Carros de luxo e um jet ski foram apreendidos e duas pessoas foram presas em Itaituba, no sudoeste do Pará, nesta quarta-feira (11), durante a operação ‘Flygold II’, deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra organização criminosa que movimentou R$ 4 bilhões em ouro ilegal.
Segundo a PF, o objetivo é cumprir de 19 mandados de busca e apreensão e nove de prisão no Pará e nos estados Roraima, Amapá, São Paulo, Paraná e Goiás. A polícia informou que sete suspeitos não foram localizados e são considerados foragidos. Nenhum nome foi divulgado. A operação também resultou no sequestro de mais de R$ 615 milhões em bens e valores. Além disso, a corporação pontuou que armas, inclusive longas e de grosso calibre, estão entre os objetos apreendidos.
As investigações apontaram que as organizações criminosas são especializadas em realizar o transporte ilegal de ouro extraído de Terras Indígenas (T.Is), como a T.I. Munduruku, no sudoeste paraense, para outros estados e para o exterior. Os agentes detalharam que os alvos da operação chegaram a movimentar os R$ 4 bilhões no esquema criminoso, que inclui pessoas que usavam outros nomes e empresas fantasmas.
Segundo o delegado Pedro Henrique Melo Carneiro, da delegacia da PF em Santarém, oeste do Pará, durante um ano de investigações foi constatado que cerca de uma tonelada de ouro foi transportada de maneira ilegal. “Os investigados recrutavam pessoas, grande parte estrangeiras, para o despacho de bagagens comuns cheias de ouro em voos comerciais”, contou.
A operação ‘Flygold II’ também resultou na apreensão de carros de luxo que foram levados para a unidade da Polícia Federal em Itaituba. Além disso, um jet ski também foi confiscado durante a ação. A ação traz à tona a importância do combate aos crimes que envolvem a extração ilegal de recursos naturais e a exploração de Terras Indígenas, visando a preservação do meio ambiente e a proteção dos povos originários.
As operações da Polícia Federal no Pará evidenciam a atuação do órgão na fiscalização e repressão de crimes ambientais e econômicos. A apreensão de bens e valores significativos mostra os esforços das autoridades em combater esquemas criminosos complexos que prejudicam não apenas a economia, mas também o meio ambiente e as comunidades locais. A sociedade e as instituições de segurança estão cada vez mais engajadas na prevenção e repressão dessas práticas ilícitas, visando um desenvolvimento sustentável e justo para todos.