da cantora, mas também diversos movimentos e organizações de combate ao racismo. A discussão sobre a importância de combater o preconceito racial e garantir a igualdade de tratamento para todos continua sendo um tema relevante e urgente em nossa sociedade. A esperança é de que a justiça seja feita e que casos como esse sirvam de alerta para que atos de discriminação não sejam tolerados.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp